A integração dos alunos luso venezuelanos no sistema de ensino da Madeira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/5776 |
Resumo: | Este trabalho assenta na procura de respostas à situação dos alunos luso venezuelanos que chegaram à Região Autónoma da Madeira e que, de assentada, tiveram que ser integrados no sistema de ensino português e regional, de modo concreto. Terá sido essa integração eficaz? Terão sido tomadas todas as medidas para assegurar uma eficácia total? E como perspetivam os próprios estudantes a sua integração na escola, no sistema de ensino e com os seus pares? A escola nos dias de hoje é, cada vez mais, um espaço social por excelência, sendo caraterizada pela diversidade cultural e social dos alunos, das usas histórias de vida e dos seus percursos, mas é, também, ponto de encontro dessas mesmas realidades, pelo que deve fomentar uma cultura de respeito, de civismo, de aceitação e de cidadania. Este trabalho consiste, assim, na procura de respostas em relação ao ponto de vista dos alunos, sobre a sua integração na escola, na turma, na relação com os professores e com os colegas de turma. Além disso, tenta perceber a existência de mecanismos de mediação intercultural e socio pedagógica na escola, como resposta ao fenómeno migratório e social com que a Madeira e concretamente as escolas se depararam. É, deste modo, uma investigação que busca trabalhar diretamente com as fontes em trabalho de campo de natureza etnográfica, partindo de um paradigma, o paradigma hermenêutico-compreensivo, de descoberta, recorrendo, para esse fito a instrumentos de recolha de dados, dando especial ênfase ao diário de campo, à observação direta participante e às entrevistas semiestruturadas. O trabalho de investigação foi levado a cabo numa escola da Região Autónoma da Madeira e com um grupo de sete alunos. Todos provenientes da Venezuela e que têm etapas diferentes de residência na ilha e de frequência na escola. Ao longo do trabalho, é possível encontrar referências ao modo como a escola, pela voz do seu presidente da direção, vislumbra a integração destes jovens na escola e nas turmas, bem como a própria diversidade na escola. Aborda-se, também, as relações com os professores e os colegas de turma, na tentativa de compreender como se constroem essas ligações e perceber se existe algum tipo de mediação por parte dos docentes em relação a estes alunos luso venezuelanos, seja ela pela via do diálogo, seja pela via das atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula. Por fim, dá-se a voz aos vários sujeitos desta investigação, para indagar da real integração e inclusão e percecionar a integração que estes jovens sentem em contraponto com a que percecionada pela própria escola. Com isso, conseguiu-se perceber que, do grupo em análise, a não integração destes jovens nas suas turmas é uma realidade, pese, todavia, a boa integração no espaço escolar. Porém, as dinâmicas interpessoais com os outros indivíduos da turma não são as ideais tendo em conta o objetivo de integração e inclusão tal como é definido e conhecido. Vivem cerrados, ainda, no universo da cultura e dos signos venezuelanos, mas, também não encontram do outro lado, nos seus pares, abertura ou uma frincha entreaberta que os faça sentir acolhidos, a si e à diversidade cultural que carregam. |
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A integração dos alunos luso venezuelanos no sistema de ensino da MadeiraA sua perceção sobre a integração e inclusãoMediação InterculturalIntervenção SocialMediação SociopedagógicaInclusão socialMigraçãoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da EducaçãoEste trabalho assenta na procura de respostas à situação dos alunos luso venezuelanos que chegaram à Região Autónoma da Madeira e que, de assentada, tiveram que ser integrados no sistema de ensino português e regional, de modo concreto. Terá sido essa integração eficaz? Terão sido tomadas todas as medidas para assegurar uma eficácia total? E como perspetivam os próprios estudantes a sua integração na escola, no sistema de ensino e com os seus pares? A escola nos dias de hoje é, cada vez mais, um espaço social por excelência, sendo caraterizada pela diversidade cultural e social dos alunos, das usas histórias de vida e dos seus percursos, mas é, também, ponto de encontro dessas mesmas realidades, pelo que deve fomentar uma cultura de respeito, de civismo, de aceitação e de cidadania. Este trabalho consiste, assim, na procura de respostas em relação ao ponto de vista dos alunos, sobre a sua integração na escola, na turma, na relação com os professores e com os colegas de turma. Além disso, tenta perceber a existência de mecanismos de mediação intercultural e socio pedagógica na escola, como resposta ao fenómeno migratório e social com que a Madeira e concretamente as escolas se depararam. É, deste modo, uma investigação que busca trabalhar diretamente com as fontes em trabalho de campo de natureza etnográfica, partindo de um paradigma, o paradigma hermenêutico-compreensivo, de descoberta, recorrendo, para esse fito a instrumentos de recolha de dados, dando especial ênfase ao diário de campo, à observação direta participante e às entrevistas semiestruturadas. O trabalho de investigação foi levado a cabo numa escola da Região Autónoma da Madeira e com um grupo de sete alunos. Todos provenientes da Venezuela e que têm etapas diferentes de residência na ilha e de frequência na escola. Ao longo do trabalho, é possível encontrar referências ao modo como a escola, pela voz do seu presidente da direção, vislumbra a integração destes jovens na escola e nas turmas, bem como a própria diversidade na escola. Aborda-se, também, as relações com os professores e os colegas de turma, na tentativa de compreender como se constroem essas ligações e perceber se existe algum tipo de mediação por parte dos docentes em relação a estes alunos luso venezuelanos, seja ela pela via do diálogo, seja pela via das atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula. Por fim, dá-se a voz aos vários sujeitos desta investigação, para indagar da real integração e inclusão e percecionar a integração que estes jovens sentem em contraponto com a que percecionada pela própria escola. Com isso, conseguiu-se perceber que, do grupo em análise, a não integração destes jovens nas suas turmas é uma realidade, pese, todavia, a boa integração no espaço escolar. Porém, as dinâmicas interpessoais com os outros indivíduos da turma não são as ideais tendo em conta o objetivo de integração e inclusão tal como é definido e conhecido. Vivem cerrados, ainda, no universo da cultura e dos signos venezuelanos, mas, também não encontram do outro lado, nos seus pares, abertura ou uma frincha entreaberta que os faça sentir acolhidos, a si e à diversidade cultural que carregam.Vieira, Ana Maria de Sousa NevesIC-OnlineSilva, Adérbal Filipe Amorim Pinto da2021-05-12T13:54:09Z2021-02-182021-02-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/5776TID:202722856porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:51:42Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/5776Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:49:09.283622Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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