O enfermeiro no cuidado farmacoterapêutico interprofissional ? a visão do médico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seguro, José Miguel Sousa Pedro
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=UzeVBMM6
Resumo: Introdução ? O cuidado farmacoterapêutico (CF) é assumidamente uma área de con-fluência multiprofissional. As responsabilidades e intervenções dos enfermeiros no CF variam entre contextos de cuidados de saúde e entre países. Objetivo ? Conhecer a visão dos médicos portugueses sobre as responsabilidades dos enfermeiros no CF interprofissional. Metodologia ? Selecionados intencionalmente oito médicos (critical cases) com expe-riência relevante no CF, de prática clínica, investigação, educação e em estruturas regulatórias ou políticas. A estes foi realizada entrevista individual, semiestruturada. Resultados ? Os participantes enquadraram as funções dos enfermeiros na preparação e administração, monitorização, prescrição e educação do utente e/ou cuidador. Relevam que sejam preservadas e valorizadas as áreas da preparação e administração, monitorização e educação do utente e/ou cuidador. Sobre a prescrição, não há unanimidade entre os participantes enquanto alguns assumem que não é uma competência atribuível aos enfermeiros, outros assumem que pode ser um caminho futuro, a partir de formação específica, definição de protocolos, limitação a grupos de utentes, supervisão médica, mudanças políticas e/ou de mentalidade. A diferenciação do enfermeiro no CF estará dependente de requisitos individuais, da equipa interdisciplinar e de contexto de intervenção e/ou político. Identificam: a formação geral, as soft skills e a relação enfermeiro-utente/família como pontos fortes dos enfermeiros para o CF; a formação específica em CF, a comunicação interprofissional e os métodos/condições atuais de trabalho como pontos fracos; a investigação, o trabalho interdisciplinar ou em rede, os ganhos para o utente e eventuais ganhos financeiros, como oportunidades; os conflitos interprofissionais, os riscos e dificuldades associados à prescrição e a (des)motivação dos enfermeiros para assumirem um papel diferenciado no CF, como ameaças. Conclusão ? Na equipa de CF, os médicos consideram que a preparação, administração, monitorização e educação do utente e/ou cuidador são intervenções da responsabilidade do enfermeiro. Por parte daqueles profissionais, há recetividade, para que estas sejam reforçadas integrando a prescrição, quando se evidenciar que os curricula são diferenciados na preparação para o CF.
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