Estados Unidos e a República Islâmica do Irão: da proximidade à hostilidade nuclear
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/101451 |
Resumo: | Com a mudança na presidência dos Estados Unidos da América de Barack Obama para Donald J. Trump, a política norte-americana sofreu uma reviravolta liderada por um presidente inesperado, radical, conservador e nacionalista, que prometeu criar as condições para voltar a dar à América o seu estatuto de maior potência mundial, estatuto este que havia sido perdido ao longo dos últimos anos com as anteriores administrações. Com a adoção de uma narrativa que procurasse defender primariamente os interesses americanos e erradicar todas ameaças a esses interesses, sejam elas Estados inimigos, imigrantes “indesejados” ou acordos ruinosos, Donald Trump promoveu uma mudança radical na forma como a política externa norte-americana é formulada e executada, assentando sempre no lema “Make America Great Again”, e na promoção do interesse nacional americano. É nesta lógica, e sempre com um pensamento de negociador (herdado do passado empresarial de Donald Trump), que o atual presidente norte-americano analisa as várias decisões de política externa, nomeadamente a celebração do Plano de Conjunto de Ação (JCPOA-Joint Compreehensive Plan of Action) com o Irão (algo significativo, tendo em conta o histórico de relações diplomáticas hostis entre os dois Estados), para monitorizar o desenvolvimento de atividades nucleares iranianas: com o anúncio da retirada deste acordo, Trump ameaçou a paz e segurança internacional, ao mesmo tempo que cria um contexto favorável a uma menor adesão por parte do Irão às premissas do JCPOA, podendo mesmo potencializar uma possível saída iraniana. |
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Estados Unidos e a República Islâmica do Irão: da proximidade à hostilidade nuclearEstados Unidos da AméricaRepública Islâmica do IrãoInteresse NacionalDonald TrumpAcordo NuclearNuclear AgreementUnited States of AmericaIslamic Republic of IranNational InterestDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências PolíticasCom a mudança na presidência dos Estados Unidos da América de Barack Obama para Donald J. Trump, a política norte-americana sofreu uma reviravolta liderada por um presidente inesperado, radical, conservador e nacionalista, que prometeu criar as condições para voltar a dar à América o seu estatuto de maior potência mundial, estatuto este que havia sido perdido ao longo dos últimos anos com as anteriores administrações. Com a adoção de uma narrativa que procurasse defender primariamente os interesses americanos e erradicar todas ameaças a esses interesses, sejam elas Estados inimigos, imigrantes “indesejados” ou acordos ruinosos, Donald Trump promoveu uma mudança radical na forma como a política externa norte-americana é formulada e executada, assentando sempre no lema “Make America Great Again”, e na promoção do interesse nacional americano. É nesta lógica, e sempre com um pensamento de negociador (herdado do passado empresarial de Donald Trump), que o atual presidente norte-americano analisa as várias decisões de política externa, nomeadamente a celebração do Plano de Conjunto de Ação (JCPOA-Joint Compreehensive Plan of Action) com o Irão (algo significativo, tendo em conta o histórico de relações diplomáticas hostis entre os dois Estados), para monitorizar o desenvolvimento de atividades nucleares iranianas: com o anúncio da retirada deste acordo, Trump ameaçou a paz e segurança internacional, ao mesmo tempo que cria um contexto favorável a uma menor adesão por parte do Irão às premissas do JCPOA, podendo mesmo potencializar uma possível saída iraniana.With the change in US presidency from Barack Obama to Donald J. Trump, US policy underwent a turnaround led by an unexpected, radical, conservative, nationalist president who promised to create the conditions to give back to America. its status as the world's largest power, a status that had been lost over the last few years with previous administrations. By adopting a narrative that sought primarily to defend American interests and eradicate all threats to those interests, whether they be enemy states, “unwanted” immigrants or ruinous agreements, Donald Trump made a radical change in the way US foreign policy is formulated and executed, always based on the motto “Make America Great Again” and the promotion of the American national interest. It is in this logic, and always with a negotiator's thinking (inherited from Donald Trump's business past), that the current US president analyzes the various foreign policy decisions, namely the conclusion of the Joint Comprehensive (JCPOA) Plan of Action) with Iran (somewhat significant, given the history of hostile diplomatic relations between the two states), to monitor the development of Iranian nuclear activities: with the announcement of the withdrawal of this agreement, Trump threatened international peace and security. , while at the same time creating a favorable environment for Iran's less adherence to the JCPOA assumptions, and may even enhance a possible Iranian exit.Sá, Tiago Moreira deRUNRosário, Lenise Isabel Fernandes do2020-07-25T10:04:52Z2020-06-192020-07-242020-06-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/101451TID:202490025porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:47:33Zoai:run.unl.pt:10362/101451Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:39:33.121625Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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