No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086 |
Resumo: | Introdução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional. |
id |
RCAP_4843980fc29dab952bc3a98c3d4d1fbf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12086 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal DiferenciadoOriginal articlesIntrodução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional.Sociedade Portuguesa de Pediatria2018-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086por2184-44532184-3333Rodrigues, MarleneMachado, ClaraSilva, NicoleSá, CarlaSilva, AlbinaAbreu, EduardaPinheiro, LilianaPereira, AlmerindaCosta, Miguelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:57:44Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12086Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:25:26.231197Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
title |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
spellingShingle |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado Rodrigues, Marlene Original articles |
title_short |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
title_full |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
title_fullStr |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
title_full_unstemmed |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
title_sort |
No Limiar Da Viabilidade: Casuística de Dez Anos Num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado |
author |
Rodrigues, Marlene |
author_facet |
Rodrigues, Marlene Machado, Clara Silva, Nicole Sá, Carla Silva, Albina Abreu, Eduarda Pinheiro, Liliana Pereira, Almerinda Costa, Miguel |
author_role |
author |
author2 |
Machado, Clara Silva, Nicole Sá, Carla Silva, Albina Abreu, Eduarda Pinheiro, Liliana Pereira, Almerinda Costa, Miguel |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Marlene Machado, Clara Silva, Nicole Sá, Carla Silva, Albina Abreu, Eduarda Pinheiro, Liliana Pereira, Almerinda Costa, Miguel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original articles |
topic |
Original articles |
description |
Introdução: Nas últimas décadas, os avanços na tecnologia, cuidados obstétricos e neonatais têm possibilitado a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo com idades gestacionais cada vez menores. Aumentar a sobrevivência, sem aumentar a morbilidade e sequelas, é dos maiores desafios da medicina perinatal. Este trabalho pretendeu analisar a morbilidade e mortalidade nos nados-vivos nascidos entre as 23 e 25 semanas e seis dias de idade gestacional e determinar o limiar de viabilidade, num hospital de apoio perinatal diferenciado. Métodos: Estudo retrospetivo abrangendo o período de 1 de junho de 2006 e 31 de maio de 2016. Avaliaram-se dados demográficos, morbilidade, mortalidade e evolução, incluindo fatores de morbilidade major e sequelas graves do neurodesenvolvimento aos 24-30 meses. Resultados: Estudaram-se 28 recém-nascidos, seis com 23 semanas, 12 com 24 semanas e 10 com 25 semanas, com mediana de peso ao nascer de 631,5 g. A mortalidade global foi 68% e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas. Constatou-se que a idade gestacional e o peso ao nascimento foram os únicos fatores associados a morte. Todos os recém-nascidos com peso superior 800 g sobreviveram e todos eles tinham 25 semanas de idade gestacional. Não se encontrou associação estatisticamente significativa entre as variáveis avaliadas e o desenvolvimento de sequelas graves. Todos os sobreviventes com 24 semanas apresentaram um ou mais fatores adicionais de morbilidade major e 67% apresentaram sequelas graves; com 25 semanas, 50% não apresentaram fatores adicionais de morbilidade major nem sequelas graves. Discussão: A morbilidade e mortalidade foram elevadas e o limiar de viabilidade foi as 25 semanas de idade gestacional. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-04-20 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086 |
url |
https://doi.org/10.25754/pjp.2018.12086 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2184-4453 2184-3333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133523654737920 |