No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Marlene
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Machado, Clara, Silva, Nicole, Sá, Carla, Silva, Albina, Abreu, Eduarda, Pinheiro, Liliana, Pereira, Almerinda, Costa, Miguel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086
Resumo: Introdução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional.
id RCAP_4843980fc29dab952bc3a98c3d4d1fbf
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12086
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal DiferenciadoOriginal articlesIntrodução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional.Sociedade Portuguesa de Pediatria2018-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086por2184-44532184-3333Rodrigues, MarleneMachado, ClaraSilva, NicoleSá, CarlaSilva, AlbinaAbreu, EduardaPinheiro, LilianaPereira, AlmerindaCosta, Miguelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:57:44Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12086Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:25:26.231197Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
title No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
spellingShingle No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
Rodrigues, Marlene
Original articles
title_short No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
title_full No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
title_fullStr No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
title_full_unstemmed No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
title_sort No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
author Rodrigues, Marlene
author_facet Rodrigues, Marlene
Machado, Clara
Silva, Nicole
Sá, Carla
Silva, Albina
Abreu, Eduarda
Pinheiro, Liliana
Pereira, Almerinda
Costa, Miguel
author_role author
author2 Machado, Clara
Silva, Nicole
Sá, Carla
Silva, Albina
Abreu, Eduarda
Pinheiro, Liliana
Pereira, Almerinda
Costa, Miguel
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Marlene
Machado, Clara
Silva, Nicole
Sá, Carla
Silva, Albina
Abreu, Eduarda
Pinheiro, Liliana
Pereira, Almerinda
Costa, Miguel
dc.subject.por.fl_str_mv Original articles
topic Original articles
description Introdução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-04-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086
url https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2184-4453
2184-3333
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133523654737920