Áreas ardidas e risco potencial de erosão: estudo realizado em zonas do NE Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalli, Aline
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Figueiredo, Tomás de, Fonseca, Felícia
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/14845
Resumo: A erosão é uma das ameaças mais importantes ao recurso solo em Portugal, colocando em risco de degradação áreas consideráveis, o que é muito evidente no NE Transmontano, com extensas zonas de montanha particularmente sensíveis face às condições topográficas favoráveis (Figueiredo et al., 2013) e aos solos geralmente delgados e pedregosos, que espelham bem a ação persistente dos processos de erosão hídrica (Alexandre, 2015). Além dessas características, as mudanças no uso da terra crescentes no país propiciam a restruturação da vegetação, que muitas vezes pode não executar sua função apenas de uma forma positiva como a proteção eficaz do solo, mas servir como combustível potenciador na ocorrência de incêndios florestais, devido ao acumulo de biomassa juntamente com o clima seco e quente da região. Os incêndios florestais ocasionam um agravamento nos processos erosivos do solo, já que removem a cobertura vegetal protetora, além de ocasionar a perda de grande parte da matéria orgânica presente. Esse processo acaba reduzindo a capacidade do solo para armazenar água e nutrientes, acarretando uma redução da profundidade cultivável e fertilidade do solo, prejudicando a resistência e resiliência do solo, resultando em condições mais propensas à seca (Alexandre, 2015; Hudson, 1981; Morgan, 2005). Outro fator de agravamento das condições potenciais de degradação do solo pós-fogo diz respeito a algumas situações em que os resíduos gerados pela queima podem causar repelência do solo à água acentuando ainda mais o escoamento e a erosão (Neary et al., 2005). Essa erosão pode ser estimada, utilizando alguns modelos de avaliação de perda de solo. Um modelo bastante comum é o que foi desenvolvido por Wischmeier & Smith (1978), denominado Universal Soil Loss Equation USLE, em que calcula a perda de solo por unidade de área expressa de acordo com as características dos fatores integrantes da equação, retratado pelo peso do solo por unidade de área do local. Deste modo, o trabalho tem como objetivo analisar as áreas ardidas no Distrito de Bragança, NE Portugal, durante o período de 1990 a 2015, avaliando a ocorrência e magnitude dos incêndios florestais e suas recorrências, os recursos pedológicos e aptidão da terra, além de estimar as perdas potenciais de solo e suas consequências para a degradação do recurso solo na região.
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