O desejo em várias claves: ‘’A morte de Isolda’’

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Maria Theresa Abelha
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/13657
Resumo: O poema A morte de Isolda combina a sonoridade e o poético e articula polifonicamente o mito genesíaco do conhecimento, o mito medieval do amor-paixão, o drama lírico de Wagner de modo a evidenciar oposições primárias: vida e morte, matéria e espírito, obediência e transgressão, céu e terra. A derradeira ária da ópera Tristan und Isolde apresenta um libreto redundante que serve de substrato ao poema de Jorge de Sena, este que é um produto da escuta inteligente de seu autor, capaz de recriar a música em outra linguagem. Assim o trítono que dá início à ópera, inaugurando-lhe o tema condutor, é reproduzido na primeira imagem do poema , acompanhando-o de estrofe a estrofe. O poema é lido como são lidos os mitos e a música, na horizontalidade melódica e na verticalidade dos acordes e arpejos, a fim de evidenciar o processo atrativo que torna a linguagem erótica e o poema herético.
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