Avaliação de disponibilidades hídricas e de caudais de ponta de cheia em bacias hidrográficas não monitorizadas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/6396 |
Resumo: | A estimação de escoamentos superficiais e a análise de caudais de ponta de cheia constituem duas das principais áreas de intervenção da Engenharia Civil, no que concerne aos recursos hídricos e ao dimensionamento de infraestruturas com eles relacionadas. No entanto, os registos de variáveis hidrológicas para tanto necessários apresentam numerosas falhas, ou dimensão insuficiente, podendo em alguns casos ser mesmo inexistentes, o que acarreta limitações nos modelos que para o efeito podem ser aplicados tendo em vista o dimensionamento daquelas infraestruturas. Neste contexto, é frequente os estudos hidrológicos confrontarem-se com a necessidade de desenvolver métodos para simulação de escoamentos, para prolongamento de séries já existentes, bem como para estimar escoamentos em zonas não monitorizadas da rede hidrográfica que sejam parcimoniosos na informação que utilizam. Nesse entendimento, e no que respeita às disponibilidades hídricas, aplicou-se, pela simplicidade que traduz, o balanço hídrico sequencial, baseado na evapotranspiração de Thornthwaite. Simultaneamente e no pressuposto de total ausência de informação hidrométrica na secção de estimação de escoamentos, recorreu-se a modelos de transposição dessa mesma informação, a partir de secções da rede hidrográfica monitorizadas. Relativamente à análise de caudais de ponta de cheia, em Portugal Continental, é frequente aplicar, também pela sua simplicidade, a fórmula racional que requer apenas o conhecimento da intensidade de precipitação de projeto e de um coeficiente, C, essencialmente relacionado com as perdas de precipitação. Não sendo consensual o valor de C, a utilizar na fórmula racional, considerou-se pertinente analisar os seus valores que conduzam a uma adequada calibração daquela fórmula. Desta forma, aplicaram-se as metodologias propostas, para avaliação de disponibilidades hídricas superficiais, à bacia hidrográfica definida pela estação hidrométrica de Fragas da Torre. Os resultados obtidos demonstraram que o balanço hídrico sequencial, com base na evapotranspiração de Thornthwaite, é adequado na transformação de precipitação em escoamento. Foi também confirmada a adequação do modelo proposto para regionalização de informação hidrométrica, constatando-se que, apesar de uma região não ter registos de informação hidrométrica, não é impeditivo de se poder estimar variáveis hidrológicas nessa mesma região. |
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Avaliação de disponibilidades hídricas e de caudais de ponta de cheia em bacias hidrográficas não monitorizadasCaso de estudoBalanço Hídrico SequencialCoeficiente C da Fórmula RacionalDisponibilidades HídricasDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia CivilA estimação de escoamentos superficiais e a análise de caudais de ponta de cheia constituem duas das principais áreas de intervenção da Engenharia Civil, no que concerne aos recursos hídricos e ao dimensionamento de infraestruturas com eles relacionadas. No entanto, os registos de variáveis hidrológicas para tanto necessários apresentam numerosas falhas, ou dimensão insuficiente, podendo em alguns casos ser mesmo inexistentes, o que acarreta limitações nos modelos que para o efeito podem ser aplicados tendo em vista o dimensionamento daquelas infraestruturas. Neste contexto, é frequente os estudos hidrológicos confrontarem-se com a necessidade de desenvolver métodos para simulação de escoamentos, para prolongamento de séries já existentes, bem como para estimar escoamentos em zonas não monitorizadas da rede hidrográfica que sejam parcimoniosos na informação que utilizam. Nesse entendimento, e no que respeita às disponibilidades hídricas, aplicou-se, pela simplicidade que traduz, o balanço hídrico sequencial, baseado na evapotranspiração de Thornthwaite. Simultaneamente e no pressuposto de total ausência de informação hidrométrica na secção de estimação de escoamentos, recorreu-se a modelos de transposição dessa mesma informação, a partir de secções da rede hidrográfica monitorizadas. Relativamente à análise de caudais de ponta de cheia, em Portugal Continental, é frequente aplicar, também pela sua simplicidade, a fórmula racional que requer apenas o conhecimento da intensidade de precipitação de projeto e de um coeficiente, C, essencialmente relacionado com as perdas de precipitação. Não sendo consensual o valor de C, a utilizar na fórmula racional, considerou-se pertinente analisar os seus valores que conduzam a uma adequada calibração daquela fórmula. Desta forma, aplicaram-se as metodologias propostas, para avaliação de disponibilidades hídricas superficiais, à bacia hidrográfica definida pela estação hidrométrica de Fragas da Torre. Os resultados obtidos demonstraram que o balanço hídrico sequencial, com base na evapotranspiração de Thornthwaite, é adequado na transformação de precipitação em escoamento. Foi também confirmada a adequação do modelo proposto para regionalização de informação hidrométrica, constatando-se que, apesar de uma região não ter registos de informação hidrométrica, não é impeditivo de se poder estimar variáveis hidrológicas nessa mesma região.The stream flows estimation and the analysis of peak flood discharge are two of the most important areas of Civil Engineering intervention, regarding ?the? ou to water resources and the hydraulic systems design. However, the data of hydrological variables presents many flaws or insufficient size and can be nonexistent in some cases, which causes limitations in the models that can be applied in those hydraulic systems design. In this context, hydrological studies are frequently confronted with the need to develop methods for simulation of stream flows, for extension of existing data, as well as to estimate stream flows in ungauged watersheds that needs easy data information. Therefore, was applied, for its simplicity, the sequential water balance, based on Thornthwaite evapotranspiration. At the same time and assuming that no hydrometric data exists in estimation stream flows section, we applied regionalization models to implement this same data information from stream gauging stations. For analysis of maximum flood flow, in Portugal mainland, is often applied, also for its simplicity, the rational formula which only requires knowledge of the precipitation project intensity and a coefficient, C, primarily related to precipitation losses. Not being consensual the value of C, using the rational formula, was considered appropriate to analyze their values which brings an adequate calibration of that same formula. Thus, the methodologies proposed were applied, on the watershed defined by the Fragas da Torre hydrometric station, for evaluation of the available water resources. The results showed that the sequential water balance, based on Thornthwaite evapotranspiration, is suitable for estimating stream flows from precipitation data. As also been confirmed the suitability of the proposed model for regionalization criteria, noticing that a region not having recorded hydrometric information does not necessarily prevent the estimation of hydrological variables that model the same region.Fael, Cristina Maria SenaSilva, Maria Manuela Portela Correia dos Santos Ramos dauBibliorumRaposo, Joana Margarida Monteiro2018-11-16T15:55:23Z2014-10-62014-11-032014-11-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6396TID:201646153porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:51Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6396Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:07.898427Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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