O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Ana Rita da Costa Pereira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/19936
Resumo: Tese de Mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia Clínica Dinâmica), 2014
id RCAP_43cff23399b9ff2e0d7a1a3034c2cf06
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/19936
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"Homicídio conjugalRelação conjugalTeses de mestrado - 2014Tese de Mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia Clínica Dinâmica), 2014Tendo como ponto de partida a intervenção psicológica com uma população prisional masculina em cumprimento de pena por homicídio conjugal este trabalho pretende dar um contributo para a compreensão e prevenção do homicídio conjugal em Portugal. O presente estudo, de carácter exploratório e abordagem qualitativa, tem como objetivos analisar a dinâmica da relação afetiva e conjugal do homicida com a cônjuge, identificar o eixo-motivacional que legitima o mecanismo de passagem ao ato e compreender as particularidades do funcionamento e conflito psíquicos do homicida conjugal presentes no processo de elaboração e integração do ato homicida. Os dados foram recolhidos junto de cinco sujeitos detidos por homicídio conjugal num estabelecimento prisional, através da entrevista semi – estruturada e analisados com o recurso à análise de conteúdo. As conclusões reafirmam as especificidades do funcionamento psicológico do homicida conjugal revelando a tendência para uma relação objetal de cariz limite-narcísico com a cônjuge. Prevalece a dependência e vinculação ambivalente oscilando entre a idealização e desvalorização da cônjuge. Foi identificada uma representação positiva de si próprio, definindo-se como vítima da relação conjugal. Os fatores despoletadores da passagem ao ato homicida centram-se na severa conflitualidade interna e na responsabilização da cônjuge tida como a principal agressora. Este estudo confirma o mecanismo da passagem a ato homicida como um processo crítico catatímico, sustentado por uma intensa instabilidade psicológica no período anterior ao ato. O período de ruminação homicida foi apontado como o período crucial de intervenção e prevenção do homicídio conjugal. Na elaboração sobre o ato homicida é reiterada a evitabilidade do ato.Having as starting point the psychological intervention with a male prison population serving a sentence for spousal homicide, this work intends to give a contribution to the understanding and prevention of spousal homicide in Portugal. The present study, exploratory and qualitative in nature, aims to analyze the dynamics of affective and marital relationship of the murderer with the victim, identify the motivational axis which legitimizes the mechanism leading to marital homicidal act and understand the psychic particularities and conflicts of the marital murderer present in the elaboration and integration process of the homicidal act. The data were collected from a sample of five subjects under arrest for spousal homicide in a prison through semi-structured interviews and analyzed using content analysis. The conclusions reaffirm the specificities of the psychological functioning of spousal homicide revealing the tendency to establish a borderline-narcissistic objetal relation with the spouse. Dependence prevails and ambivalent binding oscillating between the idealization and devaluation of the spouse. It was identified a positive self representation from the marital murderer, defining himself as a victim of marital relationship. The factors that trigger the homicidal act focus on the severe internal conflict and attribution of the responsibility of the spouse as the main aggressor. This study confirms the mechanism leading to marital homicidal act as a critical catathymic process, sustained by intense psychological instability during the period prior to the act. The period of rumination killer was appointed as the crucial period for intervention and prevention of spousal homicide. In the elaborating of the homicidal act is reiterated that the act could have been prevented.Biscaia, ConstançaRepositório da Universidade de LisboaMarques, Ana Rita da Costa Pereira2015-08-14T14:01:02Z20142014-10-242014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.spreadsheetml.sheethttp://hdl.handle.net/10451/19936TID:201030381porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:05:00Zoai:repositorio.ul.pt:10451/19936Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:38:07.740994Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
title O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
spellingShingle O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
Marques, Ana Rita da Costa Pereira
Homicídio conjugal
Relação conjugal
Teses de mestrado - 2014
title_short O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
title_full O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
title_fullStr O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
title_full_unstemmed O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
title_sort O homicídio conjugal como sintoma "Se eu amasse a minha mulher não a tinha morto"
author Marques, Ana Rita da Costa Pereira
author_facet Marques, Ana Rita da Costa Pereira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Biscaia, Constança
Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Marques, Ana Rita da Costa Pereira
dc.subject.por.fl_str_mv Homicídio conjugal
Relação conjugal
Teses de mestrado - 2014
topic Homicídio conjugal
Relação conjugal
Teses de mestrado - 2014
description Tese de Mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia Clínica Dinâmica), 2014
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014
2014-10-24
2014-01-01T00:00:00Z
2015-08-14T14:01:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/19936
TID:201030381
url http://hdl.handle.net/10451/19936
identifier_str_mv TID:201030381
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/vnd.openxmlformats-officedocument.spreadsheetml.sheet
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134280443494400