Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, SB
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Abreu, PF, Loureiro, J, Thomas, B, Nédio, M, Gago, S, Leal, P, Morujo, N, Ferreira, R
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.10/173
Resumo: Introdução: A mortalidade e morbilidade do enfarte agudo do miocárdio (EAM) de localização inferior são determinados, entre outros factores, pela artéria responsável pelo enfarte (ARE). Têm sido propostos diversos critérios electrocardiográficos para identificar a coronária direita (CD) e a circunflexa como ARE. Recentemente, foi proposto um novo critério para identificação da circunflexa (infradesnivelamento do segmento ST em aVR). Foi objectivo deste trabalho avaliar os critérios electrocardiográficos clássicos e o novo critério (aVR) na discriminação da ARE em doentes com EAM inferior. Métodos: Foram incluídos os doentes com EAM inferior submetidos a angioplastia primária, sendo avaliado o ECG na admissão na sala de hemodinâmica. Foram excluídos os doentes com antecedentes de enfarte e com perturbações da condução intraventricular. A artéria com a lesão mais grave foi considerada a ARE. Foram avaliados os seguintes critérios electrocardiográficos: Infradesnivelamento do segmento ST (Infra ST) em DI, supradesnivelamento do ST (Supra ST) em V1 e V2, Supra ST em DIII > DII, relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2 (critérios «clássicos») e Infra ST em aVR. Os desnivelamentos do segmento ST foram medidos 0,06 s após o ponto J. Resultados: Foram incluídos 53 doentes (idade média 59.1 ± 13.9 anos, 38 homens). A CD foi a ARE em 38 doentes e a Circunflexa em 15. Os dois grupos não apresentavam diferenças em termos de idade, sexo, número de vasos doentes, fluxo TIMI inicial e tempo dor-balão. Os critérios «Infra ST em D1», «Supra ST DIII > DII», «relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2» e «Infra ST V1 e V2» discriminaram a artéria relacionada com o enfarte. O novo critério «Infra ST aVR» identificou a ARE num número reduzido de casos (sensibilidade 33%, especificidade 71 %), sem significado estatístico. Conclusões: Os quatro critérios «clássicos» ajudaram a descriminar a ARE em doentes com EAM inferior, mas o mesmo não se verificou para o novo critério recentemente proposto (infra ST em aVR).
id RCAP_48520cc54476bb9ea13e0d1d6e5c72c7
oai_identifier_str oai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/173
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferiorEnfarte do miocárdioElectrocardiografiaEstudos retrospectivosIntrodução: A mortalidade e morbilidade do enfarte agudo do miocárdio (EAM) de localização inferior são determinados, entre outros factores, pela artéria responsável pelo enfarte (ARE). Têm sido propostos diversos critérios electrocardiográficos para identificar a coronária direita (CD) e a circunflexa como ARE. Recentemente, foi proposto um novo critério para identificação da circunflexa (infradesnivelamento do segmento ST em aVR). Foi objectivo deste trabalho avaliar os critérios electrocardiográficos clássicos e o novo critério (aVR) na discriminação da ARE em doentes com EAM inferior. Métodos: Foram incluídos os doentes com EAM inferior submetidos a angioplastia primária, sendo avaliado o ECG na admissão na sala de hemodinâmica. Foram excluídos os doentes com antecedentes de enfarte e com perturbações da condução intraventricular. A artéria com a lesão mais grave foi considerada a ARE. Foram avaliados os seguintes critérios electrocardiográficos: Infradesnivelamento do segmento ST (Infra ST) em DI, supradesnivelamento do ST (Supra ST) em V1 e V2, Supra ST em DIII > DII, relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2 (critérios «clássicos») e Infra ST em aVR. Os desnivelamentos do segmento ST foram medidos 0,06 s após o ponto J. Resultados: Foram incluídos 53 doentes (idade média 59.1 ± 13.9 anos, 38 homens). A CD foi a ARE em 38 doentes e a Circunflexa em 15. Os dois grupos não apresentavam diferenças em termos de idade, sexo, número de vasos doentes, fluxo TIMI inicial e tempo dor-balão. Os critérios «Infra ST em D1», «Supra ST DIII > DII», «relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2» e «Infra ST V1 e V2» discriminaram a artéria relacionada com o enfarte. O novo critério «Infra ST aVR» identificou a ARE num número reduzido de casos (sensibilidade 33%, especificidade 71 %), sem significado estatístico. Conclusões: