Cuidar da Pessoa com Transplante Renal Hospitalizada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=ZSu8NRmU |
Resumo: | O enfermeiro acompanha a pessoa na trajectória da Doença Renal Crónica (DRC), desde a fase de tratamento conservador, até à transplantação renal. A transição para o domicílio após o transplante renal leva a que, por vezes, se confrontem com a necessidade de serem novamente internadas em consequência de eventos, nomeadamente processos infecciosos e/ou ameaça de rejeição. Emergem então, um conjunto de sentimentos que são agravados pela necessidade da hospitalização que a pessoa vê como uma ameaça à sua autonomia e à sua capacidade de decisão. Perante esta perspetiva considerou-se pertinente, analisar as percepções e motivações dos enfermeiros sobre os cuidados prestados à pessoa após o transplante renal quando é rehospitalizada. Realizou-se um estudo qualitativo, descritivo, com características de estudo de caso. Numa primeira fase, foram efetivadas quatro entrevistas não estruturadas, posteriormente o esquema de análise obtido foi apresentado, discutido e ampliado com a equipa de enfermagem em três focus grupo. A análise dos dados seguiu as linhas orientadoras definidas por Gibbs (2009). Da informação obtida resultaram cinco temas principais: Acolhimento, descrevendo-se a sua organização e conteúdo, bem como a importância da atitude do enfermeiro; Cuidado quotidiano, abordando as áreas de intervenção, a promoção do autocuidado, a preparação do regresso a casa e as dificuldades inerentes; Gestão do regime terapêutico, salientando-se a promoção da adesão terapêutica; Características dos doentes, analisando-se as diferenças ao nível do seu conhecimento e comportamento e Desafios no processo de cuidados, incluindo a relação com as motivações e vivências pessoais e os constrangimentos no cuidar. Os enfermeiros revelaram que o processo de cuidados à pessoa transplantada renal é complexo, reconhecendo que existem áreas nas quais a sua ação carece de maior sistematização e aprofundamento. Apesar do desgaste que é trabalhar com pessoas com DRC, manifestam motivação e satisfação para continuar a intervir neste domínio. Esta investigação pode ajudar à tomada de decisão do enfermeiro na prestação de cuidados à pessoa com transplante renal bem como motivar ajustes na organização dos cuidados desde a admissão à alta. |
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