A mediatização da Central Nuclear de Almaraz

• Autor(a) principal: Fernandes, Daniela dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11964
• topic: Almaraz; Central Nuclear; Framing; Rtp; Telejornalismo; Tve; Domínio/Área Científica::Humanidades::Ciências da Comunicação::Jornalismo

A presente dissertação de mestrado focar-se-á na teoria do enquadramento (framing), em particular, aplicada à forma como a questão da Central Nuclear de Almaraz foi enquadrada e acompanhada pelos média de Portugal e Espanha, mais especificamente, a emissora pública portuguesa RTP e a emissora pública espanhola, TVE, através de peças emitidas pelo telejornal e telediario, um espaço informativo diário nos dois meios de comunicação. A permanência do funcionamento desta central, situada na comunidade espanhola de Cáceres, mesmo após a mesma já ter ultrapassado o tempo útil de vida, tem obtido ao longo do tempo opiniões divergentes, acentuadas entre os dois lados da fronteira entre Portugal e Espanha. O grande foco mediático deu-se entre 2016 e 2017, pela decisão unilateral de Espanha em construir um armazém de resíduos nucleares, sem consulta prévia ao país vizinho – dando azo a um grande debate público. A reflexão desta questão passará por uma revisão bibliográfica sobre o telejornalismo, com especial enfoque do telejornalismo ibérico que retratamos na investigação. A contextualização da questão mediática da central e todo o seu desenvolvimento e ainda o debruçar sobre a teoria de enquadramento na sua origem e aplicação, nomeadamente nas peças que foram extraídas de ambas as emissoras escolhidas no corpus de análise, num recorte temporal que data o dia 29 de dezembro de 2016 ao 29 de maio de 2017. Um estudo comparativo da forma como a RTP e a TVE pegaram e expuseram a questão da Central Nuclear de Almaraz, procurando-se as possíveis diferenças de tratamento, dado que os diferentes frames são “perspetivas seletivas sobre determinados assuntos – visões que constroem a realidade de uma determinada maneira, conduzindo a diferentes avaliações e recomendações” (Mathes apud Gradim, 2016:54).