Direito à cidade e cultura de paz: biopolítica, ambiente e direitos humanos em Aquarius
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/6547 |
Resumo: | “Aquarius”, filme produzido em 2015, com estreia mundial em maio de 2016, no 69º Festival de Cannes, escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, resulta de co-produção brasileira e francesa. É importante obra para análise do direito à cidade, a partir de uma perspectiva biopolítica, pois as dinâmicas sociais, econômicas e políticas retratadas pelo filme acontecem na realidade das cidades brasileiras e em várias outras do mundo. A opressão de pessoas pela disposição espacial e pela lógica especulativa imobiliária do sistema capitalista, é retratada no filme que apresenta o panorama socioeconômico brasileiro, nas intersecções gênero, raça e classe, nas diversas personagens e relações apresentadas. A obra versa sobre a insurreição de Clara, protagonista de 65 anos, mulher viúva, interpretada por Sônia Braga. Ela é a última moradora do “Edifício Aquarius”, Praia da Boa Viagem, em Recife, e recebe insistentes propostas da segunda maior construtora da cidade para a venda do seu apartamento, mas se recusa a vendê-lo, por nutrir afeto pelo espaço onde mora, sua localização e as memórias de sua vida ali insculpidas. O objetivo da construtora é a demolição do prédio para construção de um condomínio de luxo, inscrição do modus operandi do mercado imobiliário, em cuja órbita gravitam relações políticas, religiosas e midiáticas, configurando-se jogos complexos de poder que estruturam vidas nas cidades brasileiras. Marginalização, discriminação, necropolítica, gentrificação, deterioração ambiental e pobreza também são retratadas na obra, que se apresenta como um manancial para análises sobre Biopolítica, Ambiente e Direitos Humanos no contexto do Direito à Cidade. |
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