Avaliação do nível de Sobrecarga do Cuidador Informal do doente de Acidente Vascular Cerebral: Utilização de Desporto e Atividade Física como Estratégia de Coping

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lameiras, Maria Eunice Marques
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13181
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral é considerado uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, tirando a vida a 6.2 milhões de pessoas por ano. O nível de incapacidade afeta, não só o doente, como também todo o seu sistema familiar. Portugal tem 1.4 milhões de Cuidadores Informais, valor que tem vindo a aumentar por consequência da pandemia. Neste sentido, a presente investigação teve como objetivo avaliar os níveis de sobrecarga do CI do doente de AVC, tendo em conta a utilização de estratégias de coping, nomeadamente, o desporto e a atividade física. Os dados da amostra foram recolhidos através de uma plataforma construída para o efeito onde foram esclarecidos os objetivos da investigação e todas as questões éticas que lhe estão associadas. Os critérios de inclusão consistiam em ser Cuidador Informal de um doente de AVC, com idade igual ou superior a 18 anos. Deste modo, foram reunidas respostas de um total de 97 participantes, de nacionalidade portuguesa, com uma média de idades de 51.39 anos (DP= 13.74). O protocolo de investigação incluiu um Questionário Sociodemográfico, com o intuito de recolher informações relativas aos participantes e ao cuidado informal, o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI), de forma a avaliar a sobrecarga física, emocional e social em Cuidadores Informais de doentes com sequelas após AVC (Martins et al., 2004). A Escala Breve de Coping Resiliente (EBCR), averiguando a capacidade do indivíduo para lidar com o stress de forma adaptativa, através da avaliação de temáticas como o otimismo, a perseverança, a criatividade e o crescimento positivo face às adversidades (Ribeiro & Morais, 2010), e por fim, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), fornecendo informação acerca do número de dias, horas e minutos que os indivíduos passam em atividade física (Campaniço, 2016). De um modo geral, os CI participantes na presente investigação apresentaram níveis elevados de sobrecarga, tendo sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os indivíduos praticantes e não praticantes de desporto e atividade física. Desta forma, os dados obtidos pretendem contribuir para o desenvolvimento de intervenções mais adequadas às necessidades de cada CI e salientam a urgência de implementar intervenções que visem potencializar estratégias de coping que otimizem o papel e a qualidade de vida do CI. Assim, o presente estudo vem corroborar a ideia de que o desporto e atividade física se traduz numa estratégia de coping benéfica para quem desempenha o papel de CI do doente de AVC.
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