Os "Canto" nos jardins paisagísticos da Ilha de S. Miguel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Nestor de
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/301
Resumo: Num dos primeiros dias do mês de Julho de 1861, às cinco horas da tarde, fundeava no ancoradouro de Ponta Delgada um navio de guerra da Armada francesa. De bordo desembarcaram dois membros da família imperial, o príncipe Napoleão e sua mulher, a princesa Clotilde. Na comitiva, um ajudante de ordens de Napoleão III, imperador dos franceses. Era presença inesperada, em viagem para os Estados Unidos da América, que teria ainda aportagem intermédia na Horta, para abastecimento de carvão. Entrados no cais da cidade, a Matriz de traça manuelina, construída no reinado de D. João III (c. de 1530 a 1545), foi visita primeira, quando nela se batizava um neófito aparentado com a família Canto. Deste episódio, os ilustres recém-chegados puderam beneficiar da comodidade de duas carruagens particulares. Outro tanto não diria a mãe do batizado que, com o oferecimento de Ernesto do Canto e de Honorato do Canto, teve de palmilhar a pé com o pequeno o regresso a casa. De seguida, os visitantes estavam no Jardim de José do Canto, então ausente em Paris com a família, surpreendendo D. Francisca Cândida de Medeiros, sua sogra, que com o segundo marido e uma das filhas deste novo matrimónio, ali tinham ido espairecer de nojo recente por outro genro. estava muito bem tratado à Ingleza, não se esquecendo a princesa Clotilde de manifestar o seu agrado pelas flores oferecidas e pela observação da estufa de ananáses, ainda que, como lamentou D. Francisca, naquela época do ano elas não abundassem e os frutos estivessem verdes. [...]
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