Evaluating Career Success: Empirical study on the Objective and Subjective Career Success of Persons with Disabilities in Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bento, Ana Sofia Matreno
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/29931
Resumo: Dissertação para obtenção de grau de Mestre em Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos
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spelling Evaluating Career Success: Empirical study on the Objective and Subjective Career Success of Persons with Disabilities in PortugalAvaliar o Sucesso na Carreira: Estudo empírico sobre o Sucesso Objetivo e Subjetivo na Carreira das Pessoas com Deficiência em Portugalsucesso na carreira;pessoas com deficiência;sucesso subjetivo;sucesso objetivo;career success;persons with disabilities;subjective career success;objective career success.Dissertação para obtenção de grau de Mestre em Políticas de Desenvolvimento de Recursos HumanosPassaram quase 17 anos após a adoção da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e é inegável o esforço dos países subscritores. Em Portugal, tem-se assistido a um aumento no número de leis implementadas para criar oportunidades e diminuir a discriminação contra as pessoas com deficiência. No entanto, muito pouco se sabe sobre o estado da progressão de carreira destes indivíduos, uma vez que a maioria da pesquisa sobre este tema é precisamente focada apenas em políticas de não discriminação e integração no mercado de trabalho. O objetivo deste estudo passa exatamente por contrariar essa tendência, procurando respostas sobre o estado da progressão de carreira das pessoas com deficiência em Portugal. Contextualizando, o sucesso na carreira é composto por dois fatores que, embora não sejam interdependentes, estão relacionados entre si (Abele et al., 2011; Abele & Spurk, 2009; Gu & Su, 2016). De um lado, o sucesso objetivo, que se refere a um conjunto de indicadores externos de progressão de carreira ou de acumulação de recompensas extrínsecas. No nosso estudo, assim como em outras pesquisas (Abele et al., 2011; Stumpf & Tymon Jr., 2012), este foi definido através das variáveis ‘salário mensal’ e ‘número de promoções no trabalho atual’. Esta vertente objetiva do sucesso na carreira é, historicamente, o método mais popular na aferição do sucesso, pelas variáveis que o constituem serem mais notórios. No entanto, ao longo dos anos tornou-se claro que aspetos como o salário e a progressão de carreira não estavam associados de forma independente à perceção de sucesso no trabalho, pelo que a perspetiva subjetiva do sucesso na carreira passou a ser considerada (Mulhall, 2011). O sucesso subjetivo, por outro lado, está relacionado com a forma como alguém perceciona o seu próprio sucesso em relação aos seus pares ou ao seu próprio ideal de sucesso, bem como com a sua própria satisfação com o seu trabalho e carreira versus outras áreas da sua vida (Dai & Song, 2016; Dyke & Duxbury, 2011; Ng & Feldman, 2014). Embora vários investigadores tenham optado por examinar estas duas dimensões do sucesso na carreira individualmente (por exemplo, Nabi, 1999), outros afirmam que essa análise é incorreta porque uma não existe sem a outra (Abele et al., 2011; Judge et al., 1994). Importa, no entanto, notar, que o presente projeto se assume como um estudo exploratório, tendo em consideração que esta será a primeira vez que este tema é investigado em Portugal na população com deficiência. A literatura existente alerta-nos para a relevância do tema e mostra-nos que, de ambos os lados, as pessoas com deficiência enfrentam sérios constrangimentos ao seu sucesso: do lado objetivo, em termos de pouca ou nula progressão de carreira e remuneração inadequada, e no lado subjetivo, pela baixa perceção geral de sucesso e sentimentos de injustiça e insatisfação (Dai & Song, 2016; Kulkarni & Gopakumar, 2014; Kwon, 2019; Wahat, 2011). Assim, da revisão de literatura efetuada selecionámos três estudos que viriam, na sua maioria, a dar forma à nossa investigação – numa primeira fase, um artigo que estabeleceu um modelo teórico para a avaliação do sucesso na carreira das pessoas com deficiência (alinhando-se precisamente com os nossos objetivos) (Wahat, 2011), e que concluiu essencialmente que é através da combinação de três fatores que se avalia o sucesso na carreira das pessoas com deficiência; e um artigo que nos permitiu aprofundar o conhecimento sobre o sucesso na carreira, através dos seus aspetos objetivos e subjetivos, bem como sobre a relação entre eles (Abele et al., 2011). Posteriormente, o artigo de Judge et al. (1994) permitiu-nos perceber como poderíamos operacionalizar esta análise, dando-nos todas as ferramentas e fontes necessárias que permitiram a realização da nossa investigação. Os questionários, que foram restringidos a indivíduos com deficiência e/ou incapacidade, com idade igual ou superior a 18 anos, que estivessem atualmente empregados a tempo inteiro, a tempo parcial, em contexto de formação profissional, estágio ou outro tipo de emprego, foram distribuídos por 495 instituições, que compreendiam organizações representativas de pessoas com deficiência, centros de investigação e, entidades sem fins lucrativos, obtendo-se uma amostra final de 140 adultos com deficiência, inseridos atualmente em contexto laboral, por todo o país. Os dados recolhidos permitiram-nos ter um primeiro olhar sobre o sucesso na carreira dos trabalhadores com deficiência em Portugal. Através do cálculo de regressões