Religiões e teorias das relações internacionais hoje
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/1262 |
Resumo: | As Relações Internacionais (RI) surgiram como uma disciplina explicitamente secularizada, limitada apenas ao período posterior à paz de Vestefália de 1648, precisamente porque nessa conferência de paz ter-se-ia estabelecido o princípio da exclusão do religioso da política internacional. Portanto, o estudo das RI nada deveria ter a ver com o estudo das religiões. Durante muito tempo esta noção não pareceu problemática pois os factos da vida internacional pós-1945, o período de afirmação das RI, pareciam confirmá-la. Mas uma série de acontecimentos vieram colocá-la em questão: a eleição de um papa polaco, João Paulo II, em 1978, e o seu protagonismo na fase final da Guerra Fria; a proclamação de uma República Islâmica no Irão, em 1979, com Khomeini como líder; e, nesse mesmo ano, o início da guerrilha islamista no Afeganistão em resposta à invasão soviética. A forma como a Guerra Fria acabou veio reforçar este questionamento, com a crise do comunismo, o principal movimento ateísta de massas, e a multiplicação de Estados em colapso, como resultado de conflitos identitários, por vezes com uma componente religiosa. |
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