Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/13705 |
Resumo: | Introdução: A falha do deslizamento fascial pode ocorrer em casos de uso excessivo ou inadequado, trauma ou cirurgia, resultando em inflamação local, dor, sensibilização e potencial disfunção. As propriedades mecânicas dos tecidos fasciais, incluindo a sua mobilidade, têm sido avaliadas in vivo através de ecografia. No entanto, este parece ser um método que ainda não está devidamente padronizado nem validado. Objetivos: Identificar, sintetizar e comparar os princípios metodológicos da investigação científica que utilizou a avaliação ecográfica do deslizamento da fáscia profunda em humanos in vivo, e avaliar a sua fiabilidade. Métodos: Realizou-se uma pesquisa sistemática da literatura nas bases de dados ScienceDirect, PubMed (Medline), Web of Science e B-On, de acordo com as diretrizes PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). A revisão seguiu três etapas principais: (1) identificação da questão e da literatura relevante; (2) seleção da literatura; e (3) agrupamento, mapeamento e resumo dos dados. Critérios de elegibilidade: Foram incluídos os artigos que usaram a ecografia para avaliar o deslizamento da fáscia profunda em seres humanos in vivo, usando o termo “sliding” ou outro com significado semelhante. Foram excluídos os estudos: não disponíveis em publicações revistas por partes, não disponíveis em inglês, português ou espanhol ou cujo texto completo não se encontrava acessível. Resultados: De um total de 104 artigos completos avaliados para elegibilidade, foram incluídos 18 artigos que avaliaram as fáscias profundas das regiões toracolombar (n=4), abdominal (n=7), femoral (n=4) e crural (n=3). Estes estudos abordaram questões de diagnóstico (n=11) e benefícios terapêuticos (n=7) e apresentaram níveis de evidência entre II e IV. Foram usados vários termos para descrever as medidas de resultados correspondentes ao deslizamento fascial. Foram usados diversos posicionamentos dos participantes, procedimentos para induzir o deslizamento fascial e características dos dispositivos de ecografia. Os métodos de análise do deslizamento fascial incluíram a comparação de imagens ecográficas inicial (estado de repouso) e final (estado alvo) e o uso de técnicas de software de correlação-cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos mostraram-se fiáveis para medir o deslizamento entre a fáscia toracolombar, as junções músculo-fasciais do transverso abdominal, a fáscia lata e a fáscia crural e as fáscias epimisiais adjacentes. No entanto, os artigos incluídos apresentaram terminologias, questões de investigação, populações participantes e metodologias heterogéneas. É escassa a investigação de alta qualidade para determinar a fiabilidade dos métodos atuais para analisar outras fáscias e avaliar a influência da idade, de características relacionadas com o género, composição corporal ou condições clínicas específicas nas medidas de deslizamento fascial. Conclusão: Os métodos ecográficos de medição do deslizamento fascial incluem a comparação entre frames inicial e final de uma gravação de vídeo de ultrassom e a análise de relação cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos parecem ser fiáveis para medir o deslizamento de algumas fáscias, mas é necessária literatura para confirmar a sua fiabilidade para outras. Além disso, são necessários protocolos de avaliação específicos e padronizados para cada região anatómica, de modo que a avaliação ecográfica do deslizamento fascial in vivo possa ser usada adequadamente na investigação e na prática clínica. |
id |
RCAP_416093612804c73b61b886c88fb8a291 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:recipp.ipp.pt:10400.22/13705 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping reviewEcografiaFásciaDeslizamentoIntrodução: A falha do deslizamento fascial pode ocorrer em casos de uso excessivo ou inadequado, trauma ou cirurgia, resultando em inflamação local, dor, sensibilização e potencial disfunção. As propriedades mecânicas dos tecidos fasciais, incluindo a sua mobilidade, têm sido avaliadas in vivo através de ecografia. No entanto, este parece ser um método que ainda não está devidamente padronizado nem validado. Objetivos: Identificar, sintetizar e comparar os princípios metodológicos da investigação científica que utilizou a avaliação ecográfica do deslizamento da fáscia profunda em humanos in vivo, e avaliar a sua fiabilidade. Métodos: Realizou-se uma pesquisa sistemática da literatura nas bases de dados ScienceDirect, PubMed (Medline), Web of Science e B-On, de acordo com as diretrizes PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). A revisão seguiu três etapas principais: (1) identificação da questão e da literatura relevante; (2) seleção da literatura; e (3) agrupamento, mapeamento e resumo dos dados. Critérios de elegibilidade: Foram incluídos os artigos que usaram a ecografia para avaliar o deslizamento da fáscia profunda em seres humanos in vivo, usando o termo “sliding” ou outro com significado semelhante. Foram excluídos os estudos: não disponíveis em publicações revistas por partes, não disponíveis em inglês, português ou espanhol ou cujo texto completo não se encontrava acessível. Resultados: De um total de 104 artigos completos avaliados para elegibilidade, foram incluídos 18 artigos que avaliaram as fáscias profundas das regiões toracolombar (n=4), abdominal (n=7), femoral (n=4) e crural (n=3). Estes estudos abordaram questões de diagnóstico (n=11) e benefícios terapêuticos (n=7) e apresentaram níveis de evidência entre II e IV. Foram usados vários termos para descrever as medidas de resultados correspondentes ao deslizamento fascial. Foram usados diversos posicionamentos dos participantes, procedimentos para induzir o deslizamento fascial e características dos dispositivos de ecografia. Os métodos de análise do deslizamento fascial incluíram a comparação de imagens ecográficas inicial (estado de repouso) e final (estado alvo) e o uso de técnicas de software de correlação-cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos mostraram-se fiáveis para medir o deslizamento entre a fáscia toracolombar, as junções músculo-fasciais do transverso abdominal, a fáscia lata e a fáscia crural e as fáscias epimisiais adjacentes. No