Salette Tavares: musicalidade e visualidade das palavras no espaço-tempo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/2i.4868 |
Resumo: | Na continuidade de estudos versando entre palavras, sons e imagens nos anos 1960 e 1970 e sobre experimentalismos no panorama musical português, propõe-se uma leitura de obras específicas de Salette Tavares em diálogo com outros ‘experimentadores artísticos’: Jorge Peixinho, Ana Hatherly ou Anna Maria Maiolino. Vai-se, pois, ao encontro do conceito formulado por José Ernesto de Sousa de ‘operadores estéticos’ (1969) e pensando as afinidades entre linguagens demonstrativas de solidez identitária. Salette Tavares participou no Concerto e Audição Pictórica (1965) ação determinante no panorama português. A articulação entre as imagens dos sons/escrita das palavras propagou atos que se repercutem nos públicos. As palavras são imagens que são sons que são atos coreográficos. E o reverso é permutável, pois a Arte é um jogo – Schiller e Gadamer dixit. No universo estético da poeta-visual-esteta identificam-se propostas notações/sons, sugerem-se composições verbivocovisuais, reflete-se acerca da configuração viso-sígnica destas escritas/sonoridades/movimentações reificadas, potencialmente música intuitiva, dinamismos mentais e admitindo a dimensão háptica que as perpassa. Olhar/ler/ouvir proporciona vivências de completude, convoca presenças e fruições. A obra de Salette Tavares propicia experiências estéticas de desocultamento, evidenciando sinais de plenitude, contribuindo para vivências estéticas educacionais, quiçá ‘desinteressadas’, parafraseando Kant. |
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Salette Tavares: musicalidade e visualidade das palavras no espaço-tempoSalette Tavares: musicality and the visuality of words in space-timeArtigosNa continuidade de estudos versando entre palavras, sons e imagens nos anos 1960 e 1970 e sobre experimentalismos no panorama musical português, propõe-se uma leitura de obras específicas de Salette Tavares em diálogo com outros ‘experimentadores artísticos’: Jorge Peixinho, Ana Hatherly ou Anna Maria Maiolino. Vai-se, pois, ao encontro do conceito formulado por José Ernesto de Sousa de ‘operadores estéticos’ (1969) e pensando as afinidades entre linguagens demonstrativas de solidez identitária. Salette Tavares participou no Concerto e Audição Pictórica (1965) ação determinante no panorama português. A articulação entre as imagens dos sons/escrita das palavras propagou atos que se repercutem nos públicos. As palavras são imagens que são sons que são atos coreográficos. E o reverso é permutável, pois a Arte é um jogo – Schiller e Gadamer dixit. No universo estético da poeta-visual-esteta identificam-se propostas notações/sons, sugerem-se composições verbivocovisuais, reflete-se acerca da configuração viso-sígnica destas escritas/sonoridades/movimentações reificadas, potencialmente música intuitiva, dinamismos mentais e admitindo a dimensão háptica que as perpassa. Olhar/ler/ouvir proporciona vivências de completude, convoca presenças e fruições. A obra de Salette Tavares propicia experiências estéticas de desocultamento, evidenciando sinais de plenitude, contribuindo para vivências estéticas educacionais, quiçá ‘desinteressadas’, parafraseando Kant.Following previous studies regarding “between words, sounds and images” in the 1960s and 1970s and on experimentalism in the Portuguese music scene, we propose a reading of specific works by Salette Tavares in dialogue with other 'artistic experimenters' (Jorge Peixinho, Ana Hatherly and Anna Maria Maiolino), meeting the concept formulated by Ernesto de Sousa of 'aesthetic operators' (1969) and thinking about the affinities between demonstrative languages of identity solidity. Tavares participated in the Concerto e Audição Pictórica (1965), a decisive action in the Portuguese panorama. The articulation between the “images of sounds/written words” propagated acts that resonate in the public. “Words are also deeds” (Wittgenstein, 1999). Words are images that are sounds that are choreographic acts. And the reverse is interchangeable, as Art is a game – Schiller or Gadamer dixit. In the aesthetic universe of the poet-visual-aesthete, proposed notations/sounds are identified, visual-sound-verbic compositions are suggested. It reflects on the visual-sign configuration of these reified writings/sounds/movements, potentially intuitive music, mental dynamisms and admitting the haptic dimension that permeates them. Looking/reading/listening provides experiences of completeness, summons presences and enjoyments. Tavares' work provides aesthetic experiences of unveiling, showing signs of fullness, contributing to educational aesthetic experiences, perhaps 'disinterested', to paraphrase Kant.UMinho Editora2023-12-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/2i.4868por2184-7010Lambert, Maria de FátimaMonteiro, Franciscoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-24T08:38:31Zoai:journals.uminho.pt:article/4868Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:56:02.181686Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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