Expressão imunohistoquímica da caderina-E em tumores melanocíticos de equinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Joana Marques
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5392
Resumo: Os tumores melanocíticos são neoplasias comuns em equinos, afetando cerca de 80% dos animais de pelagem ruça com mais de 15 anos. Apesar de ser uma lesão de fácil diagnóstico, o seu comportamento biológico é bastante imprevisível. A caderina epitelial é a principal molécula de adesão celular entre melanócitos e queratinócitos, regulando o crescimento e proliferação dos primeiros. Assim, alterações na função ou expressão desta molécula surgem associadas à aquisição de um fenótipo celular invasivo e consequente formação de metástases. O presente trabalho pretendeu avaliar, por imunohistoquímica, a presença da caderina-E em 38 neoplasias melanocíticas de equinos, classificando a sua expressão de acordo com a extensão, localização e intensidade de marcação. Foi efetuada uma o diagnóstico prévio de acordo com os critérios descritos pela OMS, incluindo a verificação da existência de êmbolos vasculares. Todos as neoplasias foram classificadas como melanomas. Foi utilizado um anticorpo monoclonal de murganho anti-caderina E como anticorpo primário. A marcação foi positiva em 36 tumores e 24 destes apresentaram uma extensão difusa, com uma elevada percentagem de células imunorreativas (> 75%). Nas células tumorais, a marcação foi citoplasmática (n=21), membranar (n=7) ou mista (n=8). A maioria dos tumores com imagens de invasão vascular (75%) teve marcação citoplasmática. Em relação à intensidade de marcação, as amostras distribuíram-se de forma idêntica pelos diferentes graus de intensidade. Foi constante a diminuição de intensidade de marcação com a distância à epiderme. Nenhum dos parâmetros da avaliação imunohistoquímica teve uma associação estatisticamente significativa com as características histopatológicas das amostras. Na maioria desta série de tumores melanocíticos de equinos foi evidente a expressão de caderina-E nas células neoplásicas, com uma localização citoplasmática, considerada por vários autores como anómala e um indicador de agressividade. Apesar do reduzido número de amostras em estudo, este é o primeiro estudo da expressão da caderina-E em neoplasias melanocíticas de equinos. São necessários mais trabalhos, com um maior número de casos, acompanhamento clínico destes e estudos de prognóstico, para avaliar o significado destes resultados e investigar uma possível relação da alteração do padrão de marcação de caderina-E com a agressividade tumoral.
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Foi efetuada uma o diagnóstico prévio de acordo com os critérios descritos pela OMS, incluindo a verificação da existência de êmbolos vasculares. Todos as neoplasias foram classificadas como melanomas. Foi utilizado um anticorpo monoclonal de murganho anti-caderina E como anticorpo primário. A marcação foi positiva em 36 tumores e 24 destes apresentaram uma extensão difusa, com uma elevada percentagem de células imunorreativas (> 75%). Nas células tumorais, a marcação foi citoplasmática (n=21), membranar (n=7) ou mista (n=8). A maioria dos tumores com imagens de invasão vascular (75%) teve marcação citoplasmática. Em relação à intensidade de marcação, as amostras distribuíram-se de forma idêntica pelos diferentes graus de intensidade. Foi constante a diminuição de intensidade de marcação com a distância à epiderme. Nenhum dos parâmetros da avaliação imunohistoquímica teve uma associação estatisticamente significativa com as características histopatológicas das amostras. Na maioria desta série de tumores melanocíticos de equinos foi evidente a expressão de caderina-E nas células neoplásicas, com uma localização citoplasmática, considerada por vários autores como anómala e um indicador de agressividade. Apesar do reduzido número de amostras em estudo, este é o primeiro estudo da expressão da caderina-E em neoplasias melanocíticas de equinos. São necessários mais trabalhos, com um maior número de casos, acompanhamento clínico destes e estudos de prognóstico, para avaliar o significado destes resultados e investigar uma possível relação da alteração do padrão de marcação de caderina-E com a agressividade tumoral.Melanocytic tumours are a common lesion in horses, affecting about 80% of grey-colored coated animals, over 15 years old of age. Although it is a lesion easily diagnosed, its biologic behavior is very unpredictable. Epithelial cadherin is the major component involved on the cellular adhesion between melanocytes and keratinocytes, with an important role as a regulator of melanocytes growth and proliferation. Altered function or expression of this adhesion molecule has been implicated in tumour cell invasion and metastasis formation. The aim of the present study was to analyze, through immunohistochemistry, E-cadherin expression on thirty-eight equine melanocytic tumours, according to its labeling extension, location and intensity. The samples were previously processed and subjected to histopathological analysis, according to the criteria described by WHO. Vascular invasion and other histopathological parameters were also evaluated. Mouse anti-cadherin E monoclonal antibody was used as the primary antibody. E-cadherin was expressed in thirty-six tumours, and twenty-four of these presented a diffuse labelling, with a high number of reactive cells (>75%). The labelling location on the neoplastic cells was either cytoplasmatic (n=21), membranous (n=7) or heterogeneous (n=8). The majority of the tumours with evidences of intravascular invasion (75%) presented a cytoplasmatic labelling. Regarding the staining intensity, the samples got equally distributed through the three different intensity degrees. Aside from its location or intensity, we realized that the deep components of the tumours showed a decreased degree of E-cadherin expression. We found no significant association between E-cadherin expression and none of the histopathological variables evaluated. In summary, E-cadherin was most frequently expressed in equine melanocytic tumours with a cytoplasmatic labelling, thought to be an abnormal finding and a malignancy factor in the referred lesions. Even though it was based on a low sample number, this study represents the first one focused on E-cadherin expression in equine melanocytic tumours. Further investigations should consider a higher number of animals and include a closer monitoring of its clinical evolution, in order to confirm the suggested association between an altered E-cadherin expression and a malignant behavior of these tumours.2016-01-13T14:12:44Z2016-01-13T00:00:00Z2016-01-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/5392porMoreira, Joana Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:27:47Zoai:repositorio.utad.pt:10348/5392Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:09.275853Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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