Organismos marinhos na cosmética

• Autor(a) principal: Silva, Inês Alexandra Barros
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18158
• topic: Antioxidante; Compostos bioativos; Phaeophyceae; Chlorophyta; Rodophyta; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências Médicas

A indústria cosmética é um setor em crescimento, onde a procura por novos compostos ativos para melhorar e criar produtos inovadores é bastante importante. As preferências do consumidor evoluíram e surgiu uma consciência mais ecológica, pelo que, os consumidores exigem mais produtos naturais, com menos implicações ambientais e menos efeitos tóxicos. Nesse contexto, as macroalgas podem representar uma fonte rica em diferentes metabolitos, com fácil acessibilidade para a obtenção dessas moléculas. A radiação ultravioleta da luz solar é o principal fator ambiental que induz o envelhecimento da pele humana e resulta na acumulação de pigmentos e na formação de rugas. A pele humana é frequentemente afetada pelo stresse oxidativo causado pela exposição contínua à radiação solar ultravioleta. As macroalgas estão naturalmente expostas ao stress oxidativo, pelo que desenvolvem compostos bioativos com capacidade antioxidante, sendo capazes de metabolizar os radicais livres e consequentemente, neutralizar os efeitos nocivos induzidos pelo stresse oxidativo. Desta forma, os compostos bioativos de macroalgas podem integrar formulações cosméticas contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta, apresentando um efeito de anti envelhecimento. A presente dissertação foca-se na procura de novos compostos com atividade antioxidante obtidos a partir de organismos marinhos (particularmente macroalgas) com potencial na indústria cosmética, através da análise de estudos realizados in vitro. Concluiu-se que as macroalgas de um determinado filo, nomeadamente Phaeophyceae, apresentam na sua composição química maior quantidade de compostos com atividade antioxidante, possuindo uma elevada atividade antioxidante in vitro. Estas macroalgas devem ser consideradas para futuros estudos in vivo e em formulações de produtos cosméticos inovadores.