Doença Arterial Periférica e Qualidade de Vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz,Carolina
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Duarte,Vera, Santos,Ana Rita, Valente,Paulo, Paúl,Constança, Bastos,Rui, Nogueira,Clara, Loureiro,Tiago, Loureiro,Luís, Silveira,Diogo, Teixeira,Sérgio, Rego,Duarte, Matos,Arlindo, Almeida,Rui
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2013000100003
Resumo: Introdução: Os Cirurgiões Vasculares avaliam o seu sucesso terapêutico através de indicadores objectivos tais como a taxa de mortalidade, morbilidade e permeabilidade. Nas últimas décadas, tem havido uma mudança significativa na avaliação da doença e do seu tratamento dando especial enfase à Qualidade de Vida (QDV). Objectivos: Os objectivos desta investigação foram determinar quais as dimensões mais afectadas e as mais preservadas em relação à qualidade de vida dos doentes com Doença Arterial Periférica. Material e Métodos: Estudo prospectivo desenvolvido no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António. Procedeu-se ao estudo de 101 doentes em regime de internamento por doença arterial periférica. Realizou-se um protocolo em três patamares distintos: um pré-protocolo de avaliação inicial com o estudo de dados biográficos, avaliação da prestação de cuidados e condições sócio-familiares. Um segundo protocolo realizado após a alta com variáveis de caracter clínico e um terceiro protocolo realizado em ambiente de consulta externa em que se procedeu à avaliação de determinantes biopsicossociais e à realização de provas de carácter funcional. Resultados: Verificou-se um predomínio do sexo masculino (62,4%), a média de idades foi de 69, 5 anos (desvio padrão de 11,8), 47, 5% dos doentes frequentou o ensino primário e 12,9% dos doentes nunca frequentaram a escola. No que concerne a esfera familiar, esta amostra apresenta uma alargada rede familiar em que a média de filhos foi de 2,9 (desvio padrão de 2,8), todavia é destacar que 9,9 % dos doentes residem sós. A qualidade de vida geral determinada foi de 41,05, valor que comparativamente à qualidade de vida geral da população portuguesa é de aproximadamente metade. Conclusões: A doença arterial periférica sendo uma doença crónica e muitas vezes associada a consequências mutiladoras de ordem física torna compreensível e esperada a sua tradução negativa na qualidade de vida geral dos doentes.
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