As possibilidades, oportunidades e desafi os das Operações de Paz Portuguesas: um refl exo das dinâmicas da Política Externa Portuguesa?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Vasco Viana
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/3281
Resumo: É na viragem para o mundo pós-bipolar que o contributo português em missões de paz e segurança internacionais se consolidou fortemente. A este aspecto não são alheios factores como a nova conjuntura geopolítica internacional resultante do eclodir da Guerra Fria, assim como a alteração no quadro da política externa portuguesa a almejar um maior destaque a Portugal nas Relações Internacionais, através de um reforço assaz visível na participação das estruturas multilaterais em que insere. De facto, é com a intenção de corresponder aos seus compromissos para com as alianças da Aliança Atlântica, das Nações Unidas e da União Europeia que Portugal tem pautado as suas prioridades em matéria de política externa. Esta tendência insere-se no novo modelo democrático que sugere a condução de Portugal para um novo paradigma de inserção internacional, repartido por vários quadrantes geográfi cos. As Forças Armadas portuguesas têm garantido visibilidade nacional nos Balcãs, no Líbano, no Congo e no Afeganistão, entre outros. A política externa resulta da formulação dos interesses nacionais, pelo que a participação portuguesa segue a par e passo na mesma linha, articulada com uma doutrina de intervenção determinada por critérios de segurança europeia e internacional, a par dos aspectos históricos e das relações privilegiadas geográfi cas e pós-coloniais. Este artigo pretende responder a duas fi nalidades indissociáveis: 1) traçar uma análise crítica das operações de paz portuguesas do pós Guerra Fria até aos dias de hoje, analisando as dinâmicas e as (des)continuidades que lhe estão subjacentes enquanto refl exo da sua política externa, 2) descortinar sobre as possibilidades de sustentação do esforço de Portugal, seja em termos da efi cácia da resposta, seja quanto aos custos fi nanceiros indissociáveis numa conjuntura económica desfavorável e numa ligação da geosegurança à geoeconomia, seja nas (im)possibilidades de sustentabilidade dos recursos humanos da área da defesa e segurança.
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