Vivência parental da sobrevivência : percepções parentais sobre o impacto do cancro na relação de casal e na parentalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castanheiro, Patrícia Isabel Lucas
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/37194
Resumo: Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2018
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spelling Vivência parental da sobrevivência : percepções parentais sobre o impacto do cancro na relação de casal e na parentalidadeCancro infantilVivênciasParentalidadePercepção dos paisTeses de mestrado - 2018Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaTese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2018O cancro pediátrico é uma experiência de doença duradoura, com efeitos psicológicos a curto e longo-prazo. Estes efeitos não se detêm apenas na criança com historial de doença oncológica. A família da criança é afectada, sofrendo de distress significativo, ao longo das fases de doença e sobrevivência, daqui emergindo a necessidade de se mobilizarem recursos focados em toda a família e que se estendam, diferenciadamente, pelas várias fases em que a família se encontra. Objectivo: Explorar as percepções parentais sobre o impacto do cancro pediátrico no estado emocional, na vivência de casal e na parentalidade, centradas na fase de sobrevivência. Metodologia: A amostra incluiu 34 pais de crianças e jovens sobreviventes de cancro pediátrico, que preencheram a Escala de Experiência Parental da Doença Infantil (PECI) e a versão adaptada do Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI). Destes pais, 26 participaram numa Entrevista Semi-Estruturada. Com os dados obtidos, procedeu-se a uma análise qualitativa exploratória e descritiva. Resultados: A maioria dos pais revelou a influência duradoura da experiência de doença no seu estado emocional, continuando a revelar tristeza e ansiedade, mesmo que em ambivalência com tranquilidade. Foram encontradas seis trajectórias da vivência dos casais, que mostram alterações ao longo da vivência da doença: a grande maioria relatou oscilações entre a maior coesão e o afastamento físico e/ou psicológico do casal. As trajectórias mostraram estar associadas a fatores da doença, do contexto e do próprio casal. Em relação à forma como exercem a parentalidade, a grande maioria afirmou ter sido influenciada pela doença e revelou um equilíbrio entre exigência e tolerância, com hipervalência da primeira ou da segunda. A sobreprotecção destacou-se também entre as mais referidas. As alterações na parentalidade não incluíram apenas o sobrevivente, mas também os irmãos. Determinantes destas alterações incluíram o continuado efeito da experiência da doença, o aumento de ansiedade relativa a possíveis recidivas ou outras doenças, a compensação pelo que foi vivido e a alteração de valores. Conclusões: Os resultados mostraram a contínua influência da doença ao longo do tempo, tendo muitos pais mudado a sua forma de ser, sentir e agir, nas várias áreas de vida, como a pessoal e a familiar. Com isto, reforçou-se a ideia de que a adaptação é um processo longo e dinâmico, que alerta para a necessidade dos serviços psicossociais atenderem às necessidades familiares de forma continuamente diferenciada, não só nos momentos iniciais da doença, mas com grande pertinência na fase final do tratamento e na sobrevivência.Pediatric cancer is a long term illness experience, with short and long term psychological effects. These effects do not only apply to the child with cancer history. Child family is affected, suffering of significant distress over the illness and survivorship stages. So there is the necessity of mobilizing resources focused in the whole family, differently behind the several stages, where the family is. Objective: Explore parents perceptions about the impact of pediatric cancer in the emotional state, marital relationship and parenting, focused on survivorship stage. Method: Sample included 34 parents of children and youth cancer survivors, that answered to the Parent Experience of Child Illness (PECI) and the adapted version of the Brief Symptom Inventory (BSI). Between them, 26 took part in the interview. With data, study proceeded with an exploratory and descriptive qualitative analyzes. Results: Most parents revealed the long term influence of illness in the emotional state, keep showing sadness and anxiety, even with ambivalence with tranquility. Six trajectories were founded in the marital relationships, revealing changes over the illness course: most reported oscillations between major cohesion and physical or psychological distance in the couple. Trajectories were related with illness, context and couple factors. Within parenting, most reported illness influence and revealed a balance between demands and tolerance, with the first or the second hypervalent. Overprotection stood out too within the more reported categories. Parenting changes do not only included the survivor but his siblings too. Determinants of these changes included continued effect of illness experience, increased anxiety due to possible relapse or other illnesses, compensation of the difficult experience and values changes. Conclusions: Results revealed the continued illness influence over time, with parents experiencing changes in what they were and felt and how they acted, in different life domains, like the personal and familiar. This reinforced the idea that adjustment is a long and dynamic process and leaves the alert to the necessity of psychosocial services attend to the family needs in a differentiated and continued way, not only in the illness beginning, but with a great relevance too in the end of treatment and survivorship stages.Santos, Margarida M. Magalhães Cabugueira Custódio dos, 1959-Repositório da Universidade de LisboaCastanheiro, Patrícia Isabel Lucas2019-02-26T10:29:48Z20182018-07-022018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/37194TID:202187470porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:34:15Zoai:repositorio.ul.pt:10451/37194Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:51:18.522007Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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