As declinações da religião na modernidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, José Luís
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/1263
Resumo: Um dos grandes teóricos políticos contemporâneos, Isaiah Berlin, escreveu sobre “o mais notável de todos os profetas do século XX”: “Saint-Simon é o introdutor daquilo que pode ser designado por reli-giões seculares – ou seja, a primeira pessoa a perceber que não podemos viver apenas da sabedoria tecnológica; que é necessário fazer algo para estimular os sentimentos, as emoções, os instintos religiosos da humanidade. É a primeira pessoa – não de forma calculista, porque o fez com grande entusiasmo e fervor, naturais dele – a inventar esse substituto para a religião, essa variante secularizada, humanizada, sem teologia, do cristianismo, do qual tantas versões começaram a circular no século XIX e depois – algo como a religião da humanidade de Kant; algo como todas as pseudo-religiões, todas as moralidades com o mais ténue aroma religioso, consideradas como um substituto, nos homens racionais, para a obscuridade teológica cegamente dogmática e anticientífica do passado.
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