Influência da escala de cores na avaliação qualitativa em cintigrafia de perfusão cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Wilson
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Carolino, Elisabete, Figueiredo, Sérgio, Vieira, Lina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/8640
Resumo: Introdução – A cintigrafia de perfusão cerebral (CPC) é uma técnica imagiológica que permite a obtenção de imagens da biodistribuição de um radiofármaco, cuja captação reflete a perfusão cerebral regional. Neste sentido, a escala de cores utilizada possui um papel importante na interpretação clínica destas imagens. Objetivo – Estudar a influência das escalas de cores na avaliação qualitativa da cintigrafia de perfusão cerebral e estimar quais as escalas mais adequadas para a análise visual. Métodos – Trinta e um estudos de CPC foram visualmente analisados por 15 operadores divididos em duas classes: operadores sem experiência profissional (10) e operadores com experiência profissional (5). As imagens foram analisadas com recurso às escalas de cor Cool, Gray, Gray Invert, Thermal e Perfusion. Para a escala de cores Cool, a análise das imagens foi realizada através de um sistema de classificação semiquantitativo por scores. As restantes escalas foram avaliadas por comparação com a análise das imagens efetuada com a escala Cool. Para avaliar a variabilidade interoperador dos resultados obtidos para a escala Cool recorreu-se ao teste estatístico não paramétrico de Friedman, sendo que os resultados relativos às escalas Gray, Gray Invert, Thermal e Perfusion foram analisados com base na percentagem de símbolos (>; <; =) atribuídos pelos participantes na avaliação visual dos 31 estudos. Resultados – Identificadas diferenças estatisticamente significativas entre todos os participantes (p<0,05). A escala Perfusion apresentou a maior percentagem de símbolos igual, aproximando-se da perfusão cerebral observada com a escala Cool, podendo ser considerada como alternativa à análise visual de estudos de CPC. Gray, Gray Invert e Thermal apresentaram resultados mais divergentes. Conclusão – Se aplicável, a escala de cores utilizada tem influência na avaliação qualitativa de estudos de CPC. A escala Perfusion pode ser considerada para implementação na prática clínica, como alternativa à escala Cool para a análise de estudos de CPC. As restantes escalas em estudo não foram consideradas adequadas para análise visual destes estudos.
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spelling Influência da escala de cores na avaliação qualitativa em cintigrafia de perfusão cerebralInfluence of the color scale in qualitative assessment of brain perfusion imagingMedicina nuclearCintigrafia de perfusão cerebralEscala de coresAnálise visualAvaliação qualitativaNuclear medicineBrain perfusion imagingColor scaleVisual analysisQualitative assessmentIntrodução – A cintigrafia de perfusão cerebral (CPC) é uma técnica imagiológica que permite a obtenção de imagens da biodistribuição de um radiofármaco, cuja captação reflete a perfusão cerebral regional. Neste sentido, a escala de cores utilizada possui um papel importante na interpretação clínica destas imagens. Objetivo – Estudar a influência das escalas de cores na avaliação qualitativa da cintigrafia de perfusão cerebral e estimar quais as escalas mais adequadas para a análise visual. Métodos – Trinta e um estudos de CPC foram visualmente analisados por 15 operadores divididos em duas classes: operadores sem experiência profissional (10) e operadores com experiência profissional (5). As imagens foram analisadas com recurso às escalas de cor Cool, Gray, Gray Invert, Thermal e Perfusion. Para a escala de cores Cool, a análise das imagens foi realizada através de um sistema de classificação semiquantitativo por scores. As restantes escalas foram avaliadas por comparação com a análise das imagens efetuada com a escala Cool. Para avaliar a variabilidade interoperador dos resultados obtidos para a escala Cool recorreu-se ao teste estatístico não paramétrico de Friedman, sendo que os resultados relativos às escalas Gray, Gray Invert, Thermal e Perfusion foram analisados com base na percentagem de símbolos (>; <; =) atribuídos pelos participantes na avaliação visual dos 31 estudos. Resultados – Identificadas diferenças estatisticamente significativas entre todos os participantes (p<0,05). A escala Perfusion apresentou a maior percentagem de símbolos igual, aproximando-se da perfusão cerebral observada com a escala Cool, podendo ser considerada como alternativa à análise visual de estudos de CPC. Gray, Gray Invert e Thermal apresentaram resultados mais divergentes. Conclusão – Se aplicável, a escala de cores utilizada tem influência na avaliação qualitativa de estudos de CPC. A escala Perfusion pode ser considerada para implementação na prática clínica, como alternativa à escala Cool para a análise de estudos de CPC. As restantes escalas em estudo não foram consideradas adequadas para análise visual destes estudos.ABSTRACT - Introduction – Brain perfusion imaging (BPI) is an imaging study that allows the acquisition of three-dimensional tomographic images of the biodistribution of a tracer, reflecting regional brain perfusion. Therefore, the color scale used has a major role in the clinical interpretation of these images. Aim – To study the influence of the color scales in qualitative evaluation of the BPI and to conclude which are the most appropriate scales for the visual analysis. Methods – Thirty-one BPI studies were visually analyzed by 15 operators divided into two classes: operators without professional experience (10) and operators with professional experience (5) using the Cool, Gray, Gray Invert, Thermal and Perfusion color scales. For the Cool color scale, the image analysis was performed through a semiquantitative score system. The remaining color scales were evaluated by comparison with the analysis of the images performed with Cool color scale. Non-parametric Friedman Test was used to assess the interoperator variability (relative to Cool color scale). The results obtained with the remaining color scales were evaluated according to the percentage of symbols the participants assigned during their visual analysis of the 31 studies. Results – Inter-operator variability has shown statistically significant differences among all participants (p<0.05). The results for Perfusion color scale were the closest to the brain perfusion with Cool, and so being an alternative color scale for evaluation of brain perfusion images. Regarding Gray, Gray Invert, and Thermal color scales, their results were divergent, thus should not be considered optimal for brain perfusion interpretation. Conclusion – The color scale selected can influence the qualitative assessment of BPI. Perfusion can be implemented in clinical practice as an alternative color scale for the analysis of BPI studies. Gray, Gray Invert, and Thermal color scales should not be considered optimal for brain perfusion interpretation.Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de LisboaRCIPLSantos, WilsonCarolino, ElisabeteFigueiredo, SérgioVieira, Lina2018-06-26T09:24:05Z2017-112017-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/8640porSantos W, Carolino E, Figueiredo S, Vieira L. Influência da escala de cores na avaliação qualitativa em cintigrafia de perfusão cerebral. 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