(Des)Encontros com a Indisciplina
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934 |
Resumo: | Atualmente, a indisciplina é um dos maiores problemas das escolas. Considerada pela comunidade científica como um dos principais obstáculos do processo pedagógico, é responsável pela instabilidade emocional e profissional dos professores e compromete, grosso modo, as aprendizagens dos estudantes. Apresenta-se, por isso, como um dos fatores que mais interfere na relação pedagógica, motivando uma permanente tensão que quase impossibilita a (re)construção de um clima relacional que permita o desenvolvimento eficaz e seguro do processo de ensino-aprendizagem. Partindo destas premissas, e reconhecendo que o(s) professor(es) contribui(em) para o processo de formação e socialização dos alunos e que estes colaboram também na sua contínua formação, foi nossa intenção identificar os comportamentos de indisciplina mais frequentes em sala de aula e compreender como procedem alunos e professores perante os mesmos. Para o efeito, recorremos à aplicação de um inquérito por questionário (alunos) e de entrevistas semiestruturadas (professores).Assim, interrogamo-nos: que regras vigoram na sala de aula e quem as dita e define? Que posições adotam professores e alunos em relação à (in)disciplina? Afinal, quem é o aluno indisciplinado e como é percecionado pelo(s) professor(es)?Os resultados comprovam que a indisciplina é uma realidade socialmente construída, uma mensagem cultural. Perante esta, os professores atuam de formas muito dissemelhantes, recorrendo, normalmente a processos coercivos, que abarcam desde a repreensão ou chamadas de atenção até à expulsão do(s) aluno(s) da sala de aula. A sua principal preocupação não é entendê-la. É eliminá-la!Cientes da complexidade do fenómeno, a nossa intenção não é expor soluções para todas as situações que envolvem este fenómeno escolar e social, mas dar um novo alento a discussões que podem relevar novas possibilidades de (re)pensar a indisciplina. |
id |
RCAP_41cd0df47af3d3fd39ac1f6985ea60e7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3934 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
(Des)Encontros com a IndisciplinaAtualmente, a indisciplina é um dos maiores problemas das escolas. Considerada pela comunidade científica como um dos principais obstáculos do processo pedagógico, é responsável pela instabilidade emocional e profissional dos professores e compromete, grosso modo, as aprendizagens dos estudantes. Apresenta-se, por isso, como um dos fatores que mais interfere na relação pedagógica, motivando uma permanente tensão que quase impossibilita a (re)construção de um clima relacional que permita o desenvolvimento eficaz e seguro do processo de ensino-aprendizagem. Partindo destas premissas, e reconhecendo que o(s) professor(es) contribui(em) para o processo de formação e socialização dos alunos e que estes colaboram também na sua contínua formação, foi nossa intenção identificar os comportamentos de indisciplina mais frequentes em sala de aula e compreender como procedem alunos e professores perante os mesmos. Para o efeito, recorremos à aplicação de um inquérito por questionário (alunos) e de entrevistas semiestruturadas (professores).Assim, interrogamo-nos: que regras vigoram na sala de aula e quem as dita e define? Que posições adotam professores e alunos em relação à (in)disciplina? Afinal, quem é o aluno indisciplinado e como é percecionado pelo(s) professor(es)?Os resultados comprovam que a indisciplina é uma realidade socialmente construída, uma mensagem cultural. Perante esta, os professores atuam de formas muito dissemelhantes, recorrendo, normalmente a processos coercivos, que abarcam desde a repreensão ou chamadas de atenção até à expulsão do(s) aluno(s) da sala de aula. A sua principal preocupação não é entendê-la. É eliminá-la!Cientes da complexidade do fenómeno, a nossa intenção não é expor soluções para todas as situações que envolvem este fenómeno escolar e social, mas dar um novo alento a discussões que podem relevar novas possibilidades de (re)pensar a indisciplina.Faculdade de Letras da Universidade do Porto2018-04-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3934Journal of Geographical Education | U. Porto; No. 3 (2018)Revista de Educação Geográfica | U.P.; N.º 3 (2018)2184-0091reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934/3686Direitos de Autor (c) 2018 Revista de Educação Geográfica | U.P.info:eu-repo/semantics/openAccessLemos, Paulo2022-09-22T10:27:57Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3934Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:57:10.376500Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
title |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
spellingShingle |
(Des)Encontros com a Indisciplina Lemos, Paulo |
title_short |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
title_full |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
title_fullStr |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
title_full_unstemmed |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
title_sort |
(Des)Encontros com a Indisciplina |
author |
Lemos, Paulo |
author_facet |
Lemos, Paulo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lemos, Paulo |
description |
Atualmente, a indisciplina é um dos maiores problemas das escolas. Considerada pela comunidade científica como um dos principais obstáculos do processo pedagógico, é responsável pela instabilidade emocional e profissional dos professores e compromete, grosso modo, as aprendizagens dos estudantes. Apresenta-se, por isso, como um dos fatores que mais interfere na relação pedagógica, motivando uma permanente tensão que quase impossibilita a (re)construção de um clima relacional que permita o desenvolvimento eficaz e seguro do processo de ensino-aprendizagem. Partindo destas premissas, e reconhecendo que o(s) professor(es) contribui(em) para o processo de formação e socialização dos alunos e que estes colaboram também na sua contínua formação, foi nossa intenção identificar os comportamentos de indisciplina mais frequentes em sala de aula e compreender como procedem alunos e professores perante os mesmos. Para o efeito, recorremos à aplicação de um inquérito por questionário (alunos) e de entrevistas semiestruturadas (professores).Assim, interrogamo-nos: que regras vigoram na sala de aula e quem as dita e define? Que posições adotam professores e alunos em relação à (in)disciplina? Afinal, quem é o aluno indisciplinado e como é percecionado pelo(s) professor(es)?Os resultados comprovam que a indisciplina é uma realidade socialmente construída, uma mensagem cultural. Perante esta, os professores atuam de formas muito dissemelhantes, recorrendo, normalmente a processos coercivos, que abarcam desde a repreensão ou chamadas de atenção até à expulsão do(s) aluno(s) da sala de aula. A sua principal preocupação não é entendê-la. É eliminá-la!Cientes da complexidade do fenómeno, a nossa intenção não é expor soluções para todas as situações que envolvem este fenómeno escolar e social, mas dar um novo alento a discussões que podem relevar novas possibilidades de (re)pensar a indisciplina. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-04-27T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934 oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3934 |
url |
https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934 |
identifier_str_mv |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3934 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934 https://ojs.letras.up.pt/index.php/GETUP/article/view/3934/3686 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos de Autor (c) 2018 Revista de Educação Geográfica | U.P. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos de Autor (c) 2018 Revista de Educação Geográfica | U.P. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Letras da Universidade do Porto |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Letras da Universidade do Porto |
dc.source.none.fl_str_mv |
Journal of Geographical Education | U. Porto; No. 3 (2018) Revista de Educação Geográfica | U.P.; N.º 3 (2018) 2184-0091 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130439538966529 |