Avaliação da Inspecção em Pequenos Ruminantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Potes, M.E.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Monteiro, Maria Helena, Albardeiro, Ana, Petit-Richaud, Tourmaline
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/6942
Resumo: A Inspecção Sanitária deve garantir que a carne disponível para consumo é procedente de animais saudáveis, eliminando a que se encontra alterada ou que é proveniente de animais doentes, de modo a que não represente risco para a saúde humana. Para atingir este objectivo, para além da verificação das condições de bem-estar animal, de higiene dos estabelecimentos onde se realiza o abate e desmancha e de outras tarefas, o inspector sanitário desempenha um papel crucial através dos actos de inspecção ante-mortem, de inspecção post mortem e de registo de dados recolhidos na execução destas funções. Este registo constitui uma importante fonte de informação que devidamente organizada poderá dar um contributo relevante para a elaboração dos planos de profilaxia sanitária das explorações. Através da consulta das bases de dados de dois matadouros (A e B) localizados no Alentejo, obtiveram-se o volume de abate e as taxas e causas de rejeição de pequenos ruminantes, entre o período de Julho de 2009 e Dezembro de 2011. Durante esse período, registou-se um volume total de abate de 501 582 cabeças de ovinos, (correspondentes a 6 594 417,39 Kg de carne) e de 80 724 cabeças de caprinos (correspondentes a 476 226,38 Kg de carne). A taxa de rejeição média foi de 2,5%, para os ovinos e 2,0% para caprinos. Considerando as causas de rejeição, a mais frequente foi o abate sanitário, atingindo um valor médio de 55,9% em ovinos e 68,5% em caprinos, no referido período de 30 meses. Das restantes causas, verificou-se que as mais frequentes foram, em ovinos, as pneumonias (24%), as linfadenites (14%) no matadouro A e os abcessos (18%) e as pneumonias (13%) no matadouro B. Em caprinos, as causas de rejeição mais frequentes foram as pneumonias (19,5%) e as artrites (10%) no matadouro A e os abcessos (17,8%) e as pneumonias (9,5%) no matadouro B. Constatámos a dificuldade em harmonizar a informação obtida nos dois matadouros uma vez que a forma como se realiza o registo de dados é diferente em cada um deles. As reduzidas taxas de rejeição podem dever-se à melhoria do estatuto sanitário dos efectivos e à sistematização das medidas de profilaxia sanitária (vacinações e desparasitações). As principais causas de rejeição encontradas neste estudo foram semelhantes às descritas por outros autores, revelando uma uniformidade na avaliação das lesões encontradas no exame post-mortem de pequenos ruminantes.
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