"As you receive with one hand, so should you give with the other": the mutual-help practices of Cape Verdeans on the Lisbon periphery
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/6773 |
Resumo: | Tese de mestrado, Antropologia Social e Cultural, 2012, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa |
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"As you receive with one hand, so should you give with the other": the mutual-help practices of Cape Verdeans on the Lisbon peripheryCabo VerdeLisboaRedes sociaisAjuda mútuaTeses de mestrado - 2012Tese de mestrado, Antropologia Social e Cultural, 2012, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de LisboaRural Cape Verdeans employ a number of mutual-help practices to mitigate the uncertainties surrounding activities fundamental to their subsistence. One of these practices is djunta mon (‘to work together’), a loosely planned, non-monetized system of allocating labor at peak intervals during the growing season. By means of djunta mon, neighbors or family members work in each other’s fields until the tasks of every landowning participant are complete. Alongside djunta mon in rural Cape Verde exist a number of other non-remunerated mutual-help practices, such as djuda mutua (‘mutual help’) and laja kaza (‘to add concrete to one’s house’). While less visible than djunta mon, they are nonetheless important in completing tasks essential to rural life in the islands. In this thesis, I will attempt to show how Cape Verdean immigrants in Lisbon have adapted the mutual-help practices of rural Cape Verde to a new, transnational context. The iterations of these practices in Lisbon differ from their rural counterparts in that they involve fewer people, occur on a year-round basis, and are concerned primarily with domestic work. They also help people find employment, access childcare, secure interest-free credit, and construct or repair houses. I will argue that extensive mutual-help ties ensure Cape Verdean migrants in Lisbon a sufficient pool of family and friends upon which they can rely for support and assistance. An additional element I will explore is the perception among Cape Verdean immigrants that these mutual-help practices seem to be occurring with less frequency. While this shift is in part due to the availability of other means of support, I will contend that the changing attitude of Cape Verdeans towards mutual help is also due to their encountering neoliberal notions of ‘self-accountability.’ Thus, Cape Verdeans perceive that their mutual-help practices are in decline, while simultaneously needing the material support that they provide.Os cabo-verdianos em meio rural servem-se de uma série de práticas de ajuda mútua, nas actividades fundamentais à sua subsistência, para mitigarem as incertezas que lhes estão associadas. Uma dessas práticas é o djunta mon («trabalhar juntos»), um sistema flexível que garante mão-de-obra não remunerada durante os períodos de alta da estação agrícola. Por meio do djunta mon, vizinhos ou familiares trabalham nos campos uns dos outros até as tarefas de cada proprietário estarem completas. Para além do djunta mon existe em Cabo Verde uma série de outras práticas de ajuda mútua, tais como djuda e laja kaza («lajear casa»). Embora menos visível do que o djunta mon, elas são fundamentais para realizar tarefas essenciais à vida rural das ilhas. Nesta tese, vou tentar mostrar como os imigrantes cabo-verdianos adoptaram as práticas de ajuda mútua de Cabo Verde num novo contexto. As interacções destas práticas em Lisboa diferem das suas homólogas rurais, já que elas envolvem menos pessoas, ocorrem durante o ano inteiro e prendem-se principalmente com tarefas domésticas. Vou argumentar que os extensos laços de ajuda mútua garantem aos imigrantes cabo-verdianos um conjunto de familiares e amigos com que podem contar para apoio e assistência. Um elemento adicional que explorarei é a percepção entre os imigrantes cabo-verdianos que essas práticas de ajuda mútua parecem estar a ocorrer com menos frequência. Enquanto esta mudança é em parte devida à disponibilidade de outros tipos de apoio, vou afirmar que esta atitude entre cabo-verdianos é também devida à presença de noções neoliberais de «auto-responsabilidade». Assim, os cabo-verdianos entendem que as suas práticas de ajuda mútua estão em declínio, ao mesmo tempo que precisam do apoio material que elas fornecem.Cabral, João de PinaRepositório da Universidade de LisboaWeeks, Samuel2012-08-01T13:46:31Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/6773enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:49:28Zoai:repositorio.ul.pt:10451/6773Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:31:46.772798Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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