Perfis protetores e de risco indicadores de resiliência em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Flávia Rosária Neto
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/11920
Resumo:  O presente estudo teve como objetivo criar perfis indicadores de resiliência em adolescentes, incluindo-se fatores protetores e de risco, tais como dissociação, vinculação ao pai e à mãe, suporte social, estratégias de coping e problemas de internalização e externalização. Estes perfis foram comparados ao nível de variáveis dependentes, nomeadamente a resiliência relatada, sintomas de Perturbação de Stress Pós-Traumático e comportamentos delinquentes. Estas variáveis foram avaliadas em dois momentos temporais diferentes. Método: A amostra incluiu num primeiro momento de avaliação 159 jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos (M = 15.65; DP = 1.21), dos quais 67 (42.4%) eram do sexo masculino e 91 (57.6%) do sexo feminino. No segundo momento temporal, a amostra incluiu 32 jovens, com idades entre os 12 e 18 anos (M = 15.62; DP = 1.34), dos quais 9 (28.3%) eram do sexo masculino e 23 (71.86%) do sexo feminino. Resultados: Os resultados obtidos revelaram a existência de três perfis, tendo sido denominados de Resilientes, Em Risco e Vulneráveis. O perfil Resilientes apresentou menor dissociação, menos problemas de internalização e externalização, níveis mais baixos de evitamento ao pai e ansiedade à mãe e níveis superiores de suporte social. Apresentou menos comportamentos delinquentes e níveis mais baixos de sintomas de PTSD. Num primeiro momento de avaliação, os adolescentes diferenciaram-se ao nível da sintomatologia de PTSD e comportamentos delinquentes. No segundo momento de avaliação os jovens apenas diferiram ao nível da sintomatologia de PTSD. A resiliência foi a única variável onde não foram encontradas diferenças entre os vários perfis. Conclusões: Os resultados sugerem o investimento em programas de intervenção para diminuir a dissociação, problemas de internalização e externalização, aumentar os níveis de suporte social e promover uma vinculação segura. É de salientar a importância de estudar de forma diferenciada os vários tipos e figuras de vinculação, visto que uns parecem interferir mais do que outros na resiliência futura.
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Método: A amostra incluiu num primeiro momento de avaliação 159 jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos (M = 15.65; DP = 1.21), dos quais 67 (42.4%) eram do sexo masculino e 91 (57.6%) do sexo feminino. No segundo momento temporal, a amostra incluiu 32 jovens, com idades entre os 12 e 18 anos (M = 15.62; DP = 1.34), dos quais 9 (28.3%) eram do sexo masculino e 23 (71.86%) do sexo feminino. Resultados: Os resultados obtidos revelaram a existência de três perfis, tendo sido denominados de Resilientes, Em Risco e Vulneráveis. O perfil Resilientes apresentou menor dissociação, menos problemas de internalização e externalização, níveis mais baixos de evitamento ao pai e ansiedade à mãe e níveis superiores de suporte social. Apresentou menos comportamentos delinquentes e níveis mais baixos de sintomas de PTSD. Num primeiro momento de avaliação, os adolescentes diferenciaram-se ao nível da sintomatologia de PTSD e comportamentos delinquentes. No segundo momento de avaliação os jovens apenas diferiram ao nível da sintomatologia de PTSD. A resiliência foi a única variável onde não foram encontradas diferenças entre os vários perfis. Conclusões: Os resultados sugerem o investimento em programas de intervenção para diminuir a dissociação, problemas de internalização e externalização, aumentar os níveis de suporte social e promover uma vinculação segura. É de salientar a importância de estudar de forma diferenciada os vários tipos e figuras de vinculação, visto que uns parecem interferir mais do que outros na resiliência futura.The present studies objective was to create indicative profiles of resilience in adolescents, including risk and protective factors, such as dissociation, attachment to both father and mother, social support, coping mechanisms and internalizing and externalizing issues. These profiles were compared based on dependent variables, namely reported resilience, Post Traumatic Stress Disorder symptom and delinquent behaviors. These variables were evaluated in two different moments. Method: The sample included in its first evaluation moment 159 young people with ages between 12 and 17 years old (M = 15.65; DP = 1.21), of which 67 (42.4%) were male and 91 (57.6%) female. During the second moment, the sample included 32 young people with ages between 12 and 18 years old (M = 15.62; DP = 1.34), of which 9 (28.3%) where males and 23 (71.86%) were female. Results: The obtained results revealed the existence of three profiles, having been named Resilients, At Risk and Vulnerable. The Resilients profile presented lesser dissociation, less internalizing and externalizing issues, lower levels of avoidance towards the father and anxiety towards the mother and higher levels of social support. It presented lesser delinquent behaviors and lower levels of PTSD symptoms. At the first moment of evaluation, the adolescents differentiated themselves at a PTSD symptomatology level and delinquent behavior. At the second phase of evaluation the young people only differentiated themselves at a PTSD symptomatology level. Resilience was the only variable where no differences were found between the various profiles. Conclusions: The results suggest an investment in intervention programs in efforts to diminish dissociation, internalizing and externalizing issues, raise the levels of social support and promote a safe attachment. It’s important to state the importance of studying in a differential way the various types and figures of attachment, seeing as ones interfere more than others in the future resilience.2021-04-26T10:12:23Z2020-01-01T00:00:00Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/11920TID:202629953porSousa, Flávia Rosária Netoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:02:47Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/11920Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:11:08.890784Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Sousa, Flávia Rosária Neto
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ADOLESCÊNCIA
RESILIÊNCIA
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