A fábula em Daniel Penac – L’oeil du loup e Cabot-caboche : dois romances-fábula
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/3248 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Literatura Francesa. |
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A fábula em Daniel Penac – L’oeil du loup e Cabot-caboche : dois romances-fábulaLa fable chez Daniel Pennac - L'oeil du lopu et Cabot-caboche : deux romams-fableDissertação de mestrado em Literatura Francesa.Este trabalho estuda os romances L’oeil du Loup e Cabot-Caboche, de Daniel Pennac. No panorama actual da literatura francesa, Daniel Pennac é um dos grandes romancistas, com uma vasta obra romanesca e não só, uma vez que também privilegia outros géneros como o ensaio, o teatro, o conto e mesmo a Banda Desenhada. Contudo, na sua produção, destacam-se o romance policial e o romance dirigido ao público infantil e juvenil. É esta última vertente, precisamente pela qual o autor começou, que o nosso trabalho escolheu para análise, sendo o seu principal objectivo o estudo da fábula. A questão inicialmente levantada e a que o trabalho pretende responder é a seguinte: podemos considerar L’Oeil du Loup e Cabot-Caboche dois romances-fábula? Neste sentido, traça-se a panorâmica diacrónica do género fábula, desde os primórdios até à actualidade, analisando-se um dos textos do mestre do género do século XVII, Jean de La Fontaine, destacando-se as principais características da fábula. A reescrita do género fábula, nestes romances, por um autor contemporâneo leva-nos a uma reflexão sobre a pertinência do género nos dias de hoje. As características da fábula clássica foram adaptadas às novas vivências do homem actual. Se antes, e através da fábula, se procurava dar voz aos animais, que falavam como homens, exactamente para alertar os homens acerca dos seus comportamentos reprováveis, actualmente, pela paródia e pela sátira, os animais mantêm a sua condição de animais, embora surjam bastante humanizados, ao passo que os homens são animalizados, invertendo-se os papéis. Pennac mostra como os animais, no seu convívio com os humanos, descrevem, pela palavra ou pelo pensamento, as atitudes dos homens, sendo os porta-vozes do autor e da sua lição de moral, na descoberta e na denúncia do “mundo às avessas”. Por isso, os animais conseguem relacionar-se e “firmar pactos de amizade” com determinados humanos – as crianças – representantes dos inocentes, também eles muitas vezes vítimas dos comportamentos dos adultos. Daniel Pennac retrata, nestes dois romances, mas também nos outros da sua autoria, um universo fabulístico, onde os animais intervêm de forma peculiar, mas também um universo mágico e fantástico que se desvenda à passagem de cada capítulo.Ce travail étudie les romans L’oeil du Loup et Cabot-Caboche, de Daniel Pennac. Dans l’encadrement actuel de la Littérature Française, Daniel Pennac est l’un des grands romanciers, avec une vaste production romanesque entre autres, car il privilégie aussi d’autres genres comme l’essai, le théâtre, le conte et même la Bande Dessinée. Toutefois, dans toute la production pennaquienne se remarquent le roman policier et aussi le roman pour les enfants et les jeunes. C’est cette dernière tendance, justement celle par laquelle l’auteur a commencé sa production, que notre travail a choisi pour son analyse, dont le principal objectif est l’étude de la fable. La question qui se pose d’abord et à laquelle le travail veut répondre est la suivante: peut-on considérer L’Oeil du Loup et Cabot-Caboche deux romans-fable ? Ainsi, on trace la panoramique diachronique du genre fable, dès ces débuts jusqu’à l’actualité, en analysant un des textes du maître du genre du XVIIe siècle, Jean de La Fontaine, en faisant aussi le repérage des principales caractéristiques de la fable. La réécriture du genre fable, dans ces romans, par un auteur contemporain nous mène à la réflexion sur l’importance du genre dans l’actualité. Les caractéristiques de la fable classique ont été adaptées aux nouvelles expériences de l’homme actuel. Si autrefois, et à travers la fable, on cherchait à donner la parole aux animaux, justement pour interpeller les hommes sur leurs attitudes condamnables, actuellement, par la parodie et la satire, les animaux maintiennent leur condition d’animaux, malgré leur humanisation, tandis que les hommes sont animalisés, en inversant les rôles. Pennac montre comme les animaux, dans leurs relations avec les humains, décrivent, par les mots ou par la pensée, les attitudes des hommes, devenant les porte-parole de l’auteur et de sa moralité, dans la découverte et la critique du «monde à l’envers ». De cette façon, les animaux entraînent des relations et font des pactes d’amitié avec certains humains – les enfants – les représentants des innocents, eux aussi des victimes des comportements des adultes. Daniel Pennac montre, dans ces deux romans, mais aussi dans les autres qu’il a écrits, un univers fabuleux, où les animaux interviennent de façon notable, un univers magique et fantastique qu’on découvre au passage de chaque chapitre.Carrilho, Maria da ConceiçãoUniversidade do MinhoSilva, Maria José Fonseca e20042004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/3248porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:05:31Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/3248Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:55:58.198364Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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