Estudo retrospetivo sobre bebés pequenos para a idade gestacional e identificação de possíveis causas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8796 |
Resumo: | Introdução: A definição Pequeno para a Idade Gestacional aplica-se aos recém-nascidos cujo peso ao nascer é menor que o percentil 10. O nascimento destes bebés, pode estar associado a diversos fatores: fatores sociodemográficos como a escolaridade e a idade maternas; fatores pré-natais como o tabagismo e patologias maternas; fatores obstétricos como o número de gravidezes e história prévia de bebés pequenos. Dentro dos desfechos prováveis associados ao nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional encontramos a hipoglicémia neonatal, o Sofrimento Fetal Agudo e o internamento na neonatologia. Objetivos: Compreender a realidade do Centro Hospitalar Cova da Beira no que respeita à problemática do nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional, quais os fatores de risco associados e verificar a ocorrência de desfechos negativos nesses bebés. Metodologia: Estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas que tiveram parto de um nado-vivo, entre os anos de 2014 e 2016 no serviço de obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: Houve, durante estes 3 anos um total de 1643 nascimentos, sendo que 296 (18,02%) nasceram pequenos para a idade gestacional. Foram excluídos 7 por falta de informação. A amostra é constituída por um grupo de estudo, composto por 289 grávidas com bebés nascidos abaixo do percentil 10 e por um grupo de controlo, constituído por 159 grávidas com bebés nascidos entre o percentil 10 e 90. Verificaram-se, pela análise inferencial, correlações entre a variável dependente com as seguintes variáveis; escolaridade, peso inicial da mãe, hábitos tabágicos, doenças prévias à gravidez (como a asma a obesidade e o hipotiroidismo), a presença de intercorrências da gravidez (como a restrição do crescimento intrauterino), o sexo do recém-nascido e história prévia de bebés pequenos para a idade gestacional. Relativamente às variáveis de desfecho verificou-se que o baixo percentil teve influência na hipoglicémia, no Sofrimento Fetal Agudo e no internamento na neonatologia apresentados por alguns recém-nascidos. Conclusão: Este estudo fornece mais provas quanto à associação do nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional com certas variáveis associadas a risco sociodemográfico, risco na assistência pré-natal, risco obstétrico e risco nos desfechos para os recém-nascidos. A determinação desses riscos é essencial para o planeamento, implementação e desenvolvimento de ações relacionadas com a saúde materna e infantil. Torna-se desta forma, extremamente importante a realização de uma assistência pré-natal adequada, para que seja efetuada uma promoção de comportamentos saudáveis e também a prevenção/tratamento/estabilização de doenças prévias ou intercorrências da gravidez. |
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Estudo retrospetivo sobre bebés pequenos para a idade gestacional e identificação de possíveis causasDesfechosFatores de RiscoGravidezRecém-Nascido Pequeno Para A Idade GestacionalRestrição de Crescimento IntrauterinoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A definição Pequeno para a Idade Gestacional aplica-se aos recém-nascidos cujo peso ao nascer é menor que o percentil 10. O nascimento destes bebés, pode estar associado a diversos fatores: fatores sociodemográficos como a escolaridade e a idade maternas; fatores pré-natais como o tabagismo e patologias maternas; fatores obstétricos como o número de gravidezes e história prévia de bebés pequenos. Dentro dos desfechos prováveis associados ao nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional encontramos a hipoglicémia neonatal, o Sofrimento Fetal Agudo e o internamento na neonatologia. Objetivos: Compreender a realidade do Centro Hospitalar Cova da Beira no que respeita à problemática do nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional, quais os fatores de risco associados e verificar a ocorrência de desfechos negativos nesses bebés. Metodologia: Estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas que tiveram parto de um nado-vivo, entre os anos de 2014 e 2016 no serviço de obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: Houve, durante estes 3 anos um total de 1643 nascimentos, sendo que 296 (18,02%) nasceram pequenos para a idade gestacional. Foram excluídos 7 por falta de informação. A amostra é constituída por um grupo de estudo, composto por 289 grávidas com bebés nascidos abaixo do percentil 10 e por um grupo de controlo, constituído por 159 grávidas com bebés nascidos entre o percentil 10 e 90. Verificaram-se, pela análise inferencial, correlações entre a variável dependente com as seguintes variáveis; escolaridade, peso inicial da mãe, hábitos tabágicos, doenças prévias à gravidez (como a asma a obesidade e o hipotiroidismo), a presença de intercorrências da gravidez (como a restrição do crescimento intrauterino), o sexo do recém-nascido e história prévia de bebés pequenos para a idade gestacional. Relativamente às variáveis de desfecho verificou-se que o baixo percentil teve influência na hipoglicémia, no Sofrimento Fetal Agudo e no internamento na neonatologia apresentados por alguns recém-nascidos. Conclusão: Este estudo fornece mais provas quanto à associação do nascimento de bebés pequenos para a idade gestacional com certas variáveis associadas a risco sociodemográfico, risco na assistência pré-natal, risco obstétrico e risco nos desfechos para os recém-nascidos. A determinação desses riscos é essencial para o planeamento, implementação e desenvolvimento de ações relacionadas com a saúde materna e infantil. Torna-se desta forma, extremamente importante a realização de uma assistência pré-natal adequada, para que seja efetuada uma promoção de comportamentos saudáveis e também a prevenção/tratamento/estabilização de doenças prévias ou intercorrências da gravidez.Introduction: The definition of Small for Gestational Age applies to newborns whose birth weight is less than the 10th percentile. The birth of these infants may be associated with a number of factors: sociodemographic factors such as maternal schooling and age; prenatal factors such as smoking and maternal pathologies; obstetric factors such as the number of pregnancies and previous history of small babies. Among the likely outcomes associated with the birth of small babies for gestational age are neonatal hypoglycaemia, acute fetal distress, and neonatal hospitalization. Objectives: To understand the reality of Centro Hospitalar Cova da Beira regarding the problem of the birth of small babies for gestational age, the associated risk factors and to verify the occurrence of negative outcomes in these babies Methods: An observational, analytical, and retrospective study, whose data were collected from the clinical processes of pregnant women who had a live birth between 2014 and 2016 in the obstetrical service of Centro Hospitalar Cova da Beira. Results: During these 3 years there were a total of 1643 births and 296 (18.02%) were born small for gestational age. 7 births were excluded due to lack of information. The sample consisted of 289 pregnant women for the study group with infants born below the 10th percentile and 159 pregnant women for the control group with infants born between the 10th and the 90th percentile. The inferential analysis showed correlations between the dependent variable and the following variables; schooling, mother's initial weight, smoking habits, pre-pregnancy diseases (such as asthma, obesity and hypothyroidism), the presence of pregnancy complications (such as Intrauterine Growth Restriction), the sex of the newborn, and previous history of small babies for gestational age. Regarding the outcome variables, we found that a low percentile had an influence on, hypoglycaemia, acute fetal distress and hospitalization in neonatology, presented by some newborns. Conclusion: This study provides further evidence of the association of small-for-gestational-age births with certain variables associated with socio-demographic risk, prenatal care risk, obstetric risk, and risk in outcomes for newborns. Thus, the determination of these factors is essential for the planning, implementation and development of actions related to maternal and child health. It is therefore extremely important to provide adequate prenatal care to promote healthy behaviors and to prevent / treat / stabilize prior illnesses or complications of pregnancy.Meyer, Fernanda Taliberti PeretouBibliorumLopes, Mariana Gouveia2020-01-27T17:09:30Z2019-05-292019-03-122019-05-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8796TID:202374190porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:49:07Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8796Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:03.372968Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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