Espirometria em idade pré-escolar na prática clínica
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000100003 |
Resumo: | Introdução: A espirometria é essencial para avaliação do doente asmático, sendo exequível em idade pré-escolar. Porém não existem estudos que demonstrem as diferenças entre crianças asmáticas e outras entidades clínicas, como sibilância recorrente não atópica (SRNA) e tosse crónica, quer na espirometria quer na prova de broncodilatação (BD). Objectivos: Comparar os parâmetros espirométricos em crianças em idade pré-escolar com diagnóstico de asma, SRNA ou tosse crónica. Aferir os critérios recentemente publicados para a positividade da BD nas crianças em estudo. Métodos: Durante o ano de 2010, realizaram-se espirometrias às crianças em idade pré-escolar com diagnóstico de asma, tosse ou SRNA, seguidas em ambulatório especializado. Foi avaliada a resposta ao broncodilatador, considerando uma BD positiva (+) se variação do volume expiratório forçado (FEV)0.75>14%. Adicionalmente foram estudadas crianças com variação FEV0.75> 12% mas < 14%, para documentar quantas teriam sido incluídas no grupo BD+ caso tivesse sido utilizado o critério BD > 12% (utilizado em idade escolar e adultos). Resultados: Incluíram-se 88 crianças com asma e 99 com outros diagnósticos. Na maioria foi possível reportar FEV1. A maioria das crianças com outros diagnósticos (n=60; 61%) apresentou espirometria normal com BD negativa, diferença estatisticamente significativa em relação aos asmáticos (n=36; 41%) (p=0,014). No grupo dos asmáticos, 21% tinha obstrução com BD+, contra 4% dos restantes, diferença estatisticamente significativa (p=0,001). 20% (n=20) das crianças com tosse e/ou SRNA apresentava espirometria normal com BD+; 11% apresentavam variação do FEV0.75 entre 12 e 14%. A BD permitiu distinguir crianças asmáticas das restantes; 40% dos asmáticos tinha BD + independentemente da presença de obstrução. Conclusões: A avaliação funcional respiratória é actualmente uma realidade na prática desde a idade pré-escolar, permitindo distinguir precocemente crianças asmáticas de doentes com SR ou tosse crónica. É útil para esclarecimento e eventual diagnóstico de asma em casos de apresentação atípica. É fundamental utilizar cut-offsde BD adaptados, evitando sobrediagnosticar asma. |
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