Religião, Superstição, Materialidade e Cultura - Estudo do Espólio Funerário de Enterramentos de Necrópoles de Almada e Seixal (Séculos XV-XIX)

• Autor(a) principal: Costa, Inês Margarida Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/140927
• topic: Séculos XV-XIX; Arqueologia da Morte; Necrópoles; Cultura Material Funerária; Rituais Fúnebres; Deathscapes; 15th-19th centuries; Archaeology of Death; Necropolis; Grave goods; Funerary Rituals; Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia

As materialidades associadas aos contextos funerários revelam um importante conhecimento alusivo aos rituais à hora da morte, estes realizados consoante critérios culturais, sociais, económicos, identitários e de género, que refletem a influência do fenómeno social e individual da religião sobre a sociedade portuguesa entre os séculos XV e XIX. Nos estudos arqueológicos disponíveis, o espólio funerário exumado nas necrópoles medievais, modernas e mesmo contemporâneas, é tendencialmente analisado perante uma perspetiva de inventariação e de catalogação, com tímidas abordagens relativamente ao seu valor simbólico, à sua história, e à relação que este possuiu com o indivíduo inumado, algo que esta dissertação irá abordar. As necrópoles analisadas neste projeto, propositadamente localizadas em ambientes urbanos e rurais, dentro da mesma área administrativa, pretendem demonstrar e dar a conhecer as diferenças que a religião, crenças e superstições podem proporcionar na relação material com a morte, tendo em conta parâmetros como a capacidade económica, estruturas sociais e culturais, passíveis de serem observados através da cultura material dos contextos funerários. Logo, o propósito deste trabalho foca-se em observar, analisar e interpretar a cultura material associada a diversas inumações, procurando compreender a relação entre os indivíduos e os espólios funerários, assim como, se as diferenças sociais, económicas e culturais em vida, encontram reflexo na morte.