Caracterização do aquecimento no futebol. Estudo realizado com os treinadores, treinadores adjuntos e preparadores físicos das equipas profissionais de futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Paulo César da Cunha
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6737
Resumo: No futebol, consideramos todos os aspectos fundamentais na procura da melhoria do rendimento e da performance dos jogadores. Porém, e tendo em conta que o aquecimento é um momento integrante de todas as sessões de treino e em períodos fundamentais em contexto de jogo (antes e durante), entendemos que face às exigências cada vez maiores do futebol de elite, esse tema se constituía como fonte de preocupação na realização do nosso estudo. Deste modo, pretendemos caracterizar o aquecimento das equipas profissionais de futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017), salientando a importância do aquecimento num jogador de futebol, perspetivar e organizar conhecimentos específicos acerca do aquecimento, perceber se o aquecimento e as suas interações estão relacionados com a performance do futebolista e perceber de que forma o aquecimento como processo de ensino-aprendizagem/treino-jogo pode promover a melhoria do desempenho do futebolista. Sendo assim, a amostra do nosso estudo é constituída por 7 treinadores e 9 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 9 clubes da I Liga Profissional de Futebol e por 7 treinadores e 7 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 7 clubes da II Liga Profissional de Futebol, bem como por 1 treinador e 1 treinador adjunto e/ou preparador físico da Federação Portuguesa de Futebol. Foi aplicado um inquérito validado de acordo com a metodologia de investigação a todos os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos que foram informados sobre a forma como poderiam responder ao inquérito. Neste sentido, através da análise às respostas do inquérito por parte dos técnicos inquiridos, verificamos que os resultados obtidos nem sempre estavam de acordo com os estudos evidenciados na literatura feitos nesta área. O aquecimento, visto sob a perspectiva das componentes do rendimento tática, técnica, física e psicológica, apresentam valores de importância diferentes, isto é, os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos em relação ao aquecimento valorizam mais a componente físico/fisiológica e psicológica comparativamente com a técnica e tática. No aquecimento, quanto à duração, não existe unanimidade. Esta unanimidade existe quando o aquecimento é visto sob a perspetiva dos exercícios aplicados, objetivos e importância antes do jogo de futebol. Existe uma padronização dos exercícios no aquecimento para todos os jogos, e para os jogadores suplentes quando saem do banco e vão para a zona de aquecimento. A maioria dos técnicos manda aquecer só os jogadores que poderão entrar no jogo. Existe ainda preocupação no aquecimento com a prevenção de lesões, condições climatéricas e com a forma como pode influenciar o rendimento da equipa nos minutos iniciais do jogo. Permanece a subvalorização do reaquecimento antes do início da 2ª parte, do aquecimento dos suplentes antes do jogo e intervalo, bem como na interação com a performance do futebolista da não utilização de meios auxiliares para controlar a intensidade dos exercícios e otimização do aquecimento.
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Deste modo, pretendemos caracterizar o aquecimento das equipas profissionais de futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017), salientando a importância do aquecimento num jogador de futebol, perspetivar e organizar conhecimentos específicos acerca do aquecimento, perceber se o aquecimento e as suas interações estão relacionados com a performance do futebolista e perceber de que forma o aquecimento como processo de ensino-aprendizagem/treino-jogo pode promover a melhoria do desempenho do futebolista. Sendo assim, a amostra do nosso estudo é constituída por 7 treinadores e 9 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 9 clubes da I Liga Profissional de Futebol e por 7 treinadores e 7 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 7 clubes da II Liga Profissional de Futebol, bem como por 1 treinador e 1 treinador adjunto e/ou preparador físico da Federação Portuguesa de Futebol. Foi aplicado um inquérito validado de acordo com a metodologia de investigação a todos os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos que foram informados sobre a forma como poderiam responder ao inquérito. Neste sentido, através da análise às respostas do inquérito por parte dos técnicos inquiridos, verificamos que os resultados obtidos nem sempre estavam de acordo com os estudos evidenciados na literatura feitos nesta área. O aquecimento, visto sob a perspectiva das componentes do rendimento tática, técnica, física e psicológica, apresentam valores de importância diferentes, isto é, os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos em relação ao aquecimento valorizam mais a componente físico/fisiológica e psicológica comparativamente com a técnica e tática. No aquecimento, quanto à duração, não existe unanimidade. Esta unanimidade existe quando o aquecimento é visto sob a perspetiva dos exercícios aplicados, objetivos e importância antes do jogo de futebol. Existe uma padronização dos exercícios no aquecimento para todos os jogos, e para os jogadores suplentes quando saem do banco e vão para a zona de aquecimento. A maioria dos técnicos manda aquecer só os jogadores que poderão entrar no jogo. Existe ainda preocupação no aquecimento com a prevenção de lesões, condições climatéricas e com a forma como pode influenciar o rendimento da equipa nos minutos iniciais do jogo. Permanece a subvalorização do reaquecimento antes do início da 2ª parte, do aquecimento dos suplentes antes do jogo e intervalo, bem como na interação com a performance do futebolista da não utilização de meios auxiliares para controlar a intensidade dos exercícios e otimização do aquecimento.In football we consider all the fundamental aspects in the search of the improvement of the performance of players. However, given that the warm-up is a part of all training sessions, including before and during the game, we understand that due to the increasing demands of elite football, it would be a major concern in our study. Therefore, we intend to characterize the warm-up of professional football teams of the 1st and 2nd Portuguese Football Federation Leagues (season 2016/2017), stressing the importance of warm-up in a football player, prospecting and organizing specific knowledge about warming, understanding if the warm-up and its interactions are related to the football player performance and to understand how the warm-up as a teaching-learning / practice-game process can promote the improvement of the football player performance. Thus, the sample of our study is made up by 7 coaches and 9 assistant coaches and / or fitness coaches from 9 teams of the 1st Professional Football League and 7 coaches and 7 assistant coaches and / or fitness coaches from 7 teams of the 2nd League of Professional Football, as well as by 1 coach and 1 assistant coach and / or fitness coach of the Portuguese Football Federation. A validated survey according to the research methodology was applied to all coaches and assistant coaches and / fitness coach who were informed on how they could respond to the survey. This way, through the analysis of responses to the survey by the interviewed technicians, we verified that the results obtained were not always in agreement with the existing studies evidenced in literature in this area. And also that the warming-up seen from the perspective of tactical, technical, physical and psychological components presents different values of importance, that is to say, the coaches and assistant coaches and / or fitness coaches in relation to the warm-up value more the physical / physiological component when compared to technique and tactics. There is no unanimity in warm-up concerning its duration, except when warm-up is seen from the perspective of applied exercises, goals and importance before the football game. There is a standardization of the warm-up exercises for all games, and for the substitute players when they leave the bench and go to the warm-up area. Most technicians only use warm-up exercises to players who might enter the game. When warming-up, there are also concerns with injury prevention, weather conditions and how it can influence team performance in the early minutes of the game. Rewarming is still underestimated before the start of the second part, the warm-up of the substitute players before the game and break, as well as in the interaction with the player's performance with the non-use of auxiliary means to control the intensity of the exercises and optimization of the warm-up.Marinho, Daniel AlmeidaFerraz, Ricardo Manuel PiresuBibliorumRibeiro, Paulo César da Cunha2019-01-07T12:01:37Z2017-11-282017-10-32017-11-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6737TID:202108074porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:45:29Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6737Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:23.475909Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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