Mortalidade perinatal na Região da Beira Interior: uma revisão de 20 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Catarina Isabel Barrosa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10689
Resumo: Introdução A taxa de mortalidade perinatal (TMP) afigura-se como indicador chave refletor da qualidade da assistência obstétrica, intraparto e neonatal. Em Portugal, a tendência tem sido decrescente e, em 2018, a taxa era de 4 óbitos/1000 nascidos vivos, tendo a Cova da Beira sido apontada, em 2014, como uma das zonas de maior carga de morte perinatal. A prevenção da mortalidade perinatal (MP) passa por reconhecer os fatores de risco. Objetivos Analisar a totalidade dos casos de MP ocorridos desde janeiro de 1999 até dezembro de 2018 na Região da Beira Interior (hospitais Pêro da Covilhã, Amato Lusitano e Sousa Martins). Pretende-se comparar o padrão de mortalidade regional com o global e identificar os principais fatores de risco maternos, gestacionais, de assistência, fetais ou neonatais preditores do resultado e apontar possíveis medidas preventivas. Materiais e Métodos A amostra considerada para o estudo retrospetivo foi a população total de óbitos perinatais ocorridos (179 casos). Após consulta de bibliografia, reuniram-se variáveis específicas para a recolha uniforme e fidedigna de dados, e estes foram analisados através do programa Software Package for Social Sciences, recorrendo à estatística descritiva e inferencial, considerando-se o nível de significância de 0.05. Resultados A TMP foi de 4.8 óbitos por 1000 nascidos vivos, tendo-se contado 158 mortes fetais tardias e 21 neonatais precoces. Das condições pré-parto, nenhum dos fatores de risco expectáveis foi encontrado de forma maioritária. Os partos pré-termo totalizaram 46.93% dos casos e o baixo peso ao nascer 53.93%. As malformações do recém-nascido ocorreram em 12.29% e contaram-se 62 casos de asfixia/anóxia fetal. Conclusão A MP ainda continua a ocorrer na Região da Beira Interior, notando-se, no entanto, uma tendência decrescente ao longo dos 20 anos em estudo. Das condições préparto, da gravidez atual e pós-parto analisadas, nenhuma se salientou como justificação para o desfecho, pelo que se comprova o caráter etiológico multifatorial da MP.
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spelling Mortalidade perinatal na Região da Beira Interior: uma revisão de 20 anosEpidemiologiaFatores de RiscoMortalidade PerinatalNeonatologiaObstetríciaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução A taxa de mortalidade perinatal (TMP) afigura-se como indicador chave refletor da qualidade da assistência obstétrica, intraparto e neonatal. Em Portugal, a tendência tem sido decrescente e, em 2018, a taxa era de 4 óbitos/1000 nascidos vivos, tendo a Cova da Beira sido apontada, em 2014, como uma das zonas de maior carga de morte perinatal. A prevenção da mortalidade perinatal (MP) passa por reconhecer os fatores de risco. Objetivos Analisar a totalidade dos casos de MP ocorridos desde janeiro de 1999 até dezembro de 2018 na Região da Beira Interior (hospitais Pêro da Covilhã, Amato Lusitano e Sousa Martins). Pretende-se comparar o padrão de mortalidade regional com o global e identificar os principais fatores de risco maternos, gestacionais, de assistência, fetais ou neonatais preditores do resultado e apontar possíveis medidas preventivas. Materiais e Métodos A amostra considerada para o estudo retrospetivo foi a população total de óbitos perinatais ocorridos (179 casos). Após consulta de bibliografia, reuniram-se variáveis específicas para a recolha uniforme e fidedigna de dados, e estes foram analisados através do programa Software Package for Social Sciences, recorrendo à estatística descritiva e inferencial, considerando-se o nível de significância de 0.05. Resultados A TMP foi de 4.8 óbitos por 1000 nascidos vivos, tendo-se contado 158 mortes fetais tardias e 21 neonatais precoces. Das condições pré-parto, nenhum dos fatores de risco expectáveis foi encontrado de forma maioritária. Os partos pré-termo totalizaram 46.93% dos casos e o baixo peso ao nascer 53.93%. As malformações do recém-nascido ocorreram em 12.29% e contaram-se 62 casos de asfixia/anóxia fetal. Conclusão A MP ainda continua a ocorrer na Região da Beira Interior, notando-se, no entanto, uma tendência decrescente ao longo dos 20 anos em estudo. Das condições préparto, da gravidez atual e pós-parto analisadas, nenhuma se salientou como justificação para o desfecho, pelo que se comprova o caráter etiológico multifatorial da MP.Introduction The perinatal mortality rate (PMR) appears as a key indicator reflecting the quality of obstetric, intrapartum and neonatal care. In Portugal, the trend has been decreasing and, in 2018, the rate was 4 deaths / 1000 live births, with Cova da Beira being identified, in 2014, as one of the areas with the highest perinatal death burden. The prevention of perinatal mortality (PM) involves recognizing the risk factors. Objectives Analyse the totality of PM cases that occurred from January of 1999 to December of 2018 in Region of Beira Interior (Pêro da Covilhã, Amato Lusitano and Sousa Martins hospitals). The intention is to compare the regional mortality pattern with the global one and to identify the main maternal, gestational, assistance, fetal or neonatal risk predictors of the result and to point out possible preventive measures. Materials and Methods The sample considered for the retrospective study was the total population of perinatal deaths (179 cases). After consulting the bibliography, specific variables were collected for an uniform and reliable data collection, and these were analysed using the Software Package for Social Sciences program, using descriptive and inferential statistics, considering the significance level of 0.05. Results PMR was 4.8 deaths per 1000 live births, with 158 late fetal deaths and 21 early neonatal deaths. Of the pre-delivery conditions, none of the expected risk factors were found in the majority. Preterm births accounted for 46.93% of cases and low birth weight for 53.93%. Anomalies in the newborn occurred in 12.29% and 62 cases of asphyxia / fetal anoxia were counted. Conclusion PM still continues to occur in Region of Beira Interior, noting, however, a decreasing trend over the 20 years under study. Of the analysed pre-delivery conditions, current pregnancy and postpartum conditions, none stood out as a justification for the outcome, which proves the multifactorial etiologic character of PM.Rodrigues, Nélia Lamberta PereiraFerreira, Dário Jorge da ConceiçãouBibliorumOliveira, Catarina Isabel Barrosa2020-12-14T14:23:19Z2020-07-242020-05-202020-07-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10689TID:202548236porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:38Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10689Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:35.385666Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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