entanto, os artigos incluídos apresentaram terminologias, questões de investigação, populações participantes e metodologias heterogéneas. É escassa a investigação de alta qualidade para determinar a fiabilidade dos métodos atuais para analisar outras fáscias e avaliar a influência da idade, de características relacionadas com o género, composição corporal ou condições clínicas específicas nas medidas de deslizamento fascial. Conclusão: Os métodos ecográficos de medição do deslizamento fascial incluem a comparação entre frames inicial e final de uma gravação de vídeo de ultrassom e a análise de relação cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos parecem ser fiáveis para medir o deslizamento de algumas fáscias, mas é necessária literatura para confirmar a sua fiabilidade para outras. Além disso, são necessários protocolos de avaliação específicos e padronizados para cada região anatómica, de modo que a avaliação ecográfica do deslizamento fascial in vivo possa ser usada adequadamente na investigação e na prática clínica.Carvalho, PauloRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoSoares, Hélio Rafael de Sousa2019-05-10T10:03:15Z2019-022019-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/13705TID:202243796enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:55:29Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/13705Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:33:32.559549Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
title |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
spellingShingle |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review Soares, Hélio Rafael de Sousa Ecografia Fáscia Deslizamento |
title_short |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
title_full |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
title_fullStr |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
title_full_unstemmed |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
title_sort |
Ultrasound assessment of deep fascia sliding mobility in vivo: a scoping review |
author |
Soares, Hélio Rafael de Sousa |
author_facet |
Soares, Hélio Rafael de Sousa |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Carvalho, Paulo Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Soares, Hélio Rafael de Sousa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ecografia Fáscia Deslizamento |
topic |
Ecografia Fáscia Deslizamento |
description |
Introdução: A falha do deslizamento fascial pode ocorrer em casos de uso excessivo ou inadequado, trauma ou cirurgia, resultando em inflamação local, dor, sensibilização e potencial disfunção. As propriedades mecânicas dos tecidos fasciais, incluindo a sua mobilidade, têm sido avaliadas in vivo através de ecografia. No entanto, este parece ser um método que ainda não está devidamente padronizado nem validado. Objetivos: Identificar, sintetizar e comparar os princípios metodológicos da investigação científica que utilizou a avaliação ecográfica do deslizamento da fáscia profunda em humanos in vivo, e avaliar a sua fiabilidade. Métodos: Realizou-se uma pesquisa sistemática da literatura nas bases de dados ScienceDirect, PubMed (Medline), Web of Science e B-On, de acordo com as diretrizes PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). A revisão seguiu três etapas principais: (1) identificação da questão e da literatura relevante; (2) seleção da literatura; e (3) agrupamento, mapeamento e resumo dos dados. Critérios de elegibilidade: Foram incluídos os artigos que usaram a ecografia para avaliar o deslizamento da fáscia profunda em seres humanos in vivo, usando o termo “sliding” ou outro com significado semelhante. Foram excluídos os estudos: não disponíveis em publicações revistas por partes, não disponíveis em inglês, português ou espanhol ou cujo texto completo não se encontrava acessível. Resultados: De um total de 104 artigos completos avaliados para elegibilidade, foram incluídos 18 artigos que avaliaram as fáscias profundas das regiões toracolombar (n=4), abdominal (n=7), femoral (n=4) e crural (n=3). Estes estudos abordaram questões de diagnóstico (n=11) e benefícios terapêuticos (n=7) e apresentaram níveis de evidência entre II e IV. Foram usados vários termos para descrever as medidas de resultados correspondentes ao deslizamento fascial. Foram usados diversos posicionamentos dos participantes, procedimentos para induzir o deslizamento fascial e características dos dispositivos de ecografia. Os métodos de análise do deslizamento fascial incluíram a comparação de imagens ecográficas inicial (estado de repouso) e final (estado alvo) e o uso de técnicas de software de correlação-cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos mostraram-se fiáveis para medir o deslizamento entre a fáscia toracolombar, as junções músculo-fasciais do transverso abdominal, a fáscia lata e a fáscia crural e as fáscias epimisiais adjacentes. No entanto, os artigos incluídos apresentaram terminologias, questões de investigação, populações participantes e metodologias heterogéneas. É escassa a investigação de alta qualidade para determinar a fiabilidade dos métodos atuais para analisar outras fáscias e avaliar a influência da idade, de características relacionadas com o género, composição corporal ou condições clínicas específicas nas medidas de deslizamento fascial. Conclusão: Os métodos ecográficos de medição do deslizamento fascial incluem a comparação entre frames inicial e final de uma gravação de vídeo de ultrassom e a análise de relação cruzada através de algoritmos de rastreamento automatizado. Estes métodos parecem ser fiáveis para medir o deslizamento de algumas fáscias, mas é necessária literatura para confirmar a sua fiabilidade para outras. Além disso, são necessários protocolos de avaliação específicos e padronizados para cada região anatómica, de modo que a avaliação ecográfica do deslizamento fascial in vivo possa ser usada adequadamente na investigação e na prática clínica. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-05-10T10:03:15Z 2019-02 2019-02-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.22/13705 TID:202243796 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.22/13705 |
identifier_str_mv |
TID:202243796 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131427800875008 |