Estratégias empresariais no âmbito da segurança: Um olhar sobre o universo rodoviário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/565 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Comportamento Organizacional |
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Estratégias empresariais no âmbito da segurança: Um olhar sobre o universo rodoviárioComportamento organizacionalSegurançaPrevenção de acidentesGestãoInstrumentosOrganization behaviourSafetyAccident preventionManagementInstrumentsDissertação de Mestrado em Comportamento OrganizacionalTendo como intenção definir um modelo causal explicativo da génese dos acidentes organizacionais, Reason (1997) defendeu um modelo considerando que a normal trajectória do acidente dentro de uma organização pressupõe que um perigo ou ameaça atravesse as defesas existentes, devido à conjugação de falhas manifestas -ou actos inseguros- praticados pelos indivíduos e falhas latentes- relacionadas com factores organizacionais ou factores inerentes ao local de trabalho. No nosso trabalho, pretendemos validar empiricamente o modelo desenhado por Reason, procurando verificar se factores organizacionais e/ou relacionados com o local de trabalho poderiam estar na origem de actos inseguros por parte dos trabalhadores e, em associação com estes, poderiam relacionar-se com os altos índices de sinistralidade rodoviária da empresa em estudo. Outro objectivo do nosso trabalho, consistiu ainda em desenvolver um instrumento de avaliação baseado no modelo do autor supracitado, o qual se traduziu num guião de entrevista semi-estruturado dividido em cinco temáticas fundamentais: "Dados Socio-demográficos", "Descrição da função", "Factores relacionados com a organização, "Factores relacionados com o local de trabalho" e "Dados de índole rodoviária". Foi esse o instrumento que utilizámos para levar a cabo o primeiro objectivo do nosso estudo, e procurar validar empiricamente o modelo de Reason (1997). O nosso trabalho foi desenvolvido dentro de uma multinacional pertencente ao ramo da indústria farmacêutica, e concretizou-se pela realização de dezassete entrevistas- treze a comerciais e quatro entrevistas a chefias intermédias. A nossa amostra incluiu doze indivíduos do sexo masculino e cinco indivíduos do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 28 e os 44 anos de idade. Todos possuíam um contrato de trabalho sem termo e a maioria dos entrevistados apresentava um tempo de casa até cinco anos. Do ponto de vista metodológico, realizámos um estudo qualitativo, exploratório, que contou com as entrevistas supracitadas enquanto método de recolha de informação. Os resultados que obtivemos permitiram-nos identificar, efectivamente, alguns problemas/ lacunas a nível organizacional, de que são exemplo o reduzido conhecimento das estratégias e objectivos globais da organização por parte dos funcionários, falhas comunicacionais existentes, a valorização do indivíduo por parte da empresa sentida como reduzida ou nula, existência de "lobbys" e premiações duvidosas, participação deficitária dos funcionários na vida da empresa e excessiva burocratização na organização. Do ponto de vista do local de trabalho, a situação apresentou-se igualmente complexa, com objectivos organizacionais marcada e quase exclusivamente orientados para a produtividade, a inexistência de sistemas de investigação de acidentes de viação, a ausência de opiniões acerca da segurança rodoviária por parte dos funcionários, reduzido envolvimento dos mesmos nas reuniões internas sobre segurança rodoviária, ausência de plenários sobre o tema, supervisores a não valorizar suficientemente o tema da segurança rodoviária, bem como o reduzido debate do tema entre colegas de trabalho/ equipa. Estes factores demonstraram poder ter alguma influência nos comportamentos inseguros dos indivíduos, uma vez que alguns dos entrevistados chegaram mesmo a referir factores relacionados com a pressão/stress do trabalho enquanto factores de perigo para a condução e demonstraram preocupar-se pouco ou quase nunca com a possibilidade de se ferirem na sequência de possíveis acidentes rodoviários em trabalho. Paralelamente a isso, relatam ter sofrido multas devidas a excesso de velocidade e uma das chefias intermédias reconheceu claramente falar ao telefone enquanto conduzia. As "perdas", consequência última do somatório de disfuncionalidades relacionadas com a organização, o local de trabalho e os actos inseguros dos indivíduos (Reason, 1997) ficaram bem patenteadas no elevado número de acidentes/ incidentes /multas de viação sofridos pelos indivíduos, muito embora não tivessem sido registada a existência de danos físicos por parte de nenhum entrevistado. Findo este trabalho, podemos concluir que cumprimos com ambos os objectivos a que nos propusemos no início do estudo. Em primeiro lugar, pudemos desenvolver um instrumento de avaliação fundamentado no modelo de Reason (1997). Concretizado este objectivo, conseguimos posteriormente validar do ponto de vista empírico o modelo de segurança defendido pelo mesmo autor. Neste estudo, conseguimos identificar lacunas e /ou áreas de falência em termos organizacionais e/ou do local de trabalho dos indivíduos que, em última instância, poderão constituir factores latentes responsáveis pelos acidentes, quando conjugados com as falhas manifestas dos indivíduos.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAGonçalves, Magda Maria de Matos Palhota2011-06-06T14:38:34Z2006-01-01T00:00:00Z2006-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/565porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:36:42Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/565Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:18:41.276371Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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