ordinais de probabilidades cumulativas, realizadas com o apoio do software de análise estatística IBM® SPSS® Statistics (Versão 28.0.0.0), foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre o nível de escolaridade e a renumeração mensal, apesar de não se tratar de uma relação linear ao longo dos diferentes níveis de escolaridade, ou seja, o salário não demonstra aumentar de forma constante com o aumento no nível de educação. Os resultados revelaram também uma relação linear entre a idade e o número de promoções nas funções atuais. Neste caso, as camadas mais jovens, dos 18 aos 28 anos e dos 29 aos 39 anos, mostram ter alcançado menos promoções do que as camadas entre os 61 e os 70 anos, os 51 e os 60 anos e os 40 e os 50 anos, resultado que pode estar apenas relacionado com o efeito da senioridade. Por sua vez, e de forma diferente do que foi encontrado por Judge et al. (1994), que demonstraram que o facto do cônjuge estar empregado previa o nível da remuneração mensal, a variável ‘viver com um parceiro/a que trabalha’ revelou ter uma relação negativa, com significância estatística, com ambas as variáveis do sucesso subjetivo. Por sua vez, a variável ‘horas extra’ demonstrou igualmente uma relação positiva significativa com ambas as variáveis que compõem o sucesso objetivo, bem como com a satisfação geral no trabalho. Em linha com essa descoberta, as pessoas com uma carga horária inferior a 8 horas diárias apresentam uma maior probabilidade de obter uma satisfação geral no trabalho, face às que trabalham mais do que 8 horas diárias. A centralidade no trabalho – ou seja, a importância que o indivíduo atribui ao trabalho em comparação com outras áreas da sua vida, como a família ou o lazer – mostrou-se positivamente associada ao sucesso subjetivo. Por último, não foi encontrada qualquer evidência empírica sobre a influência de variáveis organizacionais (dimensão da organização, número de adaptações razoáveis e tipos de adaptações razoáveis) no sucesso objetivo ou subjetivo, o que pode ser consequência do reduzido tamanho da nossa amostra e da baixa taxa de resposta. No entanto, com base nas alegações de Wahat (2011), de que o aumento da acessibilidade nas organizações pode levar à criação de mais oportunidades para as pessoas com deficiência o que, consequentemente, contribui para o próprio desenvolvimento da produtividade das organizações, esta vertente deve ser reconsiderada em estudos futuros à luz de métodos de pesquisa que permitam análises mais precisas. Os estudos futuros devem também procurar examinar o sucesso na carreira no mercado laboral português de forma comparativa com a população sem deficiência, uma vez que a nossa pesquisa se focou apenas na experiência de pessoas com deficiência. No entanto, tanto quanto sabemos, esta foi a primeira vez que a temática do sucesso na carreira das pessoas com deficiência foi investigada no contexto português, e que todas estas variáveis foram examinadas em simultâneo.Almost 17 years after the signing of the United Nations Convention on the Rights of Persons with Disabilities, the effort of the ratifying countries to improve the living conditions of citizens with disabilities is undeniable. In Portugal, there has been a considerable increase in the number of laws implemented to expand possibilities and reduce discrimination against people with disabilities. However, little is known about the current career progression of these individuals since most research on this topic is focused on non-discrimination policies and integration into the labour market. This study aims precisely to counteract this trend, looking for answers about the state of career progression for people with disabilities in Portugal. Questionnaires were distributed through 495 corporations composed of representative organisations of persons with disabilities, research centres and non-profit organisations, which amounted to a final sample of 140 adults with disabilities currently involved in a work context across the country. A relationship between educational level and the salary level obtained was found, despite not being proportionally equal throughout the different classes of education. The results also indicated a similar relationship between age and the number of promotions achieved. In turn, conversely to what was found by Judge et al. (1994), living with a working partner showed a statistically significant negative relationship with both variables of subjective career success. Performing overtime demonstrated a significant relationship with both variables comprising objective career success, as well as with overall job satisfaction. In line with this finding, people with a workload below eight hours showed higher odds of reporting overall job satisfaction than those who worked more hours. Work centrality has also been shown to be positively associated with subjective career success. There was no empirical evidence of the influence of organisational variables on career success.Maria Paula Pestana De Freitas Da Silva Faria De Campos PintoRepositório da Universidade de LisboaBento, Ana Sofia Matreno2024-01-24T15:09:52Z2024-01-082024-01-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/29931TID:203479327enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-28T01:34:01Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/29931Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:58:22.220496Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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