Potencial das plantas medicinais na terapia da doença de Alzheimer e outras demências: uma revisão da literatura

• Autor(a) principal: Carvalho, Maria do Céu de Jesus
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12955
• topic: Demência; Doença de Alzheimer; Farmácia Comunitária; Farmácia Hospitalar; Plantas Medicinais; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas

A presente dissertação encontra-se dividida em três capítulos, onde se encontra descrita a minha experiência profissionalizante para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. O primeiro capítulo é composto por uma revisão da literatura sobre o potencial das plantas medicinais na doença de Alzheimer e em outras demências. A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e a causa mais comum de demência, cujos tratamentos atualmente disponíveis visam o controlo sintomático, não possuindo a capacidade de alterar a deterioração progressiva da doença nem o declínio cognitivo. Esta doença é caracterizada principalmente pela presença de emaranhados neurofibrilares e placas beta amilóides, que resultam na perda sináptica e morte celular. Após uma extensiva revisão bibliográfica em três bases de dados eletrónicas, foram incluídos cinco artigos no estudo. As plantas medicinais possuem na sua constituição compostos farmacologicamente ativos que lhes conferem propriedades neuroprotetoras, antioxidantes, anti-inflamatórias, antiapoptóticas, e capacidade de suprimir o stress oxidativo. Nos trabalhos analisados, foram comparadas diversas plantas medicinais em indivíduos com demência, mais propriamente, doença de Alzheimer com grupos placebo. Evidenciou-se que as plantas medicinais, como a Ginkgo biloba, Ginseng, Davaie Loban e Crocus sativus possuem propriedades que têm influência a nível da memória e cognição em indivíduos com doença de Alzheimer. Os estudos mostraram a eficácia das plantas medicinais utilizadas, exceto a Ginkgo biloba, como terapia no tratamento da doença de Alzheimer, quando administrada corretamente e de forma contínua, principalmente no início da patologia. Contundo, existem ainda poucos estudos clínicos, sendo necessário a realização de ensaios clínicos controlados e randomizados a larga escala para avaliar a eficácia de outras plantas medicinais face ao declínio cognitivo, assim como, a realização de estudos prospetivos para avaliar as alterações de concentração das plantas medicinais a longo prazo e a sua potencialidade, em estágios precoces da doença de Alzheimer. O segundo capítulo aborda as competências adquiridas e as atividades que acompanhei durante o estágio realizado em farmácia comunitária na Covilhã e o terceiro capítulo durante o estágio realizado em farmácia hospitalar no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira.