Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Girão, Maria Licínia Vieira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/94680
Resumo: Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de Direito
id RCAP_43742c67458238c26465d2a94f58add0
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/94680
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civilIN THE SON'S NAME THE BIOLOGICAL TRUTH AS (UN)CONSTITUTIONAL RIGHT THE INCONGRUITIES OF THE ARTICLE NUMBERS: 1807º, 1817º, 1, 1842º, 1859º,2 FROM CIVIL CODEVerdade biológicaIdentidade pessoalPrazos de impugnaçãoMaternidade(In) constitucionalidadeBiological truthPersonal identityTime limits for challenge,Motherhood(In) constitutionalityDissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de DireitoLonge vão os tempos em que os filhos de pai incógnito e das rodas dos enjeitados se conformavam com o seu destino. A realidade mudou. Juridicamente, mas, sobretudo, socialmente. A literacia e os avanços da ciência trouxeram consigo uma maior consciência de um todo e do papel de cada um. Procurar saber as suas origens, passou a ser mais do que um direito, uma questão de identidade. A transição jurídica para acompanhar esta mutação social tem-se vindo a fazer, mas não de forma consensual. Ainda marcada por valores muito tradicionalistas em relação à proteção e ao conceito de família e de um modelo patriarca, a maioria da jurisprudência e da doutrina começa a encontrar opositores que defendem um paradigma mais aberto e atual que permita a todos e a todo o tempo procurarem ter acesso à sua verdade biológica. O objetivo do presente trabalho passa por fazer uma reflexão sobre esta matéria, procurando perceber as razões dos que defendem que os prazos, constantes nos artigos 1817º,1 e 1842º do Código Civil, são conformes à Constituição, mas que limitam a descoberta e ou reposição da verdade, e os que se opõem à existência de prazos em defesa do direito à identidade pessoal de cada um. E, por outro lado, desenvolver um entendimento do porquê da impugnação da maternidade, como resulta do art. 1807º CC, se esta não for a verdadeira, poder a todo o tempo ser impugnada. O mesmo acontecendo com a perfilhação, nos termos do art. 1859º, 2 CC. Procuraremos, ainda, levantar uma questão ainda pouco explorada no nosso ordenamento jurídico, que se prende com os casos em poderá haver lugar à reparação de danos causados ao perfilhado que viu essa perfilhação impugnada pelo perfilhante que sabia, desde sempre (ou não!), que não era seu pai biológico.Gone are the days when the children of an incognito father and the “rodas dos enjeitados” [wheels of rejected] conformed themselves to their destiny. Reality has changed. Legally, but above all socially. Literacy and developments in science have brought with them a greater awareness of a whole and of the role of each one. Seeking to know its origins has become not only a right, but a matter of identity. The legal transition to keep up with this social change has been taking place, but not in a consensual way. Still marked by very traditionalist values in relation to the protection and concept of family and a patriarchal model, most jurisprudence and doctrine begin to find opponents who advocate a more open and recent paradigm that allows everyone and at all times to seek access to their biological truth.The objective of this work is to reflect on this matter, trying to understand the reasons of those who argue that the time limit, contained in Articles 1817º,1 and 1842º of the Civil Code, are in conformity with the Constitution, but which limit the discovery and replacement of the truth, and those that oppose the existence of time limits in defense of the right to personal identity of each one. And, on the other hand, to develop an understanding of whythe challenge of maternity, as is apparent from Article 1807º CC, if this is not true, it may always be challenged. The same with the adoption, according to art. 1859, 2 CC. Some will also try to raise an issue that has not been explored in our legal system, which relates to the cases in which there may be compensation for damage caused to the adoptee who saw this disputed by the adopter who knew, always (or not!), that he was not his/her biological father.2021-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/94680http://hdl.handle.net/10316/94680TID:202714802porGirão, Maria Licínia Vieirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T01:43:00Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/94680Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:13:19.373104Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
IN THE SON'S NAME THE BIOLOGICAL TRUTH AS (UN)CONSTITUTIONAL RIGHT THE INCONGRUITIES OF THE ARTICLE NUMBERS: 1807º, 1817º, 1, 1842º, 1859º,2 FROM CIVIL CODE
title Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
spellingShingle Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
Girão, Maria Licínia Vieira
Verdade biológica
Identidade pessoal
Prazos de impugnação
Maternidade
(In) constitucionalidade
Biological truth
Personal identity
Time limits for challenge,
Motherhood
(In) constitutionality
title_short Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
title_full Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
title_fullStr Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
title_full_unstemmed Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
title_sort Em nome do filho: a verdade biológica como um direito (in)constitucional. As incongruências dos artigos 1807º, 1817º, 1, 1842º e 1859º,2 do código civil
author Girão, Maria Licínia Vieira
author_facet Girão, Maria Licínia Vieira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Girão, Maria Licínia Vieira
dc.subject.por.fl_str_mv Verdade biológica
Identidade pessoal
Prazos de impugnação
Maternidade
(In) constitucionalidade
Biological truth
Personal identity
Time limits for challenge,
Motherhood
(In) constitutionality
topic Verdade biológica
Identidade pessoal
Prazos de impugnação
Maternidade
(In) constitucionalidade
Biological truth
Personal identity
Time limits for challenge,
Motherhood
(In) constitutionality
description Dissertação de Mestrado em Ciências Jurídico-Forenses apresentada à Faculdade de Direito
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-03-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/94680
http://hdl.handle.net/10316/94680
TID:202714802
url http://hdl.handle.net/10316/94680
identifier_str_mv TID:202714802
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134028593364992