Análise da Base do Crânio em indivíduos com má oclusão sujeitos a tratamento ortodôntico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares, Joana Isabel Borges
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11816/2956
Resumo: existe uma abundância de literatura contraditória relativa ao estudo da relação entre as caraterísticas da base do crânio, e a má oclusão. Objetivo: descrever as caraterísticas da base do crânio nos indivíduos com má oclusão, e verificar a influência dessas caraterísticas nos resultados dos tratamentos das má-oclusões esqueléticas de Classe I e II, assim como a estabilidade das mesmas. Materiais e Métodos: foi utilizada uma amostra não probabilística de conveniência, proveniente de uma Clínica Privada de Ortodontia, da região Norte, constituída por 45 pacientes, tratados pela mesma Ortodontista, com má oclusão esquelética de Classe I, e II, tratados com aparelho fixo bimaxilar, e em período de contenção. A amostra foi estudada ao longo de T1 (pré- tratamento ortodôntico), T2 (pós tratamento ortodôntico) e T3 (contenção), através de análises cefalométricas realizadas no software “Nemoceph”, nesses três momentos. Os dados obtidos foram analisados no software “SPSS”, versão 20.0, e foi usado um nível de significância de p<0,05 e um poder de observação ≥ 0,7. Foram utilizados principalmente, os testes de ANOVA medidas repetidas para avaliação da relação entre as variáveis estudadas. Resultados: A amostra inicial apresentava-se constituída por indivíduos Classe I (51,1%) e II (48,9%) esquelética. Em relação ao padrão facial, apresentavam um perfil normodivergente (57,8%), hipodivergente (24,4%) e hiperdivergente (17,8%). Na amostra estudada, 44,4% tinham idades ≥ 12 anos, 71,1% era composta por pacientes em fase de crescimento, e quanto ao género a distribuição era similar, 44,4% do sexo masculino, e 55,6% do sexo feminino. Relativamente à estatística inferencial, verificaram-se relações estatisticamente significativas entre a BCA, BCP, ângulo da BC e comprimento do corpo mandibular, com os valores de overjet, de T1 para T2 e de T1 para T3, mas não em T2 para T3, na má oclusão Classe I esquelética. Verificou-se também uma relação estatisticamente significativa entre o comprimento do corpo mandibular inicial (T1), e o overbite em T1,T2 e T3, na má oclusão de Classe I esquelética. Relativamente aos indivíduos com má oclusão Classe II esquelética, verificaram-se relações estatisticamente significativas entre a BCA, BCP, ângulo BC, e comprimento do corpo mandibular, com o overjet e o overbite, de T1 para T2, e T1 para T3, mas não de T2 para T3. Conclusões: Não se verificou uma relação estatisticamente significativa entre as caraterísticas da BC (BCA, BCP, ângulo da BC) e as caraterísticas esqueléticas (SNA, SNB, ANB) ao longo de T1, T2 e T3, nos indivíduos com Classe I e II esquelética, na amostra estudada. No entanto, observou-se uma relação estatisticamente significativa entre as caraterísticas da BC (BCA, BCP, ângulo da BC)1 e da mandíbula, com algumas das caraterísticas dentárias estudadas (overjet e overbite), de T1 para T2, e T1 para T3, mas não de T2 para T3, nos indivíduos com Classe II esquelética. Os nossos resultados demonstraram ainda que existe estabilidade nos resultados obtidos na correção da má-oclusão Classe II. 1 BC – Base do Crânio; BCA- Base Craniana Anterior; BCP-Base Craniana Posterior; Ângulo da BC – ângulo da base do crânio
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