Validação do modelo Delft3D com recurso a dados IN-SITU

• Autor(a) principal: Peredo, Ricardo Filipe Martins
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/42155
• topic: Áreas portuárias; Boias da rede de observação sistemática do IH; Comparação; Modelo de circulação costeira; Precisão do modelo; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

No âmbito do projeto SAGA (Sistema de Apoio à Gestão Portuária) surgiu o interesse de implementar um modelo de circulação costeira (Delft3D-WAVE) com o principal objetivo de desenvolver um serviço operacional de previsão das condições meteo-oceanográficas, contribuindo para a avaliação diária da praticabilidade das barras da responsabilidade da Autoridade Marítima Nacional. Para que a aplicação do modelo seja fiável é necessário que os resultados produzidos pelo mesmo transmitam um elevado nível de confiança. Deste modo, procedeu-se à comparação entre os dados registados pelas boias pertencentes à rede de observação sistemática do Instituto Hidrográfico, fundeadas ao longo da costa portuguesa, com os dados calculados pelo modelo nos pontos das malhas mais próximos das respetivas estações. Assim, o presente trabalho consistiu na validação das condições de forçamento do modulo de agitação marítima do modelo Delft3D, correspondentes às soluções obtidas pelo modelo WWIII, para aplicação às áreas portuárias de Portugal Continental. Como objeto de estudo foram observadas três plataformas no processo de validação: a boia costeira de Leixões, a boia costeira da Nazaré e a boia oceânica de Faro, cujos parâmetros de caracterização da onda registados serão comparados aos calculados pelo modelo, através de parâmetros estatísticos, com o intuito de quantificar a precisão do mesmo. Os resultados indicaram uma ligeira tendência de subestimação dos parâmetros da onda, identificando-se uma boa performance do modelo na previsão dos estados do mar mais moderados. Por outro lado, denotou-se o aumento do erro nas previsões dos fenómenos mais energéticos, justificado pela insuficiente resolução temporal e espacial dos campos de vento usados no forçamento das condições de fronteira do modelo Delft3D, que resulta na suavização da solução numérica.