Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caeiro, E.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: R. Ferro, Brandao, R. M., Trindade, Costa, Lopes, M.L., Gaspar, A., Nunes, C., Todo-Bom, A., Oliveira, J.F., Mario Morais-Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/7645
Resumo: Introdução: O pólen de oliveira (Olea europaea L.) constitui uma das fontes de aeroalergenos mais importantes na Europa Mediterrânica e em Portugal. Objectivos: Analisar a aerobiologia do pólen de Olea em Portugal Continental. Métodos: No estudo utilizaram-se os dados horários e diários das monitorizações de pólen de Olea efetuadas entre 2002 e 2012 de cinco estações de monitorização continentais da Rede Portuguesa de Aerobiologia - RPA: Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Portimão. Resultados: O pólen de Olea encontra-se bem representado no espectro polínico da atmosfera de Portugal: 4% Porto, 14% Coimbra, 12% Lisboa, 9% Évora e 36% Portimão. Entre as localidades encontraram-se diferenças estatisticamente significativas (p <0,05) quanto aos índices polínicos, características da estação de pólen atmosférico principal - EPAP (inicio, duração, término, data do pico polínico, valor do pico) e curvas horárias. Porto e Coimbra revelaram os níveis polínicos mais baixos, 465 e 2.178 grãos de pólen/ m3/ ano, respectivamente, e Portimão, os mais elevados, 14.149 grãos de pólen/ m3/ ano. Em Lisboa e Portimão, a EPAP iniciou-se em Abril, e nas restantes, em Maio; em todas as localidades, em meados de Junho a EPAP já tinha terminado. O pólen de Olea apresentou uma EPAP bastante curta com um mínimo em Coimbra (29 ± 8 dias) e um máximo em Lisboa (42 ± 9 dias). A curva polinica caracterizou-se por no início apresentar um rápido aumento das concentrações atingindo rapidamente a concentração máxima absoluta e, em seguida, por uma descida acentuada das concentrações. O pico foi mais precoce em Lisboa e Portimão, no início de Maio, e mais tardio nas outras estações, após meados de Maio em Évora, e no final de Maio no Porto e Coimbra. As concentrações mais elevadas observaram-se no Sul do País, particularmente no Algarve, e as mais baixas no Norte. As regiões do Sul apresentaram um maior número de dias com concentrações >200 grãos de pólen/ m3. Detectou-se a presença de pólen na atmosfera ao longo de todo o dia, em que as concentrações horárias foram homogéneas no Norte, Porto, e heterogéneas nas restantes localidades, onde as mais elevadas registaram-se durante as horas de sol. Conclusões: A aerobiologia do pólen de Olea diferiu entre as localidades devido ao diferente grau de abundância desta árvore nas localidades e proximidades, e às diferentes condições ambientais. O grau de exposição e risco variou de ano para ano, de região para região, sendo maior nas regiões do Sul do País.
id RCAP_41cc32928bd40ea94506f30ce1e31b94
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/7645
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal ContinentalpollenaerobiologyportugaloleaPortuguese Aerobiological NetworkIntrodução: O pólen de oliveira (Olea europaea L.) constitui uma das fontes de aeroalergenos mais importantes na Europa Mediterrânica e em Portugal. Objectivos: Analisar a aerobiologia do pólen de Olea em Portugal Continental. Métodos: No estudo utilizaram-se os dados horários e diários das monitorizações de pólen de Olea efetuadas entre 2002 e 2012 de cinco estações de monitorização continentais da Rede Portuguesa de Aerobiologia - RPA: Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Portimão. Resultados: O pólen de Olea encontra-se bem representado no espectro polínico da atmosfera de Portugal: 4% Porto, 14% Coimbra, 12% Lisboa, 9% Évora e 36% Portimão. Entre as localidades encontraram-se diferenças estatisticamente significativas (p <0,05) quanto aos índices polínicos, características da estação de pólen atmosférico principal - EPAP (inicio, duração, término, data do pico polínico, valor do pico) e curvas horárias. Porto e Coimbra revelaram os níveis polínicos mais baixos, 465 e 2.178 grãos de pólen/ m3/ ano, respectivamente, e Portimão, os mais elevados, 14.149 grãos de pólen/ m3/ ano. Em Lisboa e Portimão, a EPAP iniciou-se em Abril, e nas restantes, em Maio; em todas as localidades, em meados de Junho a EPAP já tinha terminado. O pólen de Olea apresentou uma EPAP bastante curta com um mínimo em Coimbra (29 ± 8 dias) e um máximo em Lisboa (42 ± 9 dias). A curva polinica caracterizou-se por no início apresentar um rápido aumento das concentrações atingindo rapidamente a concentração máxima absoluta e, em seguida, por uma descida acentuada das concentrações. O pico foi mais precoce em Lisboa e Portimão, no início de Maio, e mais tardio nas outras estações, após meados de Maio em Évora, e no final de Maio no Porto e Coimbra. As concentrações mais elevadas observaram-se no Sul do País, particularmente no Algarve, e as mais baixas no Norte. As regiões do Sul apresentaram um maior número de dias com concentrações >200 grãos de pólen/ m3. Detectou-se a presença de pólen na atmosfera ao longo de todo o dia, em que as concentrações horárias foram homogéneas no Norte, Porto, e heterogéneas nas restantes localidades, onde as mais elevadas registaram-se durante as horas de sol. Conclusões: A aerobiologia do pólen de Olea diferiu entre as localidades devido ao diferente grau de abundância desta árvore nas localidades e proximidades, e às diferentes condições ambientais. O grau de exposição e risco variou de ano para ano, de região para região, sendo maior nas regiões do Sul do País.Soc. Port. Alergol. Imunol. Clinica2013-01-23T11:05:23Z2013-01-232012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/7645http://hdl.handle.net/10174/7645porCaeiro, E.; R. Ferro; Brandao, R. M.; Trindade, Costa; Lopes, M.L.; Gaspar, A.; Nunes, C.; Todo-Bom, A.; Oliveira, J.F.; Mario Morais-Almeida. Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental, Trabalho apresentado em XXXIII Reuniao Anual da SPAIC, In Rev. Port. Alergol. Imunol. Clinica, Fatima, 2012.naonaonaoelcaeiro@yahoo.comraquelsofferro@hotmail.comndndndndndndndndCaeiro, E.R. FerroBrandao, R. M.Trindade, CostaLopes, M.L.Gaspar, A.Nunes, C.Todo-Bom, A.Oliveira, J.F.Mario Morais-Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:47:36Zoai:dspace.uevora.pt:10174/7645Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:01:55.903417Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
title Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
spellingShingle Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
Caeiro, E.
