Diabetes mellitus tipo 2 e carcinoma colorretal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maurício, Joana Margarida Lopes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/29660
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Endocrinologia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Diabetes mellitus tipo 2 e carcinoma colorretalNeoplasias colorrectaisDiabetes mellitus do tipo 2Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Endocrinologia), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraContexto: Devido às alterações do estilo de vida e ao aumento da esperança média de vida, temos vindo a assistir a um aumento da prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2). O Carcinoma Colorretal (CCR) é uma neoplasia maligna que afeta o cólon e/ou o reto e cuja incidência tem vindo também a aumentar. O facto de tanto a DM 2 como o CCR partilharem fatores de risco leva-nos a pensar num mecanismo comum subjacente ao desenvolvimento de ambos. O mais aceite atualmente baseia-se no facto de os níveis circulantes elevados de IGF-1, a insulinorresistência e um estado de hiperinsulinémia persistente, presente nos indivíduos com DM 2, desempenharem um papel importante no metabolismo, proliferação e regulação do processo apoptótico das células do cólon que podem adquirir, assim, características neoplásicas, sugerindo deste modo que a DM 2 possa ser um fator de risco independente para o desenvolvimento de CCR. Objetivos: Na elaboração deste artigo de revisão pretendeu-se (1) clarificar qual a relação entre a insulina, sistema IGF e o cancro, (2) verificar qual a relação entre a DM 2 e o desenvolvimento do CCR, (3) avaliar se existe alguma associação entre a terapêutica farmacológica utilizada na DM 2 e o risco de desenvolvimento do CCR e (4) avaliar a necessidade de implementar mais precocemente medidas de rastreio do CCR, nos doentes com DM 2. Métodos: Na elaboração deste artigo de revisão procedeu-se à revisão sistemática da literatura médica que abordava a relação entre a DM 2 e o CCR. A pesquisa, com recurso à base de dados PubMed, incluiu artigos com ano de publicação entre 2003 e 2013 e nos idiomas Inglês e Português. Foram também analisadas as referências dos artigos selecionados, sendo posteriormente identificados novos artigos que atendiam ao objetivo do estudo. Resultados: Verificou-se uma associação positiva entre a hiperglicémia, hiperinsulinémia, insulinorresistência e ainda os elevados níveis de IGF-1 e IGF-2, presentes nos doentes com DM 2, e o desenvolvimento de CCR. Verificou-se ainda que os indivíduos com DM 2, sobretudo os caucasianos e asiáticos, apresentam um risco mais elevado de desenvolver CCR, e que esta associação se verifica nos diferentes géneros, com maior frequência no cólon comparativamente ao reto, principalmente no cólon proximal, e independentemente dos anos de duração da doença. Em termos de terapêutica farmacológica, verificaram-se algumas divergências relativamente à associação entre o uso da metformina e tiazolidinedionas e o CCR, mas tanto a insulinoterapia como a terapêutica com sulfonilureias demonstraram estar associadas a um maior risco de desenvolvimento de CCR. Conclusões: A DM 2 constitui um fator de risco para o desenvolvimento do CCR, sendo que determinadas terapêuticas farmacológicas podem, a longo prazo, potenciar ainda mais essa associação. Devido aos vários fatores de enviesamento, são necessários mais estudos a longo prazo para garantir a veracidade destas conclusões e de modo a concluir acerca da necessidade de implementar um rastreio mais precoce do CCR nestes doentesBackground: Due to the changes in lifestyle and increased life expectancy, we have been witnessing an increase in the prevalence of Type 2 Diabetes Mellitus (T2DM). The Colorectal Carcinoma (CRC) is a malignant neoplasm that affects the colon and/or rectum, and whose incidence has also been increasing. The fact that both T2DM and CRC share risk factors leads us to think about a common mechanism underlying the development of both. The most accepted one is based on the fact that high circulating levels of IGF-1, the insulin resistance and the permanent hyperinsulinemia, all of them present in individuals with T2DM, play an important role in metabolism, proliferation and regulation of the apoptotic process of colon cells, which acquire neoplastic characteristics, thereby suggesting that T2DM may be an independent risk factor for the development of CRC. Objectives: The aim of this review article was (1) to clarify the relation between insulin, IGF system and cancer, (2) to verify what is the connection between T2DM and development of CRC, (3) to evaluate if there is an association between pharmacological treatment used in T2DM and the risk of developing CRC and (4) to evaluate the need of screening programmes’ implementation for CRC early detection in patients with T2DM. Methods: We searched PubMed for articles evaluating the relation between T2DM and CRC, between 2003 and 2013, in English and Portuguese. We also manually researched the reference lists of relevant articles. Results: There was a positive correlation between visceral adiposity, hyperglycemia, hyperinsulinemia, insulin resistance and also high levels of IGF-1 and IGF-2, present in patients with T2DM, and the development of CRC. It was also found that individuals with T2DM, particularly caucasians and asiatics, have a higher risk of developing CRC, and that this association occurs in different genres, most often in the colon compared to the rectum, particularly in the proximal colon, and regardless of years of disease duration. In terms of drug therapy, there were some divergences regarding the effect of metformin and thiazolidinediones in CRC, but both insulin and sulfonylurea therapies were shown to be associated with an increased risk of developing CRC. Conclusions: T2DM is a risk factor for the development of CRC, and certain long-term pharmacological therapy may enhance further this association. Due to bias, more studies are needed in the long-term to ensure the accuracy of these findings and in order to conclude on the need to implement an early screening of CRC in these patients.2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/29660http://hdl.handle.net/10316/29660TID:201630281porMaurício, Joana Margarida Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/29660Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:59.934174Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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