A ideologia do parentesco no Prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/gua/article/view/11957 |
Resumo: | No Prólogo do seu Livro de Linhagens, Pedro de Barcelos, emulando e subvertendo os textos jurídicos de seu bisavô Afonso X (em particular a Partida IV), estabelece um ethos da nobreza peninsular, baseado na simbiose entre natura (ou ordem divina),linhagem e parentesco de sangue, que entende como indutor de uma amizade/solidariedade socialmente pacificadora. Esta amizade, ontologicamente ligada a Deus e à Criação, preexistiria às relações de dominação institucionais, e cumpriria comvantagem o papel regulador por elas desempenhado. Os antigos costumes identitários da nobreza decorrentes desta amizade funcionam, no discurso de Dom Pedro, como uma espécie de habitus embrionário cuja preservação está ligada à sobrevivênciahistórica da nobreza como grupo social dotado de um capital simbólico próprio e legitimador. |
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A ideologia do parentesco no Prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. PedroNo Prólogo do seu Livro de Linhagens, Pedro de Barcelos, emulando e subvertendo os textos jurídicos de seu bisavô Afonso X (em particular a Partida IV), estabelece um ethos da nobreza peninsular, baseado na simbiose entre natura (ou ordem divina),linhagem e parentesco de sangue, que entende como indutor de uma amizade/solidariedade socialmente pacificadora. Esta amizade, ontologicamente ligada a Deus e à Criação, preexistiria às relações de dominação institucionais, e cumpriria comvantagem o papel regulador por elas desempenhado. Os antigos costumes identitários da nobreza decorrentes desta amizade funcionam, no discurso de Dom Pedro, como uma espécie de habitus embrionário cuja preservação está ligada à sobrevivênciahistórica da nobreza como grupo social dotado de um capital simbólico próprio e legitimador.Guarecer. Revista Eletrónica de Estudos Medievais2022-09-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/gua/article/view/11957oai:ojs.letras.up.pt/ojs:article/11957Guarecer. Revista Eletrónica de Estudos Medievais; N.º 5 (2020): Guarecer. Revista Electrónica de Estudos Medievais2183-9301reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://ojs.letras.up.pt/index.php/gua/article/view/11957https://ojs.letras.up.pt/index.php/gua/article/view/11957/10873Direitos de Autor (c) 2022 Guarecer. Revista Eletrónica de Estudos Medievaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, Maria do Rosário2022-12-02T11:37:20Zoai:ojs.letras.up.pt/ojs:article/11957Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:15:23.559069Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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