Os movimentos migratórios e os discursos dos media
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/64990 |
Resumo: | Este artigo tem como intuito apresentar uma reflexão e alguns resultados de uma investigação acerca dos discursos sobre os movimentos migratórios apresentados no jornal Público durante um ano. O objetivo do estudo foi verificar se havia formas discursivas diferenciadas na cobertura que esse jornal fez da temática migratória. Para a análise inspirámo-nos em alguns conceitos da Análise Crítica do Discurso (ACD), de Teun van Dijk. Verificámos que, naquele ano, ao retratar os movimentos migratórios, os discursos proferidos variavam consoante eram os atores envolvidos e o destino dos fluxos migratórios (migrações de e para Portugal, migrações externas de e para outros países). O jornal referiu-se ao emigrante português prioritariamente como ‘explorado’, ‘vitimizado’, e sujeito às dificuldades laborais no estrangeiro. O imigrante em Portugal foi recorrentemente retratado de forma neutral. Ao abordar a imigração, a questão laboral nem sempre esteve explícita porém geralmente surgia subentendida no discurso. O imigrante foi frequentemente referido como ‘indocumentado’ e relacionado a situações de ‘irregularidade’. Contudo, a seu respeito foi proferido um discurso suavizado, longe de ser agressivo ou frontal. O migrante não português em outras partes do mundo, foi tendencialmente associado à clandestinidade e ilegalidade. As suas atividades laborais surgiram como ações ‘impostas’ ou ‘forçadas’ por eles próprios. Esses migrantes eram apresentados como ‘invasores’ pouco aceites pelos nacionais dos paísesaos quais se destinavam. |
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