Aptidão física e qualidade de vida em indivíduos com deficiência intelectual e de desenvolvimento

• Autor(a) principal: Jacinto, Miguel
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Brito, João, Oliveira, Rafael, Martins, Alexandre, Francisco, Ruben, Vitorino, Anabela
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.15/3132
• topic: deficiência Intelectual e de desenvolvimento; capacidade funcional; composição corporal; ângulo de fase; intellectual and developmental disabilities; functional capacity; body composition; phase angle

A maioria dos indivíduos com Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento (DID) adota um estilo de vida sedentária e inativa, tendo consequentemente fraca capacidade funcional e de composição corporal, apresentando uma relação com o seu estado de saúde. Avaliar a composição corporal e averiguar a sua influência com a capacidade funcional/aptidão física, numa população com DID. 16 indivíduos com DID avaliados na composição corporal por bio impedância multifrequência, capacidade funcional e força dos membros inferiores, com recurso a dinamómetro isocinético. Não se verificaram diferenças, na capacidade funcional e nas variáveis da composição corporal, entre grupos com diferentes gras de deficiência. Verificou-se correlações entre o género diferenças significativas, na capacidade funcional e nas variáveis da composição corporal, entre grupos com diferentes graus de deficiência. Verificaram-se correlações entre o género e as variáveis da composição corporal, apresentando o género masculino valores mais favoráveis nas variáveis percentagem de massa gorda (%MG) (r= -0,758; p=0,001), gordura visceral (GV) (r= -0,589; p=0,016), massa celular corporal (MCC) (r= 0,625; p=0,010), água extra celular (AEC) / água corporal total (ACT) (r= -0,607; p=0,013) e no ângulo de fase (AF) a 50khz (r= 0,529; p=0,035). O rácio ACT/massa isenta de gordura (MIG) e o rácio AEC/ACT apresentam valores de indivíduo saudável, respetivamente, 73,26±0,36% e 0.36-0.39%. O AF foi menor no género feminino e nas idades mais avançadas, bem como com o aumento da %MG. O grau de deficiência parece não influenciar a capacidade funcional e as variáveis da composição corporal, nesta amostra. De salientar, o AF que reflete a boa integridade celular relacionado à proporção de AEC e de água intracelular, apresenta valores dentro dos parâmetros normais, ainda que baixos.