Os quatro critérios «clássicos» ajudaram a descriminar a ARE em doentes com EAM inferior, mas o mesmo não se verificou para o novo critério recentemente proposto (infra ST em aVR).Sociedade Portuguesa de CardiologiaRepositório do Hospital Prof. Doutor Fernando FonsecaBaptista, SBAbreu, PFLoureiro, JThomas, BNédio, MGago, SLeal, PMorujo, NFerreira, R2010-08-31T13:39:41Z2004-01-01T00:00:00Z2004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.10/173porRev Port Cardiol 2004;23 (7-8) :963-9710870-2551info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-20T15:51:11Zoai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/173Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:31.505635Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
title Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
spellingShingle Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
Baptista, SB
Enfarte do miocárdio
Electrocardiografia
Estudos retrospectivos
title_short Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
title_full Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
title_fullStr Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
title_full_unstemmed Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
title_sort Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferior
author Baptista, SB
author_facet Baptista, SB
Abreu, PF
Loureiro, J
Thomas, B
Nédio, M
Gago, S
Leal, P
Morujo, N
Ferreira, R
author_role author
author2 Abreu, PF
Loureiro, J
Thomas, B
Nédio, M
Gago, S
Leal, P
Morujo, N
Ferreira, R
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
dc.contributor.author.fl_str_mv Baptista, SB
Abreu, PF
Loureiro, J
Thomas, B
Nédio, M
Gago, S
Leal, P
Morujo, N
Ferreira, R
dc.subject.por.fl_str_mv Enfarte do miocárdio
Electrocardiografia
Estudos retrospectivos
topic Enfarte do miocárdio
Electrocardiografia
Estudos retrospectivos
description Introdução: A mortalidade e morbilidade do enfarte agudo do miocárdio (EAM) de localização inferior são determinados, entre outros factores, pela artéria responsável pelo enfarte (ARE). Têm sido propostos diversos critérios electrocardiográficos para identificar a coronária direita (CD) e a circunflexa como ARE. Recentemente, foi proposto um novo critério para identificação da circunflexa (infradesnivelamento do segmento ST em aVR). Foi objectivo deste trabalho avaliar os critérios electrocardiográficos clássicos e o novo critério (aVR) na discriminação da ARE em doentes com EAM inferior. Métodos: Foram incluídos os doentes com EAM inferior submetidos a angioplastia primária, sendo avaliado o ECG na admissão na sala de hemodinâmica. Foram excluídos os doentes com antecedentes de enfarte e com perturbações da condução intraventricular. A artéria com a lesão mais grave foi considerada a ARE. Foram avaliados os seguintes critérios electrocardiográficos: Infradesnivelamento do segmento ST (Infra ST) em DI, supradesnivelamento do ST (Supra ST) em V1 e V2, Supra ST em DIII > DII, relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2 (critérios «clássicos») e Infra ST em aVR. Os desnivelamentos do segmento ST foram medidos 0,06 s após o ponto J. Resultados: Foram incluídos 53 doentes (idade média 59.1 ± 13.9 anos, 38 homens). A CD foi a ARE em 38 doentes e a Circunflexa em 15. Os dois grupos não apresentavam diferenças em termos de idade, sexo, número de vasos doentes, fluxo TIMI inicial e tempo dor-balão. Os critérios «Infra ST em D1», «Supra ST DIII > DII», «relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2» e «Infra ST V1 e V2» discriminaram a artéria relacionada com o enfarte. O novo critério «Infra ST aVR» identificou a ARE num número reduzido de casos (sensibilidade 33%, especificidade 71 %), sem significado estatístico. Conclusões: Os quatro critérios «clássicos» ajudaram a descriminar a ARE em doentes com EAM inferior, mas o mesmo não se verificou para o novo critério recentemente proposto (infra ST em aVR).
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-01-01T00:00:00Z
2004-01-01T00:00:00Z
2010-08-31T13:39:41Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.10/173
url http://hdl.handle.net/10400.10/173
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Rev Port Cardiol 2004;23 (7-8) :963-971
0870-2551
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Cardiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Cardiologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1817552685816086528