Aptidão física, atividade física e qualidade de vida relacionada com a saúde de idosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/18544 |
Resumo: | INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O envelhecimento da população é um fenómeno generalizado em todos os países. Com o aumento da longevidade a qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS), na população idosa, ocupa um lugar de destaque, sendo que esta depende em grande parte da capacidade de os indivíduos continuarem a realizar as atividades da vida diária (AVD) de forma independente. A literatura demonstra a evidência da importância da aptidão física funcional (ApFF) e atividade física (AF) na manutenção e otimização da QVRS dos idosos. O objetivo principal deste estudo é o de perceber as relações entre os construtos de ApFF, AF semanal e QVRS na população idosa. Mais especificamente, pretende-se perceber o modo como as diferentes componentes da ApFF e nível de AF explicam a variância do comportamento das várias dimensões da QVRS. Outro dos objetivos é realizar uma comparação entre géneros no que respeita a esses três construtos. MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra constituiu-se por 101 idosos inseridos na comunidade do distrito de Leiria (idade média de 72,2 anos, estatura média de 157,9 cm, peso médio de 70,8 kg e IMC médio de 28,3 kg/m^2). Para cada idoso foi entregue, para preenchimento, um questionário de caraterização, foi avaliada a ApFF através da aplicação do Teste de aptidão física funcional para idosos (TAFFI) e foram administrados os instrumentos International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), para a avaliação do nível de AF semanal (AF vigorosa, AF moderada, tempo a caminhar, AF total e tempo sentado) e finalmente o questionário Medical Outcomes Study - 36 item Short Form (MOS-SF36v2), para a avaliação da QVRS dos indivíduos nas dimensões função física (FF), desempenho físico (DF), dor corporal (DC), saúde geral (SG), vitalidade (VT), função social (FS), desempenho emocional (DE) e saúde mental (SM). O TAFFI incluiu testes que contemplaram a avaliação das seguintes componentes: força e flexibilidade dos membros superiores e inferiores, agilidade e equilíbrio dinâmico e resistência cardiorrespiratória. RESULTADOS: Foram obtidos valores de correlação significativos entre as variáveis de ApFF, AF semanal e QVRS, sendo que valores mais elevados de ApFF e AF semanal se relacionaram com valores mais elevados nas pontuações das dimensões da QVRS. As dimensões da componente física da QVRS são as que apresentaram valores de correlação significativos mais elevados com as variáveis de ApFF e AF semanal. As componentes de ApFF e AF semanal explicam, no seu conjunto, entre 8% a 44% da variância das dimensões da QVRS. As dimensões que obtiveram modelos ajustados de maior qualidade e cuja variância pode ser explicada, em maior amplitude, pelas variáveis de ApFF e AF semanal foram a FF (44%), a DC (28%), a VT (26%) e o DF (24%). A força muscular dos membros superiores e a resistência cardiorrespiratória foram as variáveis mais frequentemente incluídas como preditores na variação das dimensões da QVRS. A resistência cardiorrespiratória foi a variável com maior valor preditor na variação da maioria das dimensões da QVRS. CONCLUSÕES: Os programas de prevenção e reabilitação para idosos devem enfatizar as componentes de ApFF e AF mais relevantes para o aumento da QVRS dos idosos. Nesse âmbito, este estudo demonstrou a importância da força muscular dos membros superiores e resistência cardiorrespiratória. Através do conhecimento destas componentes, das determinantes da capacidade funcional e mobilidade das pessoas idosas, o fisioterapeuta deve ser capaz de maximizar o potencial físico do indivíduo de acordo com a sua especificidade e necessidades, de forma a manter a capacidade funcional e otimizar a sua QVRS. |
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