A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290 |
Resumo: | As raízes mais profundas da noção de publicidade ou, mais precisamente, de público remontam à antiguidade. Nessa altura, a vida pública desenvolve-se na agora e “a publicidade constitui-se na conversação (lexis), que pode também tomar a forma da deliberação e do tribunal, assim como no fazer comum (praxis)” (Habermas,1981: 43). Por contraposição à esfera privada, emerge a publicidade, “como um reino da liberdade e da continuidade. À luz da publicidade tudo se manifesta tal como é, tudo se faz a todos visível. Na conversação entre cidadãos as coisas fluem através da linguagem e ganham forma; na disputa entre iguais sobressaem os melhores e estes ganham a sua essência: a imortalidade da fama” (Ibidem: 43). Contudo, o sentido moderno da palavra publicidade surge apenas na primeira metade do século XIX, com o desenvolvimento da sociedade industrial e com o nascimento das primeiras agências de publicidade, quer na Europa quer nos Estados Unidos. Até então, a publicidade pretendia, sobretudo, designar a actividade de tornar público, de divulgar, de difundir produtos ou serviços, bem como os respectivos locais de venda, ou mesmo promover espectáculos e outros eventos, inicialmente através do pregão e das tabuletas e, mais tarde, com o aparecimento da imprensa, na primeira metade do século XV, através do cartaz e dos pequenos anúncios, os quais só apareceriam no século XVII 1. (...) |
id |
RCAP_4880cd349b7500545592102e8b829126 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:proa.ua.pt:article/16290 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduosAs raízes mais profundas da noção de publicidade ou, mais precisamente, de público remontam à antiguidade. Nessa altura, a vida pública desenvolve-se na agora e “a publicidade constitui-se na conversação (lexis), que pode também tomar a forma da deliberação e do tribunal, assim como no fazer comum (praxis)” (Habermas,1981: 43). Por contraposição à esfera privada, emerge a publicidade, “como um reino da liberdade e da continuidade. À luz da publicidade tudo se manifesta tal como é, tudo se faz a todos visível. Na conversação entre cidadãos as coisas fluem através da linguagem e ganham forma; na disputa entre iguais sobressaem os melhores e estes ganham a sua essência: a imortalidade da fama” (Ibidem: 43). Contudo, o sentido moderno da palavra publicidade surge apenas na primeira metade do século XIX, com o desenvolvimento da sociedade industrial e com o nascimento das primeiras agências de publicidade, quer na Europa quer nos Estados Unidos. Até então, a publicidade pretendia, sobretudo, designar a actividade de tornar público, de divulgar, de difundir produtos ou serviços, bem como os respectivos locais de venda, ou mesmo promover espectáculos e outros eventos, inicialmente através do pregão e das tabuletas e, mais tarde, com o aparecimento da imprensa, na primeira metade do século XV, através do cartaz e dos pequenos anúncios, os quais só apareceriam no século XVII 1. (...)Universidade de Aveiro2005-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/16290https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/16290/11490Pires, Helenainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-06-20T14:54:16Zoai:proa.ua.pt:article/16290Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:01:05.338398Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
title |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
spellingShingle |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos Pires, Helena |
title_short |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
title_full |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
title_fullStr |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
title_full_unstemmed |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
title_sort |
A publicidade outdoors na reconfiguração da intimidade: o quotidiano administrado sobre a biografia dos indivíduos |
author |
Pires, Helena |
author_facet |
Pires, Helena |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pires, Helena |
description |
As raízes mais profundas da noção de publicidade ou, mais precisamente, de público remontam à antiguidade. Nessa altura, a vida pública desenvolve-se na agora e “a publicidade constitui-se na conversação (lexis), que pode também tomar a forma da deliberação e do tribunal, assim como no fazer comum (praxis)” (Habermas,1981: 43). Por contraposição à esfera privada, emerge a publicidade, “como um reino da liberdade e da continuidade. À luz da publicidade tudo se manifesta tal como é, tudo se faz a todos visível. Na conversação entre cidadãos as coisas fluem através da linguagem e ganham forma; na disputa entre iguais sobressaem os melhores e estes ganham a sua essência: a imortalidade da fama” (Ibidem: 43). Contudo, o sentido moderno da palavra publicidade surge apenas na primeira metade do século XIX, com o desenvolvimento da sociedade industrial e com o nascimento das primeiras agências de publicidade, quer na Europa quer nos Estados Unidos. Até então, a publicidade pretendia, sobretudo, designar a actividade de tornar público, de divulgar, de difundir produtos ou serviços, bem como os respectivos locais de venda, ou mesmo promover espectáculos e outros eventos, inicialmente através do pregão e das tabuletas e, mais tarde, com o aparecimento da imprensa, na primeira metade do século XV, através do cartaz e dos pequenos anúncios, os quais só apareceriam no século XVII 1. (...) |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-01-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290 https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290 |
url |
https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.16290 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/16290 https://proa.ua.pt/index.php/sopcom/article/view/16290/11490 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732 SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732 SOPCOM: Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação; 2005: 4º SOPCOM: “Repensar os Media: Novos Contextos da Comunicação e da Informação”; 1722-1732 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131678853038080 |