pollen
aerobiology
portugal
olea
Portuguese Aerobiological Network
title_short Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
title_full Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
title_fullStr Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
title_full_unstemmed Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
title_sort Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental
author Caeiro, E.
author_facet Caeiro, E.
R. Ferro
Brandao, R. M.
Trindade, Costa
Lopes, M.L.
Gaspar, A.
Nunes, C.
Todo-Bom, A.
Oliveira, J.F.
Mario Morais-Almeida
author_role author
author2 R. Ferro
Brandao, R. M.
Trindade, Costa
Lopes, M.L.
Gaspar, A.
Nunes, C.
Todo-Bom, A.
Oliveira, J.F.
Mario Morais-Almeida
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Caeiro, E.
R. Ferro
Brandao, R. M.
Trindade, Costa
Lopes, M.L.
Gaspar, A.
Nunes, C.
Todo-Bom, A.
Oliveira, J.F.
Mario Morais-Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv pollen
aerobiology
portugal
olea
Portuguese Aerobiological Network
topic pollen
aerobiology
portugal
olea
Portuguese Aerobiological Network
description Introdução: O pólen de oliveira (Olea europaea L.) constitui uma das fontes de aeroalergenos mais importantes na Europa Mediterrânica e em Portugal. Objectivos: Analisar a aerobiologia do pólen de Olea em Portugal Continental. Métodos: No estudo utilizaram-se os dados horários e diários das monitorizações de pólen de Olea efetuadas entre 2002 e 2012 de cinco estações de monitorização continentais da Rede Portuguesa de Aerobiologia - RPA: Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Portimão. Resultados: O pólen de Olea encontra-se bem representado no espectro polínico da atmosfera de Portugal: 4% Porto, 14% Coimbra, 12% Lisboa, 9% Évora e 36% Portimão. Entre as localidades encontraram-se diferenças estatisticamente significativas (p <0,05) quanto aos índices polínicos, características da estação de pólen atmosférico principal - EPAP (inicio, duração, término, data do pico polínico, valor do pico) e curvas horárias. Porto e Coimbra revelaram os níveis polínicos mais baixos, 465 e 2.178 grãos de pólen/ m3/ ano, respectivamente, e Portimão, os mais elevados, 14.149 grãos de pólen/ m3/ ano. Em Lisboa e Portimão, a EPAP iniciou-se em Abril, e nas restantes, em Maio; em todas as localidades, em meados de Junho a EPAP já tinha terminado. O pólen de Olea apresentou uma EPAP bastante curta com um mínimo em Coimbra (29 ± 8 dias) e um máximo em Lisboa (42 ± 9 dias). A curva polinica caracterizou-se por no início apresentar um rápido aumento das concentrações atingindo rapidamente a concentração máxima absoluta e, em seguida, por uma descida acentuada das concentrações. O pico foi mais precoce em Lisboa e Portimão, no início de Maio, e mais tardio nas outras estações, após meados de Maio em Évora, e no final de Maio no Porto e Coimbra. As concentrações mais elevadas observaram-se no Sul do País, particularmente no Algarve, e as mais baixas no Norte. As regiões do Sul apresentaram um maior número de dias com concentrações >200 grãos de pólen/ m3. Detectou-se a presença de pólen na atmosfera ao longo de todo o dia, em que as concentrações horárias foram homogéneas no Norte, Porto, e heterogéneas nas restantes localidades, onde as mais elevadas registaram-se durante as horas de sol. Conclusões: A aerobiologia do pólen de Olea diferiu entre as localidades devido ao diferente grau de abundância desta árvore nas localidades e proximidades, e às diferentes condições ambientais. O grau de exposição e risco variou de ano para ano, de região para região, sendo maior nas regiões do Sul do País.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01T00:00:00Z
2013-01-23T11:05:23Z
2013-01-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/7645
http://hdl.handle.net/10174/7645
url http://hdl.handle.net/10174/7645
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Caeiro, E.; R. Ferro; Brandao, R. M.; Trindade, Costa; Lopes, M.L.; Gaspar, A.; Nunes, C.; Todo-Bom, A.; Oliveira, J.F.; Mario Morais-Almeida. Aerobiologia do pólen de Olea europaea L. em Portugal Continental, Trabalho apresentado em XXXIII Reuniao Anual da SPAIC, In Rev. Port. Alergol. Imunol. Clinica, Fatima, 2012.
nao
nao
nao
elcaeiro@yahoo.com
raquelsofferro@hotmail.com
nd
nd
nd
nd
nd
nd
nd
nd
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Soc. Port. Alergol. Imunol. Clinica
publisher.none.fl_str_mv Soc. Port. Alergol. Imunol. Clinica
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1817551603766394880