Aleitamento materno numa população do Concelho de Chaves

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Sandra Celina Fernandes
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/30
Resumo: Estudos epidemiológicos estabeleceram que o aleitamento materno é o caminho óptimo para alimentar as crianças tanto nos países industrializadoss como nos países em desenvolvimento e que os benefícios atribuídos a esta prática podem persistir para além da infância. O presente estudo aborda práticas e opiniões face ao aleitamento materno. O conhecimento dos determinantes do aleitamento materno nesta população pode ser uma ajuda à promoção desta prática. Procedeu-se a um estudo quasi-experimental numa população de mães utilizadoras do Hospital Distrital de Chaves, utilizando uma amostra de conveniência de 311 mães que recorreram com os seus filhos ao referido hospital, durante o período de 11 de Fevereiro a 29 de Junho de 1998. Aplicámos a estes indivíduos um questionário sobre aleitamento materno elaborado para o efeito. Caracterizámos esta população através das seguintes variáveis independentes: idade, estado civil, grau de instrução, profissão/ocupação e principal fonte de rendimento familiar. Utilizámos uma análise estatística descritiva e inferencial (Anova unidimensional e teste de Scheffe e T-Test). O nível de significância para rejeição de hipóteses nulas em todos os testes estatísticos foi fixado em .05. Com base nos resultados obtidos concluímos que o aleitamento materno foi iniciado por 95.8% das mães. Ao 4º mês só 49.2% das mães amamentavam e ao 6º mês a taxa baixava para 40.5%. O desmame precoce é uma realidade. A razão mais frequentemente apontada para o início da suplementação foi “pouco leite”. As razões frequentemente apontadas para o desmame incluíram “leite insuficiente/leite fraco”, doença materna e a idade avançada da criança que recusava a mama. A análise estatística mostrou que as condições seguintes influenciaram negativamente o alietamento materno: idade materna <25 anos, escolaridade materna> 4 anos e rendimento elevado. A duração do aleitamento materno exclusivo esteve positivamente associada com a multiparidade e com o peso do bebé à nascença> = a 2.500g. A suplementação do aleitamento materno associou-se com menores durações de aleitamento materno. O alojamento conjunto também se associou significativamente com a duração desta prática alimentar. O AM é o modelo para a alimentação infantil e qualquer prática que debilite os esforços para sublinhar a sua importância ou interfira com o seu sucesso deverá ser sancionada. Concebemos algumas recomendações no âmbito da Promoção/Educação para a Saúde, tomando em consideração os resultados encontrados.
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Caracterizámos esta população através das seguintes variáveis independentes: idade, estado civil, grau de instrução, profissão/ocupação e principal fonte de rendimento familiar. Utilizámos uma análise estatística descritiva e inferencial (Anova unidimensional e teste de Scheffe e T-Test). O nível de significância para rejeição de hipóteses nulas em todos os testes estatísticos foi fixado em .05. Com base nos resultados obtidos concluímos que o aleitamento materno foi iniciado por 95.8% das mães. Ao 4º mês só 49.2% das mães amamentavam e ao 6º mês a taxa baixava para 40.5%. O desmame precoce é uma realidade. A razão mais frequentemente apontada para o início da suplementação foi “pouco leite”. As razões frequentemente apontadas para o desmame incluíram “leite insuficiente/leite fraco”, doença materna e a idade avançada da criança que recusava a mama. A análise estatística mostrou que as condições seguintes influenciaram negativamente o alietamento materno: idade materna <25 anos, escolaridade materna> 4 anos e rendimento elevado. A duração do aleitamento materno exclusivo esteve positivamente associada com a multiparidade e com o peso do bebé à nascença> = a 2.500g. A suplementação do aleitamento materno associou-se com menores durações de aleitamento materno. O alojamento conjunto também se associou significativamente com a duração desta prática alimentar. O AM é o modelo para a alimentação infantil e qualquer prática que debilite os esforços para sublinhar a sua importância ou interfira com o seu sucesso deverá ser sancionada. Concebemos algumas recomendações no âmbito da Promoção/Educação para a Saúde, tomando em consideração os resultados encontrados.Epidemiological research has established clearly that breastfeeding is the optimal way to feed an infant in both industrialized and developing worlds, and that benefits attributable to breastfeeding may persist past infancy. This study is about practices and opinions of breastfeeding. Knowledge of the conditions influencing breastfeeding in this population should help to promote breastfeeding. Then, we did a quasi-experimental study. 311 mothers who went to the “Hospital Distrital de Chaves” with their children between February 11th and June 29th were considered as a convenient sample. We applied to these people a breastfeeding questionnaire. We characterised this population according to the following and independent variables: age, marital status, educational level, profession/occupation and income. We used a descriptive and statistical analysis (one dimension Anova and Scheffe’s test and T-Test) established at .05. Based on the obtained results, we concluded that breastfeeding was initiated by 95,8% of the mothers. At 4 and 6 months, 49,2% and 40,5%, respectively, were still breastfeeding. Early cessation of breastfeeding was frequent. We found that there has been resurgence in the prevalence on the initiation of breastfeeding and a decrease on the duration of breastfeeding. The most frequent reason given for supplementation included “not enough breast milk”. The most frequent reason given for stopping breastfeeding included milk insufficiency/”weak” milk, maternal illness, and the infant was “too old” and rejected the breast. Statistical analyses have been show that the following condition influence breastfeeding negatively: maternal age <25 years, maternal education >4 years and higher income. Duration of exclusive breastfeeding was positively associated with multiparity and having a new born weighing 2.500g or more. Formula supplementation of breastfeeding has been associated with shortened breastfeeding duration. Rooming-in was also significantly associated with the duration of full breastfeeding. Breastfeeding is the gold standard for infant nutrition, and any practice that undermines efforts to stress its importance or interferes with its success should be endorsed. We established some recommendations on the Promotion/Education for Health according to the obtained results.2007-01-31T16:40:03Z1999-01-01T00:00:00Z1999info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/30pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessFonseca, Sandra Celina Fernandesreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:37:36Zoai:repositorio.utad.pt:10348/30Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:48.467357Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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