Representações mentais e ajustamento materno na grávida adolescente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zaragosa, Paula Luísa Corvo Valente da Conceição Silva
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/1026
Resumo: Dissertação de Mestrado em Psicossomática
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spelling Representações mentais e ajustamento materno na grávida adolescentePsicologia da gravidez e da maternidadeRepresentaçãoPsicossomáticaGravidez na adolescênciaAtitudes parentaisInstrumentosPregnancy psychologyRepresentationPsychosomaticsAdolescence pregnancyParental attitudesInstrumentsDissertação de Mestrado em PsicossomáticaNeste estudo, procurámos analisar o conteúdo das representações mentais e o ajustamento materno de um grupo de 34 grávidas adolescentes. Num primeiro momento, são discutidas questões do desenvolvimento psicológico da grávida adolescente, contexto social, ocupacional e familiar mas também dimensões internas ligadas à construção da identidade da jovem, relação com os pares e companheiro. Num segundo momento, destacamos os aspectos fisiológicos do desenvolvimento da gravidez e a sua correspondência directa com a construção da ideia de maternidade. É dada especial relevância aos sintomas somáticos por estes revelarem a ambivalência não verbalizada, porém sentida, da grávida. Por último, abordamos o conceito de representação, que aparece corno uma categoria fundamental da experiência psíquica, enquanto rede de imagens de si e do outro. As representações organizam-se numa estrutura narrativa específica e podem fornecer indícios sensíveis sobre a maneira como a mulher vive a sua gravidez. A teoria do modelo de representações está intrinsecamente ligada á teoria do estilo de vinculação. Estudos recentes sobre o modelo operacional interno da vinculação nas mulheres grávidas, realçam a qualidade predictiva das representações maternas em relação ao futuro vínculo mãe - bebé, definindo-se assim a pertinência deste estudo para o desenvolvimento de novas formas de intervenção e suporte. Posto isto, procurámos operacionalizar estes conceitos tendo como variável principal a idade da grávida (15 aos 18 anos) e como variáveis secundárias: o tempo de gravidez, o grau de instrução (habilitações académicas), a ocupação, o agregado familiar e o tempo de duração da relação com o companheiro. A população estudada consta de 34 adolescentes grávidas entre a 12a e 40a semanas de gestação, primíparas, avaliadas por meio de três instrumentos: - Entrevista semi-dirigida da qual constam a recolha de dados sociais e demográficos relativos à grávida e ao companheiro e questões abertas relativas à percepção e representação que a jovem tem da sua própria gravidez; - MAMA (Kumar, Robson, & Smith, 1984) avalia o ajustamento e as atitudes maternas, traduzido e aferido para a população portuguesa em 2004 (Figueiredo. B., Mendonça, M, & Sousa, R, 2004). Trata-se de um questionário de auto-preenchimento com 60 itens distribuindo-se por cinco sub-escalas: imagem corporal, sintomas somáticos, atitudes para com o companheiro, atitudes perante o sexo e atitudes para com a gravidez e o bebé. - Escalas de Diferenciadores Semânticos do IRMAG (Ammaniti et al., 1999). Este instrumento consta de cinco listas de diferenciadores semânticos, constituídas pelos mesmos 17 pares de adjectivos divididos em 4 áreas representacionais: funcionamento pessoal, estilo interpessoal, tendências emocionais e conteúdos de impulsos orais, anais e fálicos, de modo a realizar uma comparação directa entre as representações referentes â mãe e ao bebé. Apesar das condições adversas, constatámos que a grande maioria destas jovens aceita a gravidez, tornando-a desejada. Assim, é na sub-escala Atitudes Para Com a Gravidez e o Bebé, que as atitudes se revelam ser as mais positivas. Apesar de não haver nenhuma ambivalência expressa em relação ao desejo de gravidez, essa ambivalência existe em relação à maternidade e ao estado de saúde e normalidade do filho. A sub-escala Sintomas Somáticos é aquela que obtém menos atitudes positivas peio desconforto causado pelos sintomas do primeiro trimestre, nomeadamente cansaço e enjoos ou vómitos, sentidos pela grávida como uma experiência muito negativa. É na sub-escala relativa ao companheiro que as atitudes são mais positivas, no entanto, apesar da vontade de agradar e melhorar a relação conjugal estar patente, tanto a variável duração de relação, como a variável agregado familiar, não registaram diferenças significativas nas suas atitudes. No que respeita ao cruzamento das respostas médias das grávidas em cada sub-escala divididas por trimestre de gravidez, nível de escolaridade, ocupação, agregado familiar e duração da relação com o companheiro, apurou-se uma diferença significativa nos diferentes níveis de escolaridade e nas diferentes ocupações das grávidas. Deste modo, poderá afirmar-se que, as atitudes são mais negativas no grupo das grávidas que frequentam ou têm o ensino secundário principalmente no que respeita às atitudes perante o companheiro onde essa diferença é mais acentuada. O mesmo se verifica no que respeita à diferenciação pela ocupação. Nas escalas de diferenciadores semânticos, em relação à sua própria caracterização, as grávidas deram respostas semelhantes às dadas na caracterização do bebé Os resultados sugerem que as grávidas tendem a identificar o bebé com elas próprias e que as suas representações do bebé não diferem significativamente segundo as áreas representacionais embora se observem representações ligeiramente mais positivas na área do funcionamento pessoal. Assim, a criança não se encontra investida como pessoa diferenciada embora se inscreva no inundo representacional da mãe. Estes resultados convergem no mesmo sentido dos estudos apresentados (Arnmaniti et al., 1992) em que se conclui que a representação do bebé se constrói através da projecção das características individuais da mãe. Esta investigação permitiu-nos concluir que as representações mentais da grávida adolescente são menos positivas no que respeita aos Sintomas Somáticos, positivas em relação à Imagem Corporal e ao Sexo e muito positivas em Relação ao Companheiro e à Gravidez e ao Bebé. Possibilitou ainda considerar que a variável grau de instrução em uma expressão significativa em relação às atitudes face à gravidez e, mais especificamente na avaliação da relação amorosa. Por fim, as representações da grávida não estão diferenciadas das representações do seu próprio bebé e são mais positivas na escala do funcionamento pessoal e menos positivas na escala dos conteúdos anais. orais e fálicos.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAZaragosa, Paula Luísa Corvo Valente da Conceição Silva2011-10-08T10:03:34Z2007-01-01T00:00:00Z2007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/1026porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:37:07Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/1026Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:19:07.179143Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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