Falência humanitária na Venezuela e as repercussões regionais e internacionais de uma crise multidimensional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Fábio Alexandre da Costa Silvares
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/21130
Resumo: A República Bolivariana da Venezuela, país que dispõe das maiores reservas de petróleo do mundo, que já teve os mais elevados índices de produção petrolífera da América Latina e que detém uma variedade de recursos naturais capaz de o tornar autossuficiente, acabou por se distanciar de um caminho focado no desenvolvimento e entrou numa fervilhante ebulição social, política e económica. Um cenário improvável de antever, tendo em conta a dimensão do seu impacto, mas que retrata apenas uma pequena fração de uma realidade retratada como degradante e desumana, desmentindo as afirmações do próprio governo venezuelano. A inabilidade das políticas empreendidas, sobretudo, após a morte do precursor da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez Frias, pelo atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, e a sua administração, contribuiu para a emergência de uma crescente vaga migratória no subcontinente americano e provocou um desastre humanitário, que se considera ser exacerbado pela polarização política (intensificada pela afirmação de um novo interveniente político, Juan Gerardo Guaidó), pelas sanções económicas impostas, maioritariamente, pelos Estados Unidos e pela mais recente pandemia mundial. Desta forma, o principal objetivo que se impõe neste estudo é: compreender o alcance, a natureza e as repercussões da crise venezuelana, que, por diversas vezes, passa despercebida aos olhos do mundo e da atual agenda mediática internacional. Para tal, a análise documental de fontes oficiais e a realização de um estudo de caso sobre um grupo particular de emigrantes foram essenciais para perceber as adversidades por que passam os venezuelanos.
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